FUNDAÇÃO UNITINS/ SINPRO DF
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR-2009
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
DOCENTE: SILVANA LOVERA SILVA
ALUNO: CARLOS FERNANDES CAVALCANTE
Historicamente a formação docente, como tantas outras, reflete o modelo ideológico vigente e nunca teve um lugar de destaque dentro do universo acadêmico, demonstrando assim o grau de comprometimento do Estado com a educação em nosso país. Entretanto, nos últimos anos a sociedade e parte do mundo acadêmico exigem. Os debates sobre a necessidade de políticas de formação de professores consideram, dentre outros aspectos, a luta desses profissionais em prol da reformulação dos cursos de formação e o surgimento de novas políticas públicas no campo da educação, em particular da formação de professores.
Tem-se,desde então, procurado modificar o processo de formação, para que o docente acadêmico deixe de ser o senhor de todos os conhecimentos e experiências profissionais e também o responsável pela transmissão dos mesmos para um aluno docente que não sabe e não os conhece, sendo sempre avaliado por instrumentos que indicam formalmente se está apto ou não para exercer a profissão. Sendo considerado apto, reproduz o que aprendeu na escola, perpetuando assim a história de fracassos já conhecida de nossa literatura.
Os estudos de Arroyo, Frigotto, Nòvoa e Sacristán possibilitam a reflexão e construção de desse novo caminho, parte dele construído pelo professor, Masetto (2003, p.31) “ como cidadão, o professor estará aberto para o que se passa na sociedade, fora da universidade ou faculdade, suas transformações, evoluções, mudanças; atento para novas formas de participação, as novas conquistas, os novos valores emergentes, as novas descobertas, novas proposições, visando inclusive abrir espaço para discussão e debate com seus alunos sobre tais aspectos na medida em que afetem a formação e o exercício profissionais.
Um dos pontos cruciais para a formação desses profissionais é o desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem o domínio de todo processo educativo, que se constrói a partir do planejamento. Segundo Silva (2009:14) “ensinar bem é o resultado de um bom planejamento”, então professor deve saber elaborá-lo e compreendê-lo em todas as suas dimensões, uma vez que possibilita também o monitoramento do crescimento cognitivo e o amadurecimento pessoal durante os processos de ensino e de aprendizagem.
Para a construção do planejamento é necessária uma profunda reflexão, que possibilita a análise dos diversos contextos, a inclusão de atividades de pesquisa e práticas interdisciplinares que permitindo ao aluno construção do conhecimento científico pessoal em consonância com o conhecimento científico estabelecido.
Os planejamentos possuem objetivos e para alcançá-los o professor precisa escolher estratégias de ensino e de aprendizagem adequadas ao seu perfil, proposta, atividades ou disciplina. Os métodos possibilitam de acordo com Silva (2009:20) “a assimilação dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos.”
Para Rodrigues (2005) “as estratégias e técnicas são recursos que podem agregar valores nos processos de ensino e aprendizagem e que só terão importância se estiverem ligados diretamente aos objetivos pretendidos.” Portanto, elas servem para que se estabeleçam dentro da escola, dinâmicas que estimulem a troca de conhecimentos e propiciem o desenvolvimento de relacionamentos entre todos os envolvidos no processo. As competências para trabalhar com elas devem ser adquiridas ainda no processo de formação do profissional e redimensionadas nos cursos de formação continuada.
As instituições educativas, preocupadas com a formação de seus alunos, devem viabilizar aos seus professores todos os recursos, assim como promover atividades que permitam o pleno domínio dos mesmos. Esse suporte torna possível a construção de um ambiente propício para o ensino e a aprendizagem.
Assim, a formação do professor não termina no curso superior, ela será sempre continuada, pois a educação não é um produto acabado. Entretanto, para que se tenham profissionais competentes e uma educação de qualidade é preciso que o Estado abandone o discurso e proponha políticas públicas, transformadoras e abrangentes, pois de acordo com Mello (apud Freitas 2002:142) “as referências e as bases para as políticas de formação de professores vinculam-se estreitamente às exigências postas pela reforma educativa da educação básica, para a formação das novas gerações. A formação inicial de professores, na ótica oficial, deve ter como primeiro referencial as normas legais e recomendações pedagógicas da educação básica.”
REFERÊNCIAS
ANDRE, Marli; SIMOES, Regina H.S.; CARVALHO, Janete M. and BRZEZINSKI, Iria. Estado da arte da formação de professores no Brasil. Educ. Soc. [online]. 1999, vol.20, n.68, pp. 301-309. ISSN 0101-7330. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a15v2068.pdf acessado em 25/05/09
FREITAS, Helena Costa Lopes de. Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educ. Soc. [online]. 2002, vol.23, n.80, pp. 136-167. ISSN 0101-7330.
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário.
RODRIGUES,Ricardo Carvalho. Estratégias de Ensino e Aprendizagem para Modalidade de Educação à Distância.2005. disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/Ficha.aspx?IdeOrigem=790e52c71f3b1131f83238a547e606f4. Acessado em 05/06/09.
Summus editorial. São Paulo.2003.
SILVA, Silvana Lovera. Metodologia do Ensino Superior. Tocantins. 2009.
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR-2009
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
DOCENTE: SILVANA LOVERA SILVA
ALUNO: CARLOS FERNANDES CAVALCANTE
Historicamente a formação docente, como tantas outras, reflete o modelo ideológico vigente e nunca teve um lugar de destaque dentro do universo acadêmico, demonstrando assim o grau de comprometimento do Estado com a educação em nosso país. Entretanto, nos últimos anos a sociedade e parte do mundo acadêmico exigem. Os debates sobre a necessidade de políticas de formação de professores consideram, dentre outros aspectos, a luta desses profissionais em prol da reformulação dos cursos de formação e o surgimento de novas políticas públicas no campo da educação, em particular da formação de professores.
Tem-se,desde então, procurado modificar o processo de formação, para que o docente acadêmico deixe de ser o senhor de todos os conhecimentos e experiências profissionais e também o responsável pela transmissão dos mesmos para um aluno docente que não sabe e não os conhece, sendo sempre avaliado por instrumentos que indicam formalmente se está apto ou não para exercer a profissão. Sendo considerado apto, reproduz o que aprendeu na escola, perpetuando assim a história de fracassos já conhecida de nossa literatura.
Os estudos de Arroyo, Frigotto, Nòvoa e Sacristán possibilitam a reflexão e construção de desse novo caminho, parte dele construído pelo professor, Masetto (2003, p.31) “ como cidadão, o professor estará aberto para o que se passa na sociedade, fora da universidade ou faculdade, suas transformações, evoluções, mudanças; atento para novas formas de participação, as novas conquistas, os novos valores emergentes, as novas descobertas, novas proposições, visando inclusive abrir espaço para discussão e debate com seus alunos sobre tais aspectos na medida em que afetem a formação e o exercício profissionais.
Um dos pontos cruciais para a formação desses profissionais é o desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem o domínio de todo processo educativo, que se constrói a partir do planejamento. Segundo Silva (2009:14) “ensinar bem é o resultado de um bom planejamento”, então professor deve saber elaborá-lo e compreendê-lo em todas as suas dimensões, uma vez que possibilita também o monitoramento do crescimento cognitivo e o amadurecimento pessoal durante os processos de ensino e de aprendizagem.
Para a construção do planejamento é necessária uma profunda reflexão, que possibilita a análise dos diversos contextos, a inclusão de atividades de pesquisa e práticas interdisciplinares que permitindo ao aluno construção do conhecimento científico pessoal em consonância com o conhecimento científico estabelecido.
Os planejamentos possuem objetivos e para alcançá-los o professor precisa escolher estratégias de ensino e de aprendizagem adequadas ao seu perfil, proposta, atividades ou disciplina. Os métodos possibilitam de acordo com Silva (2009:20) “a assimilação dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos.”
Para Rodrigues (2005) “as estratégias e técnicas são recursos que podem agregar valores nos processos de ensino e aprendizagem e que só terão importância se estiverem ligados diretamente aos objetivos pretendidos.” Portanto, elas servem para que se estabeleçam dentro da escola, dinâmicas que estimulem a troca de conhecimentos e propiciem o desenvolvimento de relacionamentos entre todos os envolvidos no processo. As competências para trabalhar com elas devem ser adquiridas ainda no processo de formação do profissional e redimensionadas nos cursos de formação continuada.
As instituições educativas, preocupadas com a formação de seus alunos, devem viabilizar aos seus professores todos os recursos, assim como promover atividades que permitam o pleno domínio dos mesmos. Esse suporte torna possível a construção de um ambiente propício para o ensino e a aprendizagem.
Assim, a formação do professor não termina no curso superior, ela será sempre continuada, pois a educação não é um produto acabado. Entretanto, para que se tenham profissionais competentes e uma educação de qualidade é preciso que o Estado abandone o discurso e proponha políticas públicas, transformadoras e abrangentes, pois de acordo com Mello (apud Freitas 2002:142) “as referências e as bases para as políticas de formação de professores vinculam-se estreitamente às exigências postas pela reforma educativa da educação básica, para a formação das novas gerações. A formação inicial de professores, na ótica oficial, deve ter como primeiro referencial as normas legais e recomendações pedagógicas da educação básica.”
REFERÊNCIAS
ANDRE, Marli; SIMOES, Regina H.S.; CARVALHO, Janete M. and BRZEZINSKI, Iria. Estado da arte da formação de professores no Brasil. Educ. Soc. [online]. 1999, vol.20, n.68, pp. 301-309. ISSN 0101-7330. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a15v2068.pdf acessado em 25/05/09
FREITAS, Helena Costa Lopes de. Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educ. Soc. [online]. 2002, vol.23, n.80, pp. 136-167. ISSN 0101-7330.
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário.
RODRIGUES,Ricardo Carvalho. Estratégias de Ensino e Aprendizagem para Modalidade de Educação à Distância.2005. disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/Ficha.aspx?IdeOrigem=790e52c71f3b1131f83238a547e606f4. Acessado em 05/06/09.
Summus editorial. São Paulo.2003.
SILVA, Silvana Lovera. Metodologia do Ensino Superior. Tocantins. 2009.
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