Fique pensando em dueto: Yma e Maria Callas.
http://www.youtube.com/watch?v=YEfKBhGo3TE
Com um pouco da bossa de nossa Elis. Uma grande festa.
http://www.youtube.com/watch?v=Y1h5GHFOQeo
"A língua é uma coisa de tal modo distinta que um homem privado do uso da fala conserva a língua, contato que compreenda os signos vocais que ouve." Saussure
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Uma nova estrela no céu.
A terra está mais escura.Yma Sumac morreu.Noite de gala no céu. Show com direito a duetos. pobre de nós, resta-nos a saudade.
http://www.youtube.com/watch?v=5LUSUel_kck
http://www.youtube.com/watch?v=Z5HWLhKXDYU
http://www.youtube.com/watch?v=5LUSUel_kck
http://www.youtube.com/watch?v=Z5HWLhKXDYU
domingo, 2 de novembro de 2008
PPP- CONSTRUINDO UMA NOVA AÇÃO PEDAGÓGICA.
M.S.Pedrosa
Há muito, o discurso da mudança se instalou nos meios acadêmicos, nos discursos dos secretários de educação, de sindicatos e muitos professores, contudo, apesar dos avanços e experiências de sucesso, as instituições de ensino como um todo, continuam trabalhando da forma tradicional, com professores mal preparados e remunerados ou com práticas docentes que não conseguem despertar no aluno o interesse pelos estudos. Enquanto aguardamos ações governamentais mais incisivas , eficazes e transformadoras, podemos em nossas escolas trabalharmos para que o discurso se transforme em ação.Somos profissionais que passamos por um momento de formação continuada,basta então refletirmos sobre o nosso papel que de acordo com Pedroza ( 2008: 26) possibilita a transformação “da escola uma instituição mais alegre e que ajude as/os alunas/os a construir seus sonhos que marcarão suas lutas na vida.”
A proposição de um novo modelo de escola, que antes de tudo deve ser flexível e adaptada à realidade de sua clientela/ comunidade, requer uma ação de reflexão, a qual permitirá a todos envolvidos no processo radiografar todos os aspectos estruturais, permitindo assim através da efetiva participação de todos os segmentos, discutir e definir os novos rumos- o como, onde, quando, por que e o quando. É preciso ter certeza que o novo caminho passará pela transformação das relações entre docentes e discentes viando, segundo Pedroza(2008: 27 ) “ a formação “ a qual “não se dá de maneira puramente espontânea e absolutamente livre. O/a professor/a, ao exercer a sua prática, deve apoiar e estimular o processo de evolução, procurando um equilíbrio harmonioso, dinâmico e dialético entre a pressão social e a autonomia individual.”Tudo bem discutido e exposto no PPP.
O Projeto Político-Pedagógico deve deixar de ser uma peça de enfeite, para se transforma em plano de trabalho, que contém resumidamente as normatizações de ensino, missão, identidade e o papel de cada um dos atores envolvidos. Deve ser utilizado durante todo o ano letivo e constantemente analisado e avaliado.Sabemos que não é tarefa fácil, mas esses documentos já existem, entretanto em muitas escolas só é estudado no início do ano letivo, a instituição em que atuo é um exemplo claro, sendo assim proponho algo pode transformar a minha prática docente, que deve objetivar uma aprendizagem que desenvolva “a criatividade, definida como processo de descoberta ou produção de algo novo, determinada pelo contexto sociocultural, expressa as potencialidades de caráter cognitivo e afetivo em uma unidade indissolúvel. Envolve potencial motivacional, interesses e implicações pessoais. (Pedroza.2008:28)
Há muito que fazer, não somos mais os mesmos, a nossa sociedade exige mudanças, que só ocorrerão em uma escola diferente da atual. Portanto, precisamos agir para possamos, com afirma Pedroza(2008:31) enfrentar ” o grande desafio na nossa formação é, pois, entender como é possível formar a consciência e preparar as pessoas para assumirem a sua condição de sujeitos no processo ensino-aprendizagem em sala de aula .”É chegada a hora de construir uma aprendizagem baseada na pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
PEDROZA, Regina Lucia Sucupira. A relação pesquisa e ensino no trabalho pedagógico. Brasília: CEAD/UnB, 2008.
domingo, 26 de outubro de 2008
Pós- SEDF/UNB- Módulo 3 Escrita
Caro professor,
As nossas leituras e os diálogos dos quais participamos ao longo deste curso e em outros espaços de nossa vida acadêmica e profissional já nos deixaram claros de que a escrita na sala de aula deve ter sentido e objetivo reais. Não é mais concebível gastarmos nosso tempo e o tempo do nosso aluno com a leitura e a escrita de textos, cuja única finalidade seja receber uma nota. Nessa perspectiva propomos a seguinte atividade:
Elabore um roteiro (projeto) didático de ações que possibilite aos alunos construírem textos com uma finalidade social. Determine objetivos e lance alguns problemas aos alunos, para que eles possam criar a solução a partir da produção de variados gêneros textuais. A cada situação, proponha aos alunos a escolha do gênero, o perfil do destinatário, a estrutura do texto, a linguagem adequada e o assunto a ser desenvolvido. Não se esqueça de detalhar as etapas do projeto, e procure diversificar a produção dos diferentes gêneros textuais. Lembre-se: quando mais gêneros eles compuserem, melhor será para seu aprendizado.
Sugestões:
a) a construção de uma biblioteca na escola;
b) a organização de uma festa junina;
c) a construção de uma quadra de esportes na escola;
d) a visita a uma exposição agropecuária.
Quanto mais bem feita a leitura do Módulo, maior chance de elaborar um bom projeto.
Atividade-
Escrevendo textos reais: um projeto para dar certo!
As nossas leituras e os diálogos dos quais participamos ao longo deste curso e em outros espaços de nossa vida acadêmica e profissional já nos deixaram claros de que a escrita na sala de aula deve ter sentido e objetivo reais. Não é mais concebível gastarmos nosso tempo e o tempo do nosso aluno com a leitura e a escrita de textos, cuja única finalidade seja receber uma nota. Nessa perspectiva propomos a seguinte atividade:
Elabore um roteiro (projeto) didático de ações que possibilite aos alunos construírem textos com uma finalidade social. Determine objetivos e lance alguns problemas aos alunos, para que eles possam criar a solução a partir da produção de variados gêneros textuais. A cada situação, proponha aos alunos a escolha do gênero, o perfil do destinatário, a estrutura do texto, a linguagem adequada e o assunto a ser desenvolvido. Não se esqueça de detalhar as etapas do projeto, e procure diversificar a produção dos diferentes gêneros textuais. Lembre-se: quando mais gêneros eles compuserem, melhor será para seu aprendizado.
Sugestões:
a) a construção de uma biblioteca na escola;
b) a organização de uma festa junina;
c) a construção de uma quadra de esportes na escola;
d) a visita a uma exposição agropecuária.
Quanto mais bem feita a leitura do Módulo, maior chance de elaborar um bom projeto.
Atividade-
Escrevendo textos reais: um projeto para dar certo!
Carlos F. Cavalcante
As atividades de produção de texto nem sempre ocupam um espaço privilegiado no planejamento do professor.São vários os motivos, todos conhecidos dos professores de Língua Portuguesa e de outras disciplinas também:turmas lotadas, falta de tempo para correção, o aluno não aprendeu escrever no ensino fundamental- “não compensa iniciar um processo, um verdadeiro rosário de desculpas.Por outro lado,solicitar a elaboração de um texto é fácil , mas a correção dependendo do número de alunos e do tipo de texto se torna lenta , nem sempre possibilita a aprendizagem, muitas vezes não há o “feedback.”, coloca-se apenas o visto.Portanto, não é de se admirar que por essas razões e tantas outras, a produção de texto tem sido negligenciada pelos professores , o aluno chega ao final do ensino médio sem saber estruturar corretamente um texto, não reconhece os gêneros ou seja mal sabe escrever.
Compreender a importância do processo de produção de texto, permite ao discente a exposição de suas idéias que podem refletir os aspectos sociais e políticos que o envolvem, tornando-o um ser mais criativo e crítico , uma vez que além de expor seu ponto de vista,demonstra também suas emoções E visões de mundo , o que contribui para o crescimento do sujeito,transformando-o em cidadão.Assim, é preciso que o professor possua o conhecimento do conhecimento, tão importante no exercício contínuo de ensinar e aprender, etapas constitutivas do processo educativo, nesse caso o desenvolvimento das competências e habilidades relacionadas à escrita.Deve-se saber como ensinar.
A proposta de trabalho apresentada neste projeto, é elaborada a partir dos pressupostos teóricos e competências e habilidades relacionadas no Currículo das Escolas Públicas do DF .As considerações feitas nos dois primeiros parágrafos refletem toda minha experiência docente. Parte do projeto já é desenvolvida com os alunos da 7ª série do ensino fundamental (http://www.cef03gama7b.blogspot.com/ ) , entretanto o desenvolvimento deste, é direcionado para os alunos da 1ª série do ensino médio. A presente proposição é multidisciplinar, multimodal e permite a utilização das novas tecnologias e linguagens. O cronograma para o desenvolvimento envolve uma seqüência de aulas duplas de 50 minutos e o projeto será desenvolvi do ao longo do bimestre. A produção não será seqüenciada, estará inserida dentro do planejamento do professor , não como uma atividade isolada, mas integrada ao processo de ensino-aprendizagem das três áreas do conhecimento.
Os alunos trabalharão com diversos gêneros textuais e para facilitar o processo de elaboração, utilizarei uma técnica adquirida há alguns anos e que permite uma estruturação dos textos, denominada de SETE LEITURAS.
Parte 1- AJUDANDO A CONSTRUIR OS TEXTOS
A--Atividade de relaxamento. É preciso quebrar a tensão. Mostrar que ele é capaz e pode produzir qualquer tipo de texto.
B-Proposição do tema ,gêneros textuais; trabalhados em aulas anteriores e dos objetivos.
C- O aluno terá 10 minutos para pensar sobre o tema e tipo de texto propostos.
D- São 15 minutos para escrever, sem censura ou interrupções. É hora de rascunhar. Tempestade de idéias.
E- Chegou o momento de ler e mexer no texto. Aqui ele se torna ,além de autor ,revisor e crítico da sua produção. São vinte minutos para ler diversas vezes o seu texto, durante ou após cada leitura ele o molda. Trabalho de artesão. A publicação ou entrega ocorre na última fase.
1ª-Contato com as idéias,
2ª-Observar a coerência,
3ª-Elementos de coesão: conectivos, termos anafóricos e catafóricos, etc.
4º-Aspectos gramaticais-acentuação, ortografia, concordância, etc.
5ª-Estruturação dos parágrafos. ( depende do texto)
6º- Adequação do vocabulário e legibilidade.
7ª-Passar a limpo. Observar os aspectos gráficos: rasuras, formatação, etc.
Parte 2- GÊNEROS TEXTUAIS, TEMAS E OBJETIVOS
As aulas teóricas referentes aos textos 1 e 2 terão a duração e 50 minutos e práticas de 100 minutos.Nos textos 3 e 4, o processo de criação será diferenciado e a técnica adaptada à realidade deles.
Texto 1- Ofício
Aula 1-teoria: Conceito estrutura e modelos de ofício e pronomes de tratamento -
Aula 2-Escrever um ofício solicitando ao Administrador Regional do Gama a doação de mudas de plantas/ árvores ornamentais e grama para o que os jardins internos e parte da área externa do CEM 01 do Gama possam ser restaurados.
Texto 2-Relatório
Aula 1- teoria- conceito, estrutura e linguagem.
Aula 2- Após uma aula prática de Física- elaborar um relatório sobre o experimento realizado.
Texto 3-Blog
Aula 1- estrutura e modelos de blogs, regras, direitos autorais.
Aula 2- Construir um blog por turma, escrever pequenos textos informativos, postar opiniões comentários, imagens e músicas baseados nas pesquisas realizadas em sites educacionais e institucionais, além dos “sites” de busca como o Google. Tema: Africanidades. Trabalho com o professor de História. Trabalhar em sala o parágrafo padrão do texto dissertativo.Será a atividade mais longa,extrapola a sala de aula.Definir com os alunos o cronograma.
Texto 4- Publicidade
Aula 1- Rever os conceitos de funções da linguagem, tipos de textos publicitários e modelos. Trabalhar com o professor de Arte.
Aula 2-Construir um texto publicitário escrito ou multimodal pensando no lançamento do produto “criado” pela turma. O lançamento será na hora do intervalo, em data a ser definida e a turma deverá criar cartazes e slogans para chamar atenção do público consumidor.
A correção, comentários e avaliação dos textos serão feitos de acordo com as sete leituras. Cada tópico valerá 0,5 e criatividade 1,5, totalizando 5,0 pontos. Os textos serão avaliados separadamente, podendo o professor considerar apenas o melhor ou fazer uma média dos quatro tipos propostos. Como a atividade é multidisciplinar serão definidos critérios e pontuação para cada uma das disciplinas envolvidas.
As atividades de produção de texto nem sempre ocupam um espaço privilegiado no planejamento do professor.São vários os motivos, todos conhecidos dos professores de Língua Portuguesa e de outras disciplinas também:turmas lotadas, falta de tempo para correção, o aluno não aprendeu escrever no ensino fundamental- “não compensa iniciar um processo, um verdadeiro rosário de desculpas.Por outro lado,solicitar a elaboração de um texto é fácil , mas a correção dependendo do número de alunos e do tipo de texto se torna lenta , nem sempre possibilita a aprendizagem, muitas vezes não há o “feedback.”, coloca-se apenas o visto.Portanto, não é de se admirar que por essas razões e tantas outras, a produção de texto tem sido negligenciada pelos professores , o aluno chega ao final do ensino médio sem saber estruturar corretamente um texto, não reconhece os gêneros ou seja mal sabe escrever.
Compreender a importância do processo de produção de texto, permite ao discente a exposição de suas idéias que podem refletir os aspectos sociais e políticos que o envolvem, tornando-o um ser mais criativo e crítico , uma vez que além de expor seu ponto de vista,demonstra também suas emoções E visões de mundo , o que contribui para o crescimento do sujeito,transformando-o em cidadão.Assim, é preciso que o professor possua o conhecimento do conhecimento, tão importante no exercício contínuo de ensinar e aprender, etapas constitutivas do processo educativo, nesse caso o desenvolvimento das competências e habilidades relacionadas à escrita.Deve-se saber como ensinar.
A proposta de trabalho apresentada neste projeto, é elaborada a partir dos pressupostos teóricos e competências e habilidades relacionadas no Currículo das Escolas Públicas do DF .As considerações feitas nos dois primeiros parágrafos refletem toda minha experiência docente. Parte do projeto já é desenvolvida com os alunos da 7ª série do ensino fundamental (http://www.cef03gama7b.blogspot.com/ ) , entretanto o desenvolvimento deste, é direcionado para os alunos da 1ª série do ensino médio. A presente proposição é multidisciplinar, multimodal e permite a utilização das novas tecnologias e linguagens. O cronograma para o desenvolvimento envolve uma seqüência de aulas duplas de 50 minutos e o projeto será desenvolvi do ao longo do bimestre. A produção não será seqüenciada, estará inserida dentro do planejamento do professor , não como uma atividade isolada, mas integrada ao processo de ensino-aprendizagem das três áreas do conhecimento.
Os alunos trabalharão com diversos gêneros textuais e para facilitar o processo de elaboração, utilizarei uma técnica adquirida há alguns anos e que permite uma estruturação dos textos, denominada de SETE LEITURAS.
Parte 1- AJUDANDO A CONSTRUIR OS TEXTOS
A--Atividade de relaxamento. É preciso quebrar a tensão. Mostrar que ele é capaz e pode produzir qualquer tipo de texto.
B-Proposição do tema ,gêneros textuais; trabalhados em aulas anteriores e dos objetivos.
C- O aluno terá 10 minutos para pensar sobre o tema e tipo de texto propostos.
D- São 15 minutos para escrever, sem censura ou interrupções. É hora de rascunhar. Tempestade de idéias.
E- Chegou o momento de ler e mexer no texto. Aqui ele se torna ,além de autor ,revisor e crítico da sua produção. São vinte minutos para ler diversas vezes o seu texto, durante ou após cada leitura ele o molda. Trabalho de artesão. A publicação ou entrega ocorre na última fase.
1ª-Contato com as idéias,
2ª-Observar a coerência,
3ª-Elementos de coesão: conectivos, termos anafóricos e catafóricos, etc.
4º-Aspectos gramaticais-acentuação, ortografia, concordância, etc.
5ª-Estruturação dos parágrafos. ( depende do texto)
6º- Adequação do vocabulário e legibilidade.
7ª-Passar a limpo. Observar os aspectos gráficos: rasuras, formatação, etc.
Parte 2- GÊNEROS TEXTUAIS, TEMAS E OBJETIVOS
As aulas teóricas referentes aos textos 1 e 2 terão a duração e 50 minutos e práticas de 100 minutos.Nos textos 3 e 4, o processo de criação será diferenciado e a técnica adaptada à realidade deles.
Texto 1- Ofício
Aula 1-teoria: Conceito estrutura e modelos de ofício e pronomes de tratamento -
Aula 2-Escrever um ofício solicitando ao Administrador Regional do Gama a doação de mudas de plantas/ árvores ornamentais e grama para o que os jardins internos e parte da área externa do CEM 01 do Gama possam ser restaurados.
Texto 2-Relatório
Aula 1- teoria- conceito, estrutura e linguagem.
Aula 2- Após uma aula prática de Física- elaborar um relatório sobre o experimento realizado.
Texto 3-Blog
Aula 1- estrutura e modelos de blogs, regras, direitos autorais.
Aula 2- Construir um blog por turma, escrever pequenos textos informativos, postar opiniões comentários, imagens e músicas baseados nas pesquisas realizadas em sites educacionais e institucionais, além dos “sites” de busca como o Google. Tema: Africanidades. Trabalho com o professor de História. Trabalhar em sala o parágrafo padrão do texto dissertativo.Será a atividade mais longa,extrapola a sala de aula.Definir com os alunos o cronograma.
Texto 4- Publicidade
Aula 1- Rever os conceitos de funções da linguagem, tipos de textos publicitários e modelos. Trabalhar com o professor de Arte.
Aula 2-Construir um texto publicitário escrito ou multimodal pensando no lançamento do produto “criado” pela turma. O lançamento será na hora do intervalo, em data a ser definida e a turma deverá criar cartazes e slogans para chamar atenção do público consumidor.
A correção, comentários e avaliação dos textos serão feitos de acordo com as sete leituras. Cada tópico valerá 0,5 e criatividade 1,5, totalizando 5,0 pontos. Os textos serão avaliados separadamente, podendo o professor considerar apenas o melhor ou fazer uma média dos quatro tipos propostos. Como a atividade é multidisciplinar serão definidos critérios e pontuação para cada uma das disciplinas envolvidas.
Atividade 2-leitura
Caro professor,
A leitura do módulo 2 permitiu a discussão de vários conceitos fundamentais para o trabalho com a leitura em sala de aula. Entre eles, o conceito de paródia. Releia esta parte do texto e desenvolva a atividade seguinte:
Monte uma aula de leitura a partir dos dois textos abaixo. Mostre como você trabalharia os elementos da paródia no Texto 2 e como você construiria um debate relacionando o Texto 2 com o primeiro texto
Texto 1: Casamento e separação
O casamento
A festa que marcou a união entre o jogador Ronaldo e a modelo Daniela Cicarelli ocorreu sob um forte esquema de segurança para evitar a entrada de intrusos e jornalistas. No início da noite, um cortejo de carros de luxo, a maior parte com vidros escuros para dissimular a identidade de seus ocupantes, chegou ao Castelo de Chantilly, situado a cerca de 35 km de Paris.O bufê escolhido para as núpcias foi o tradicional Lenôtre, o mesmo que realizou os eventos gastronômicos para convidados "Vips" durante as Olimpíadas de Atenas. O bolo do casamento foi uma escultura toda em chocolate decorada com flores em açúcar vermelho. As luxuosas salas do castelo do século 17, que possui uma área de 7,8 mil hectares e representa uma das maiores áreas verdes nos arredores de Paris, foram decoradas com arranjos de tulipas e folhagens.
A separação
O "conto de fadas" entre o atacante Ronaldo, do Real Madrid, e a apresentadora Daniela Cicarelli acabou oficialmente nesta quarta-feira, menos de três meses depois do luxuoso "casamento" em um castelo na cidade de Chantilly, nos arredores de Paris.
Adaptado pela autora do módulo.
Texto 2: O príncipe desencantado
O primeiro beijo foi dado por um príncipe numa princesa que estava dormindo encantada há cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
PRINCESA - Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
PRÍNCIPE - É... querida princesa.
PRINCESA - Você tem castelo, é claro.
PRÍNCIPE – Tenho... princesa.
PRINCESA – E quantos quartos tem seu castelo, posso saber?
PRÍNCIPE – Trinta e seis.
PRINCESA – Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas... Deixa eu pensar, quantas amas eu vou ter que contratar...Umas quarenta eu acho que dá!
PRÍNCIPE – Tantas assim?
PRINCESA – Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é?
PRÍNCIPE – Mas quarenta amas!
PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina.
PRÍNCIPE – Mas eu não sou rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
PRINCESA – Não venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande por aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e a beijado. Então teve uma idéia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá adormecida. Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. São Paulo: FTD, 1989.
Paródia e intertextualidade- a construção de uma nova prática de leitura
carlos fernandes
A leitura do módulo 2 permitiu a discussão de vários conceitos fundamentais para o trabalho com a leitura em sala de aula. Entre eles, o conceito de paródia. Releia esta parte do texto e desenvolva a atividade seguinte:
Monte uma aula de leitura a partir dos dois textos abaixo. Mostre como você trabalharia os elementos da paródia no Texto 2 e como você construiria um debate relacionando o Texto 2 com o primeiro texto
Texto 1: Casamento e separação
O casamento
A festa que marcou a união entre o jogador Ronaldo e a modelo Daniela Cicarelli ocorreu sob um forte esquema de segurança para evitar a entrada de intrusos e jornalistas. No início da noite, um cortejo de carros de luxo, a maior parte com vidros escuros para dissimular a identidade de seus ocupantes, chegou ao Castelo de Chantilly, situado a cerca de 35 km de Paris.O bufê escolhido para as núpcias foi o tradicional Lenôtre, o mesmo que realizou os eventos gastronômicos para convidados "Vips" durante as Olimpíadas de Atenas. O bolo do casamento foi uma escultura toda em chocolate decorada com flores em açúcar vermelho. As luxuosas salas do castelo do século 17, que possui uma área de 7,8 mil hectares e representa uma das maiores áreas verdes nos arredores de Paris, foram decoradas com arranjos de tulipas e folhagens.
A separação
O "conto de fadas" entre o atacante Ronaldo, do Real Madrid, e a apresentadora Daniela Cicarelli acabou oficialmente nesta quarta-feira, menos de três meses depois do luxuoso "casamento" em um castelo na cidade de Chantilly, nos arredores de Paris.
Adaptado pela autora do módulo.
Texto 2: O príncipe desencantado
O primeiro beijo foi dado por um príncipe numa princesa que estava dormindo encantada há cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
PRINCESA - Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
PRÍNCIPE - É... querida princesa.
PRINCESA - Você tem castelo, é claro.
PRÍNCIPE – Tenho... princesa.
PRINCESA – E quantos quartos tem seu castelo, posso saber?
PRÍNCIPE – Trinta e seis.
PRINCESA – Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas... Deixa eu pensar, quantas amas eu vou ter que contratar...Umas quarenta eu acho que dá!
PRÍNCIPE – Tantas assim?
PRINCESA – Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é?
PRÍNCIPE – Mas quarenta amas!
PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina.
PRÍNCIPE – Mas eu não sou rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
PRINCESA – Não venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande por aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e a beijado. Então teve uma idéia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá adormecida. Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. São Paulo: FTD, 1989.
Paródia e intertextualidade- a construção de uma nova prática de leitura
carlos fernandes
Dois conceitos são importantes para a introdução deste trabalho e construção da atividade com os alunos. O primeiro permite um redimensionamento da definição de paródia, presente nos livros de Literatura do ensino médio. Para Bakhtin, a paródia é organicamente estranha aos gêneros puros (epopéias, tragédias), sendo ao contrário, organicamente própria dos gêneros carnavalizados (2000, p.167). Portanto, ela liberta a idéia do texto de seu formato original , em um trabalho de subversão ,de desconstrução e reconstrução.Já Kothe (1987), afirma que “rastrear o percurso e atipologia do herói é procurar as pegadas do sistema social no sistema das obras”.Assim a paródia propicia uma ridicularização de seus elementos, resultando num riso sarcástico . Basta pensar no texto “O príncipe desencantado” e seus personagens destruirmos e compreendermos a deliciosa desconstrução dos arquétipos dos heróis e heroínas de contos de fadas, estabelecidos pelas histórias de origem européias e presente nas animações de Disney, nossa grande referência.
Intertextualidade significa relação entre textos, é como um recorte significativo feito no processo ininterrupto de semiose cultural. A intertextualidade é inerente à produção humana . Nos dois textos se descobre o mecanismo intertextual, na medida em que além de referir-se a eles mesmos, descobrimos as relações que possibilitarão a incorporação temática existente entre ambos, demonstradas pelas por algumas palavras como: Castelo de Chantilly, As luxuosas salas do castelo do século 17, que possui uma área de 7,8 mil hectares, O "conto de fadas", menos de três meses (texto1), E quantos quartos tem seu castelo, Trinta e seis, Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, caiu imediatamente em sono profundo e dizem que até hoje está lá adormecida. (texto2) Têm-se então alguns elementos importantes, ressaltando a efemeridade das relações, cujas causas estão bem claras no texto dois, mas são omitidas no texto um.
A atividade de paródia será construída a partir de duas aulas teóricas, sobre paródia e intertextualidade, tendo como ponto de partida a leitura e interpretação oral de dois pequenos textos ainda não definidos. O tema paródia será aprofundado com a leitura dos textos, “O príncipe desencantado”-de Flávio de Souza e trechos adaptados de “A Bela Adormecida”- de Walt Disney, Editora Melhoramentos.Após a leitura , buscar-se-á as marcas do textuais que possibilitam a semelhança entre as duas histórias e partir daí os alunos os alunos responderão oralmente a questões referentes aos textos e ao tema paródia, a questão final, será contextualizada e terá o texto 1 como referência .nessa questões , ampla e profunda eles discorrerão sobre os elementos de intertextualidade e sobre os heróis e heroínas das duas histórias.Ao final a palavra será franqueada para as considerações finais.Tudo realizado em três aulas. No processo de avaliação será centrado na qualidade da participação do aluno. Como recurso, utilizarei o texto escrito.
A construção das competências e habilidades de leitura é muito importante para que o aluno alcance o letramento e conseqüentemente se torne um cidadão crítico, lembrando que em todo processo de leitura de acordo com Bortone (2008) “ devem ser considerados: o contexto, o texto, o infratexto e o intertexto”. (p.31)É preciso então repensar a nossa prática e reconstruí-la a partir desse pressuposto.
REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS
BORTONE,Márcia Elizabeth. Competência textual: a leitura. Brasília: Editora UnB, 2008.
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoievski. Trad. Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense/Universitária, 2000
KOTHE, Flávio R. O Herói. São Paulo: Ática, 1987.
Intertextualidade significa relação entre textos, é como um recorte significativo feito no processo ininterrupto de semiose cultural. A intertextualidade é inerente à produção humana . Nos dois textos se descobre o mecanismo intertextual, na medida em que além de referir-se a eles mesmos, descobrimos as relações que possibilitarão a incorporação temática existente entre ambos, demonstradas pelas por algumas palavras como: Castelo de Chantilly, As luxuosas salas do castelo do século 17, que possui uma área de 7,8 mil hectares, O "conto de fadas", menos de três meses (texto1), E quantos quartos tem seu castelo, Trinta e seis, Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, caiu imediatamente em sono profundo e dizem que até hoje está lá adormecida. (texto2) Têm-se então alguns elementos importantes, ressaltando a efemeridade das relações, cujas causas estão bem claras no texto dois, mas são omitidas no texto um.
A atividade de paródia será construída a partir de duas aulas teóricas, sobre paródia e intertextualidade, tendo como ponto de partida a leitura e interpretação oral de dois pequenos textos ainda não definidos. O tema paródia será aprofundado com a leitura dos textos, “O príncipe desencantado”-de Flávio de Souza e trechos adaptados de “A Bela Adormecida”- de Walt Disney, Editora Melhoramentos.Após a leitura , buscar-se-á as marcas do textuais que possibilitam a semelhança entre as duas histórias e partir daí os alunos os alunos responderão oralmente a questões referentes aos textos e ao tema paródia, a questão final, será contextualizada e terá o texto 1 como referência .nessa questões , ampla e profunda eles discorrerão sobre os elementos de intertextualidade e sobre os heróis e heroínas das duas histórias.Ao final a palavra será franqueada para as considerações finais.Tudo realizado em três aulas. No processo de avaliação será centrado na qualidade da participação do aluno. Como recurso, utilizarei o texto escrito.
A construção das competências e habilidades de leitura é muito importante para que o aluno alcance o letramento e conseqüentemente se torne um cidadão crítico, lembrando que em todo processo de leitura de acordo com Bortone (2008) “ devem ser considerados: o contexto, o texto, o infratexto e o intertexto”. (p.31)É preciso então repensar a nossa prática e reconstruí-la a partir desse pressuposto.
REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS
BORTONE,Márcia Elizabeth. Competência textual: a leitura. Brasília: Editora UnB, 2008.
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoievski. Trad. Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense/Universitária, 2000
KOTHE, Flávio R. O Herói. São Paulo: Ática, 1987.
Pos-SEDF-UNB-continuação- leitura.
Caro professor, Continuamos nossos trabalhos com mais uma atividade sobre o desenvolvimento da competência leitora em sala de aula. As intervenções feitas, por você, professor, são fundamentais para o bom desempenho dos alunos. Nesse sentido, seja cuidadoso e se fundamente nos conceitos estudados para estruturar o seu trabalho.
Após a leitura cuidadosa do texto, abaixo, “Papai Noel às avessas”, monte uma aula de leitura, na qual você desenvolverá os seguintes aspectos:
a) A temática trabalhada neste belo conto/poema.
b) O contexto social a que o texto se refere.
c) As estratégias que o autor usa para desenvolver o tema.
d) As pistas no texto que levam às informações inferenciais.
e) As marcas estilísticas e coesivas que definem o gênero
do texto.
f) A intertextualidade presente no texto.
Papai Noel às avessas
Papai Noel entrou pela porta dos fundos
(no Brasil as chaminés não são praticáveis),
entrou cauteloso, que nem marido depois da farra.
Tateando na escuridão torceu o comutador
e a eletricidade bateu nas coisas resignadas,
coisas que continuavam coisas no mistério do Natal.
Papai Noel explorou a cozinha, com olhos espertos,
achou um queijo e comeu.
Depois tirou do bolso um cigarro que não quis acender.
Teve medo talvez de pegar fogo nas barbas postiças
(no Brasil os Papais Noéis são todos de cara raspada)
e avançou pelo corredor branco de luar.
Aquele é o quarto das crianças.
Papai entrou compenetrado.
Os meninos dormiam sonhando com outros natais muito mais lindos
mas os sapatos deles estavam cheinhos de brinquedos
soldados mulheres elefantes navios
e um presidente da república de celulóide.
Papai Noel agachou-se e recolheu aquilo tudo
no interminável lenço vermelho de alcobaça.
Fez a trouxa e deu o nó, mas apertou tanto
que lá dentro mulheres elefantes soldados presidentes brigavam por
[causa do aperto.
Os pequenos continuavam dormindo.
Longe um galo comunicou o nascimento de Cristo.
Papai Noel voltou de manso para a cozinha,
apagou a luz, saiu pela porta dos fundos.
Na horta, o luar de Natal abençoava os legumes.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Prosa e poesia.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 88.Não se esqueça de aspectos fundamentais e que estarão sendo avaliados: coesão, coerência, clareza, objetividade e originalidade, bem como os conhecimentos trabalhados no fascículo.
Atividade.
Após a leitura cuidadosa do texto, abaixo, “Papai Noel às avessas”, monte uma aula de leitura, na qual você desenvolverá os seguintes aspectos:
a) A temática trabalhada neste belo conto/poema.
b) O contexto social a que o texto se refere.
c) As estratégias que o autor usa para desenvolver o tema.
d) As pistas no texto que levam às informações inferenciais.
e) As marcas estilísticas e coesivas que definem o gênero
do texto.
f) A intertextualidade presente no texto.
Papai Noel às avessas
Papai Noel entrou pela porta dos fundos
(no Brasil as chaminés não são praticáveis),
entrou cauteloso, que nem marido depois da farra.
Tateando na escuridão torceu o comutador
e a eletricidade bateu nas coisas resignadas,
coisas que continuavam coisas no mistério do Natal.
Papai Noel explorou a cozinha, com olhos espertos,
achou um queijo e comeu.
Depois tirou do bolso um cigarro que não quis acender.
Teve medo talvez de pegar fogo nas barbas postiças
(no Brasil os Papais Noéis são todos de cara raspada)
e avançou pelo corredor branco de luar.
Aquele é o quarto das crianças.
Papai entrou compenetrado.
Os meninos dormiam sonhando com outros natais muito mais lindos
mas os sapatos deles estavam cheinhos de brinquedos
soldados mulheres elefantes navios
e um presidente da república de celulóide.
Papai Noel agachou-se e recolheu aquilo tudo
no interminável lenço vermelho de alcobaça.
Fez a trouxa e deu o nó, mas apertou tanto
que lá dentro mulheres elefantes soldados presidentes brigavam por
[causa do aperto.
Os pequenos continuavam dormindo.
Longe um galo comunicou o nascimento de Cristo.
Papai Noel voltou de manso para a cozinha,
apagou a luz, saiu pela porta dos fundos.
Na horta, o luar de Natal abençoava os legumes.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Prosa e poesia.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 88.Não se esqueça de aspectos fundamentais e que estarão sendo avaliados: coesão, coerência, clareza, objetividade e originalidade, bem como os conhecimentos trabalhados no fascículo.
Atividade.
LEITURA: uma nova prática
Há muito tempo, professores de escolas públicas e particulares perderam o foco de como ensinar ao aluno primeiro conhecer a língua materna e desenvolver o gosto pela leitura. Grandes partes dos alunos ao concluírem o ensino médio têm dificuldades para interpretar um texto, de qualquer gênero, não é um leitor, mal lê, logo possuem sérios problemas de aprendizagem nas outras disciplinas. Portanto, ensinar a ler e a compreender o texto em todas as suas dimensões deve ser base do trabalho docente, como afirma Bortone (2008:7) “ler não é a mera decodificação de um texto, mas, sim, a depreensão de seu sentido e de sua coerência interna”.
Deve-se considerar que o desempenho da leitura interfere na aprendizagem de uma maneira geral, “além de promover a socialização e a cidadania do sujeito-leitor” (Lima, artigo). Uma maneira interessante de ensinar a ler e interpretar é trabalhando com a intertextualidade, proposta do plano de aula. Para Laurent (1979: 14) “a intertextualidade designa não uma soma confusa e misteriosa de influências, mas o trabalho de transformação e assimilação de vários textos, operado por um texto centralizado, que detém o comando do sentido”, no plano de aula, os textos estarão ligados pelo conteúdo. Assim constrói-se um caminho ensinar ao aluno com ler, que para Bortone (2008:8) se faz “não apenas decodificando símbolos gráficos, mas inferindo, percebendo as argumentações do produtor do texto, entendendo a intenção do autor, seja nos senti dos explícitos ou mesmo nas entrelinhas.
A aula será estruturada a partir de dois textos, um escolhido pela autora do módulo e outro por mim, denominado “A História de Papai Noel”,em anexo.A clientela será composta por alunos da primeira série do ensino médio. A atividade terá uma duração de duas aulas, denominadas duplas. Os objetivos evidenciados nos PCNs e Currículo Básico das Escolas Públicas do DF. É fundamental que o aluno ao final da aula perceba toda a composição, ou seja, todos os aspectos presentes em um texto e seja capaz identificar o tema e os assuntos dele, estabelecendo relações com outros textos e/ou contextos a partir da proposta do autor, além de apreender as estratégias utilizadas para uma leitura de estudo textual. Através da exposição oral será observado se o grupo percebe no texto e utiliza na apresentação a norma culta da Língua Portuguesa e dada a descrição discursiva dos textos é capaz de identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para realização ou interpretação do mesmo.
A atividade será desenvolvida de acordo com os seguintes passos: a turma ouvirá a música “Então é Natal”, gravada pela cantora Simone, assim além se ter a terceiro texto, usa-se a música como um elemento de apresentação dos textos que serão lidos pela turma silenciosamente e depois em voz alta, durante quinze minutos. Usando como recursos o “notebook” - apresentação dos textos em “Power Point”, o projetor de imagem e um telão. Uma aula bem diferente, o texto fora do alcance das mãos... Diante apenas dos olhos, durante 100 minutos.
Após as leituras dos textos, uns vinte minutos de atividades, cada aluno receberá um folha com seis questões, que estarão ligadas aos aspectos solicitados pela atividade, tudo adaptado à linguagem dos alunos, com conceitos básicos, termos então dez minutos de orientações e após todo esse processo a turma será dividida em seis grupos com oitos alunos, que terão vinte minutos para responderem as questões propostas. Os trinta e cinco minutos finais ficarão para as apresentações, cada grupo falará percebido sobre um aspecto percebido. Assim se fará a conclusão do trabalho, podendo, cada aluno complementar ou corrigir, após a apresentação, a fala do relator do grupo.
Como se busca ensinar a ler e interpretar textos, o planejamento rompe com alguns paradigmas e aposta antes de tudo na construção coletiva do saber, para depois, em outras atividades individualizar. Procura-se também, através da utilização da tecnologia, chamar a atenção do jovem, uma vez que a música em sala de aula é bastante comum. São várias competências e habilidades sendo trabalhadas ao mesmo tempo. Ao final da aula esses aspectos serão demonstrados aos alunos.
Portanto, ao estruturar uma atividade de leitura e interpretação, deve-se pensar no letramento. Ler significa estudar a escrita, decifrar e interpretar o sentido, reconhecer e percebê-la. Quando se transforma o aluno em leitor é porque se conseguiu ensinar que a leitura envolve vários momentos, ele entende e faz as referências, julga o valor e qualidade textual, enxerga e compara os diversos pontos de vistas e antes de tudo incorpora o leu, levando para a sua vida. Torna-se também autor de outros textos que surgem graças ao acúmulo de leituras anteriores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORTONE,Márcia Elizabeth. Competência textual: a leitura. Brasília: Editora UnB, 2008.
LIMA, Raimundo de.Para ler e compreender....Artigo.Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/071/71lima_ray.htm.Acessado%20em%2012/00/08.
JENNY, Laurent. A estratégia da forma. Poétique: revista de teoria e análise literárias, n° 27. Coimbra: Almedina, 1979
Anexo:
Texto2
A História do Papai Noel
O Papai Noel nem sempre foi como o conhecemos hoje. No início da história do Natal cristão, quem distribuía presentes durante festividades natalinas era uma pessoa real: São Nicolas. Ele vivia em lugar chamado Myra, hoje Turquia, há aproximadamente 300 anos AC. Após a morte de seus pais, Nicolas tornou-se padre.
As histórias contam que São Nicolas colocava sacos de ouro nas chaminés ou os jogava pela janela das casas. Os presentes de natal jogados pela janela caíam dentro de meias que estavam penduradas na lareira para secar. Daí a tradição natalina de pendurar meias junto à lareira para que o Papai Noel deixe pequenos presentinhos.
Alguns anos depois, São Nicolas tornou-se bispo e, por esse motivo, passou a vestir roupas e chapéu vermelhos e barba branca. Depois de sua morte, a Igreja nomeou-o santo e, com o início das celebrações de Natal, o velhinho de barba branca e roupas vermelhas passou a fazer parte das festividades de fim de ano.
Papai Noel atual: como foi construída sua imagem
O Papai Noel que conhecemos hoje surgiu em 1823, com o lançamento de “Uma visita de São Nicolas”, de Clement C. Moore. Em seu livro, Moore descrevia São Nicolas como “um elfo gordo e alegre”. Quarenta anos mais tarde, Thomas Nast, um cartunista político criou uma imagem diferente do Papai Noel, que era modificada ano a ano para a capa da revista Harper’s Weekly. O Papai Noel criado por Nast era gordo e alegre, tinha barba branca e fumava um longo cachimbo.
Entre 1931 e 1964, Haddon Sundblom inventava uma nova imagem do Papai Noel a cada ano para propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de traz da revista National Geografic. E é esta a imagem do Papai Noel que conhecemos hoje.
Fonte:http://www.presentedenatal.com.br/papai_noel.htm
Texto 3
Então É Natal
Simone
Composição: Indisponível
Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, do amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, pro enfermo e pro são.Pro rico e pro pobre, num só coração.Então bom Natal, pro branco e pro negro.Amarelo e vermelho, pra paz afinal.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, o que a gente fez?O ano termina, e começa outra vez.E Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, o amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Harehama, Há quem ama.Harehama, ha...Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...É Natal, É Natal, É Natal.
Fonte: http://letras.terra.com.br/simone/69570/
Há muito tempo, professores de escolas públicas e particulares perderam o foco de como ensinar ao aluno primeiro conhecer a língua materna e desenvolver o gosto pela leitura. Grandes partes dos alunos ao concluírem o ensino médio têm dificuldades para interpretar um texto, de qualquer gênero, não é um leitor, mal lê, logo possuem sérios problemas de aprendizagem nas outras disciplinas. Portanto, ensinar a ler e a compreender o texto em todas as suas dimensões deve ser base do trabalho docente, como afirma Bortone (2008:7) “ler não é a mera decodificação de um texto, mas, sim, a depreensão de seu sentido e de sua coerência interna”.
Deve-se considerar que o desempenho da leitura interfere na aprendizagem de uma maneira geral, “além de promover a socialização e a cidadania do sujeito-leitor” (Lima, artigo). Uma maneira interessante de ensinar a ler e interpretar é trabalhando com a intertextualidade, proposta do plano de aula. Para Laurent (1979: 14) “a intertextualidade designa não uma soma confusa e misteriosa de influências, mas o trabalho de transformação e assimilação de vários textos, operado por um texto centralizado, que detém o comando do sentido”, no plano de aula, os textos estarão ligados pelo conteúdo. Assim constrói-se um caminho ensinar ao aluno com ler, que para Bortone (2008:8) se faz “não apenas decodificando símbolos gráficos, mas inferindo, percebendo as argumentações do produtor do texto, entendendo a intenção do autor, seja nos senti dos explícitos ou mesmo nas entrelinhas.
A aula será estruturada a partir de dois textos, um escolhido pela autora do módulo e outro por mim, denominado “A História de Papai Noel”,em anexo.A clientela será composta por alunos da primeira série do ensino médio. A atividade terá uma duração de duas aulas, denominadas duplas. Os objetivos evidenciados nos PCNs e Currículo Básico das Escolas Públicas do DF. É fundamental que o aluno ao final da aula perceba toda a composição, ou seja, todos os aspectos presentes em um texto e seja capaz identificar o tema e os assuntos dele, estabelecendo relações com outros textos e/ou contextos a partir da proposta do autor, além de apreender as estratégias utilizadas para uma leitura de estudo textual. Através da exposição oral será observado se o grupo percebe no texto e utiliza na apresentação a norma culta da Língua Portuguesa e dada a descrição discursiva dos textos é capaz de identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para realização ou interpretação do mesmo.
A atividade será desenvolvida de acordo com os seguintes passos: a turma ouvirá a música “Então é Natal”, gravada pela cantora Simone, assim além se ter a terceiro texto, usa-se a música como um elemento de apresentação dos textos que serão lidos pela turma silenciosamente e depois em voz alta, durante quinze minutos. Usando como recursos o “notebook” - apresentação dos textos em “Power Point”, o projetor de imagem e um telão. Uma aula bem diferente, o texto fora do alcance das mãos... Diante apenas dos olhos, durante 100 minutos.
Após as leituras dos textos, uns vinte minutos de atividades, cada aluno receberá um folha com seis questões, que estarão ligadas aos aspectos solicitados pela atividade, tudo adaptado à linguagem dos alunos, com conceitos básicos, termos então dez minutos de orientações e após todo esse processo a turma será dividida em seis grupos com oitos alunos, que terão vinte minutos para responderem as questões propostas. Os trinta e cinco minutos finais ficarão para as apresentações, cada grupo falará percebido sobre um aspecto percebido. Assim se fará a conclusão do trabalho, podendo, cada aluno complementar ou corrigir, após a apresentação, a fala do relator do grupo.
Como se busca ensinar a ler e interpretar textos, o planejamento rompe com alguns paradigmas e aposta antes de tudo na construção coletiva do saber, para depois, em outras atividades individualizar. Procura-se também, através da utilização da tecnologia, chamar a atenção do jovem, uma vez que a música em sala de aula é bastante comum. São várias competências e habilidades sendo trabalhadas ao mesmo tempo. Ao final da aula esses aspectos serão demonstrados aos alunos.
Portanto, ao estruturar uma atividade de leitura e interpretação, deve-se pensar no letramento. Ler significa estudar a escrita, decifrar e interpretar o sentido, reconhecer e percebê-la. Quando se transforma o aluno em leitor é porque se conseguiu ensinar que a leitura envolve vários momentos, ele entende e faz as referências, julga o valor e qualidade textual, enxerga e compara os diversos pontos de vistas e antes de tudo incorpora o leu, levando para a sua vida. Torna-se também autor de outros textos que surgem graças ao acúmulo de leituras anteriores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORTONE,Márcia Elizabeth. Competência textual: a leitura. Brasília: Editora UnB, 2008.
LIMA, Raimundo de.Para ler e compreender....Artigo.Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/071/71lima_ray.htm.Acessado%20em%2012/00/08.
JENNY, Laurent. A estratégia da forma. Poétique: revista de teoria e análise literárias, n° 27. Coimbra: Almedina, 1979
Anexo:
Texto2
A História do Papai Noel
O Papai Noel nem sempre foi como o conhecemos hoje. No início da história do Natal cristão, quem distribuía presentes durante festividades natalinas era uma pessoa real: São Nicolas. Ele vivia em lugar chamado Myra, hoje Turquia, há aproximadamente 300 anos AC. Após a morte de seus pais, Nicolas tornou-se padre.
As histórias contam que São Nicolas colocava sacos de ouro nas chaminés ou os jogava pela janela das casas. Os presentes de natal jogados pela janela caíam dentro de meias que estavam penduradas na lareira para secar. Daí a tradição natalina de pendurar meias junto à lareira para que o Papai Noel deixe pequenos presentinhos.
Alguns anos depois, São Nicolas tornou-se bispo e, por esse motivo, passou a vestir roupas e chapéu vermelhos e barba branca. Depois de sua morte, a Igreja nomeou-o santo e, com o início das celebrações de Natal, o velhinho de barba branca e roupas vermelhas passou a fazer parte das festividades de fim de ano.
Papai Noel atual: como foi construída sua imagem
O Papai Noel que conhecemos hoje surgiu em 1823, com o lançamento de “Uma visita de São Nicolas”, de Clement C. Moore. Em seu livro, Moore descrevia São Nicolas como “um elfo gordo e alegre”. Quarenta anos mais tarde, Thomas Nast, um cartunista político criou uma imagem diferente do Papai Noel, que era modificada ano a ano para a capa da revista Harper’s Weekly. O Papai Noel criado por Nast era gordo e alegre, tinha barba branca e fumava um longo cachimbo.
Entre 1931 e 1964, Haddon Sundblom inventava uma nova imagem do Papai Noel a cada ano para propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de traz da revista National Geografic. E é esta a imagem do Papai Noel que conhecemos hoje.
Fonte:http://www.presentedenatal.com.br/papai_noel.htm
Texto 3
Então É Natal
Simone
Composição: Indisponível
Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, do amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, pro enfermo e pro são.Pro rico e pro pobre, num só coração.Então bom Natal, pro branco e pro negro.Amarelo e vermelho, pra paz afinal.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, o que a gente fez?O ano termina, e começa outra vez.E Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, o amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Harehama, Há quem ama.Harehama, ha...Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...É Natal, É Natal, É Natal.
Fonte: http://letras.terra.com.br/simone/69570/
Atividade Avaliativa-2
Um breve exercício, uma longa jornada.
O desenvolvimento da competência comunicativa está relacionado à capacidade de o usuário da língua saber interpretar e empregar um maior número de recursos da língua, seja na modalidade escrita, seja na falada, de forma adequada em diferentes situações de interação comunicativa (formais e informais). A segunda atividade, que propõe um trabalho de ampliação dos usos de língua, mostrando como cada falante usaria de recursos comunicativos (e argumentativos) de acordo com o seu interlocutor, seu propósito, ou intenção , permite trabalhar a oralidade e desenvolve a referida competência em nossos alunos.
Escolhi a situação descrita na letra "c", como se fosse uma dondoca descrevendo a casa para a querida amiga e pedi a duas ex-alunas, hoje trabalho em outra unidade de ensino que escrevessem o texto, que ficou assim:
“Pat, a casa é linda. Tem um hall e uma big sala, com um pé-direito double ma-ra-vi-lho-so. No teto um lustre high tech. Ai, amiga, puro design. Falei na hora para Amauri, compra darling, compra. Pagamos em cash. Nem te conto, no andar de cima, são três quartos, to-dos com suítes masters, os banheiros têm hidros. Imagino eu e Amauri no maior love, ai. Olha só, eu ia me esquecendo da cozinha, que eu nem entrei, mas disseram que era do tipo funcional. O jardim é um lugar lindo, bem contemporâneo, chique. Agora o melhor de tudo: a nossa house fica perto do Shopping, já imaginou... não é over.” (alunas da 3ªsérie, CEM 01 Gama).
Ao receber o texto, não fiz correções e pedi que me explicassem como foi o processo de criação. As referidas alunas informaram que pensaram em uma mulher jovem, “patricinha”, apenas com o ensino fundamental, mas que deu sorte, pois se casou com um homem rico, adora sexo, utiliza freqüentemente expressões da língua inglesa, leitora visual da revista Caras. Para construção do texto, pediram auxílio à professora de inglês e gostariam de desenvolver uma atividade desse tipo em sala,de preferência com dramatização.
Podemos considerar erro em linguagem quando temos formas ou construções que travam a comunicação, que a impedem, em termos fonético, morfológico, sintático, semântico e/ou pragmáticos, por fugirem à regularidade natural de uso dessa língua dentro da comunidade de falantes, ou seja, conforme cada dialeto. Ao construírem o texto as alunas demonstraram isso não ocorre, embora a personagem, cometa vícios de linguagem, o estrangeirismo, atentando contra o padrão formal, a mensagem textual é clara.
É importante lembrar que uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua, depende da situação, não existindo uniformidade no uso de uma dela. Também é preciso compreender que existem variações de época, de região, de classes sociais, e etc. Celso Cunha, em Uma política do idioma, afirma que "nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações. (...) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção”.
A nossa dondoca extrapola, mas basta um passeio pelos centros comerciais, estudar os anúncios publicitários, conversar com vendedores, ler revistas de decoração, utilizar a internet que perceberemos a utilização de expressões estranhas à nossa língua. Não há volta, aos poucos nos apropriamos de expressões ou palavras e vamos transformando a nossa língua, o processo começa pela fala. São situações que existem e muitos professores ignoram. Ao desconhecer a realidade do aluno, a sua prática se distancia , tornando-se ineficaz. O ensino do padrão formal, nosso objetivo, deve ser feito a partir de duas vertentes: a realidade de nosso tempo e a do aluno, assim alcançaremos o sucesso, sem imposições, apenas mostrando o caminho necessário para o domínio da nossa língua e conseqüentemente o sucesso, pois como dizia o Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica."
Referências bibliográficas
CUNHA, Celso. Uma Política do Idioma.Disponível em www.filologia.org.br/revista/artigo/htm. .Acessado em 16/08/2008
TRAVAGLIA, Luiz Carlos . Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no primeiro e segundo graus. S.P. Cortez, 1996. pp 41-66
MARCUSCHI, L. A. A concepção de língua falada nos manuais de português de 1º e 2º graus:uma visão crítica. Trabalhos em Lingüística Aplicada, Campinas,SP: UNICAMP/IEL, n.30, 1997.
O desenvolvimento da competência comunicativa está relacionado à capacidade de o usuário da língua saber interpretar e empregar um maior número de recursos da língua, seja na modalidade escrita, seja na falada, de forma adequada em diferentes situações de interação comunicativa (formais e informais). A segunda atividade, que propõe um trabalho de ampliação dos usos de língua, mostrando como cada falante usaria de recursos comunicativos (e argumentativos) de acordo com o seu interlocutor, seu propósito, ou intenção , permite trabalhar a oralidade e desenvolve a referida competência em nossos alunos.
Escolhi a situação descrita na letra "c", como se fosse uma dondoca descrevendo a casa para a querida amiga e pedi a duas ex-alunas, hoje trabalho em outra unidade de ensino que escrevessem o texto, que ficou assim:
“Pat, a casa é linda. Tem um hall e uma big sala, com um pé-direito double ma-ra-vi-lho-so. No teto um lustre high tech. Ai, amiga, puro design. Falei na hora para Amauri, compra darling, compra. Pagamos em cash. Nem te conto, no andar de cima, são três quartos, to-dos com suítes masters, os banheiros têm hidros. Imagino eu e Amauri no maior love, ai. Olha só, eu ia me esquecendo da cozinha, que eu nem entrei, mas disseram que era do tipo funcional. O jardim é um lugar lindo, bem contemporâneo, chique. Agora o melhor de tudo: a nossa house fica perto do Shopping, já imaginou... não é over.” (alunas da 3ªsérie, CEM 01 Gama).
Ao receber o texto, não fiz correções e pedi que me explicassem como foi o processo de criação. As referidas alunas informaram que pensaram em uma mulher jovem, “patricinha”, apenas com o ensino fundamental, mas que deu sorte, pois se casou com um homem rico, adora sexo, utiliza freqüentemente expressões da língua inglesa, leitora visual da revista Caras. Para construção do texto, pediram auxílio à professora de inglês e gostariam de desenvolver uma atividade desse tipo em sala,de preferência com dramatização.
Podemos considerar erro em linguagem quando temos formas ou construções que travam a comunicação, que a impedem, em termos fonético, morfológico, sintático, semântico e/ou pragmáticos, por fugirem à regularidade natural de uso dessa língua dentro da comunidade de falantes, ou seja, conforme cada dialeto. Ao construírem o texto as alunas demonstraram isso não ocorre, embora a personagem, cometa vícios de linguagem, o estrangeirismo, atentando contra o padrão formal, a mensagem textual é clara.
É importante lembrar que uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua, depende da situação, não existindo uniformidade no uso de uma dela. Também é preciso compreender que existem variações de época, de região, de classes sociais, e etc. Celso Cunha, em Uma política do idioma, afirma que "nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações. (...) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção”.
A nossa dondoca extrapola, mas basta um passeio pelos centros comerciais, estudar os anúncios publicitários, conversar com vendedores, ler revistas de decoração, utilizar a internet que perceberemos a utilização de expressões estranhas à nossa língua. Não há volta, aos poucos nos apropriamos de expressões ou palavras e vamos transformando a nossa língua, o processo começa pela fala. São situações que existem e muitos professores ignoram. Ao desconhecer a realidade do aluno, a sua prática se distancia , tornando-se ineficaz. O ensino do padrão formal, nosso objetivo, deve ser feito a partir de duas vertentes: a realidade de nosso tempo e a do aluno, assim alcançaremos o sucesso, sem imposições, apenas mostrando o caminho necessário para o domínio da nossa língua e conseqüentemente o sucesso, pois como dizia o Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica."
Referências bibliográficas
CUNHA, Celso. Uma Política do Idioma.Disponível em www.filologia.org.br/revista/artigo/htm. .Acessado em 16/08/2008
TRAVAGLIA, Luiz Carlos . Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no primeiro e segundo graus. S.P. Cortez, 1996. pp 41-66
MARCUSCHI, L. A. A concepção de língua falada nos manuais de português de 1º e 2º graus:uma visão crítica. Trabalhos em Lingüística Aplicada, Campinas,SP: UNICAMP/IEL, n.30, 1997.
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