quarta-feira, 22 de julho de 2009

Crônicas urbanas. ( em construção)

Almoço- Agosto
Parte 2
Em Brasília, o tempo estava abafado e seco.O dia era de preguiça.Ainda bem que pela manhã recebera um convite da turma para um almoço. Não estava com muita fome, entretanto, com amigos, era necessário comer algo para depois poder beber,de estômago vazio passava mal. Estava alegre, depois de muito tempo, se sentia melhor.
A separação de Cíntia foi uma atitude correta.Voltou a frequentar o seu círculo de amigos, depois de três anos. Relação complicada, ela ciumenta e ele muto "dado " aos amigos. A vida virou um inferno.
Tentando salvar a relação, optou em se dedicar a mulher, não deu certo, o esquema casa-trabalho-casa-cinema-festas de família- almoço com a sogra- aluguel de DVD-sexo mensal se mostrou ineficiente e as brigas recomeçaram, a solução foi a separação. Da ópera ficou uma lição:algumas verdades não devem ser ditas, não nada que conserte uma palavra mal dita.
São breves lembranças, enquanto sorri e conversa com o grupo. Precisava ficar sabendo de tudo, estivera muito distante. Depois de um longa tarde, todos se despediram e voltaram para as suas rotinas.
Levantou-se, foi o último, não tinha pressa e ao passar pela porta do barzinho, enxergou um rosto, cuja fisionomia havia ficado na adolescência, há quinze anos atrás. Naõ acreditou, estava mais bonita, mas o sorriso e o jeito de moleca continuavam os mesmos. O coração disparou. Decidido, foi ao encontro e em poucos instantes se encontrava ao lado Joana, sorrindo, como um adolescente.

Crônicas urbanas. (em construção)

Manhã de Setembro
Parte 1-
Acordou com uma vontade imensa de mudar de vida, sabia o motivo e tinha certeza que ao final dia seria uma pessoa diferente.Após o banho , tomou um belo café e saiu para o trabalho.
Era funcionário público. O trânsito estava lento, como sempre.Ligou o rádio , uma estação qualquer tocava também uma música descartável, dessas que ouvimos e esquecemos, deixou-se levar por pequenas lembranças e por ela. O jantar, na noite anterior, foi maravilhoso.
De repente ouviu um barulho, gritos,freiou bruscamente, já era tarde.Batiam em sua janela desesperados. Distraído, não percebera os isnais dos outros motoristas e nem ouvira as buzinas. Duas crianças que estavam atravessando a faixa foram atropeladas.
Abriu a porta e não se conteve, começou a gritar, era incapaz de ouvir qualquer coisa. Sua vida estava acabada.Não olhava para o céu.Não enxergava mais nada. Apenas uma pergunta: merecia tal sina?
-Nãaaaaaaaaaao, hoje não!
Carlos 22/07/09

segunda-feira, 20 de julho de 2009

LITERARTE- sites para pesquisa

http://www.releituras.com/biografias.asp

http://www.klickescritores.com.br/

http://personal.lse.ac.uk/gomesp/3-Poetry/Brasileiros.htm

http://www.veraregina.com.br/cantinho/portugue/menus/04.htm

http://www.brazilianmusic.com/aabc/literature/palmares/

http://orbita.starmedia.com/~poemapage/famosos.htm

CECÍILIA- SOBRE ELA MESMA.

"...Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."
Até mais.

MOTIVO CECÍLIA MEIRELES

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre
nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo
nem tormento.
Atravesso noites
e dias no vento.
Se desmorono
ou se edifico,
se permaneço
ou me desfaço,—
não sei, não sei.
Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

JORNADA

Ontem ,
cheguei cansado.
Todos me pediam atenção.
Dei um grito
Daqueles que assustam!
Perguntaram se tinha bebido ou estava louco.
Respondi: cansado.
Choro, caras feias,
Consegui ficar em paz
Mais tarde, refeitos, voltaram-se para mim.
Compreendi então que jornada de pai
Nunca tem fim.

CARLOS-17/07/09 ( ARQUIVO DE 2008)

CONFUSÃO

Quem me conhece,
não me reconhece em meus textos.
Para eles,
a pessoa com quem lidam
não pode ser o autor dos versos !
Confundem as nossas relações
com os meus desabafos.
Quando escrevo,
estou acompanhado apenas das minhas lembranças.
Quando converso:
questiono
critico
sou imperativo.
Exponho o meu presente,
Duramente esculpido pelo cotidiano.

Carlos 17/07/09