Uma cena de Apartheid Social
Cristovam Buarque conta que num belo dia, no estacionamento do Mc Donald’s em Brasília, dois jovens num carro despejavam batatas fritas no chão para que crianças pobres fossem atrás para catá-las. Quem assistia a cena e não achava engraçado, perguntava-se o por que disso no Brasil.Caso os jovens se sentissem semelhantes aos garotos, teriam solidariedade. Já as crianças, se tivessem dignidade, teria assaltado os donos do carro.A cena ocorre porque os jovens se sentiam diferentes das crianças e, elas, além do medo dos vigilantes, encontrava o seu único meio de matar a fome nos restos dos ricos.Assim é o Apartheid. Os brasileiros ricos e quase ricos começam a assumir sua diferença em relação aos pobres, causando assim, separação de classes.
Cristovam Buarque conta que num belo dia, no estacionamento do Mc Donald’s em Brasília, dois jovens num carro despejavam batatas fritas no chão para que crianças pobres fossem atrás para catá-las. Quem assistia a cena e não achava engraçado, perguntava-se o por que disso no Brasil.Caso os jovens se sentissem semelhantes aos garotos, teriam solidariedade. Já as crianças, se tivessem dignidade, teria assaltado os donos do carro.A cena ocorre porque os jovens se sentiam diferentes das crianças e, elas, além do medo dos vigilantes, encontrava o seu único meio de matar a fome nos restos dos ricos.Assim é o Apartheid. Os brasileiros ricos e quase ricos começam a assumir sua diferença em relação aos pobres, causando assim, separação de classes.
Apartheid: A origem do conceito
Os gregos, criadores do humanismo, dividiam os homens entre eles, que nasciam para a liberdade e a riqueza da cultura, e os outros: os bárbaros, que nasciam para trabalhar com escravos.Com exceção de grupos primitivos, a sociedade costuma dividir: senhores e escravos; aristocratas e servos; cristãos e pagãos etc.A partir do século XVIII, alguns pensadores passaram a defender direitos iguais para todos.Contudo, os EUA foram incapazes de aceitar uma sociedade sem escravos. Só recentemente, há cerca de um século, foi que passamos a viver num mundo onde os direitos iguais para todos foram se firmando. Apesar da escravidão não ter acabado, passou a ser vista como uma questão rara. Porém, a desigualdade continuou, cresceu. A civilização avançou, aumentando-a.Há trezentos anos, aristocratas tinham acesso a quase o mesmo tipo de bens e serviços disponíveis aos camponeses. Hoje, o processo econômico passou a oferecer várias formas de consumo, porém, restritas a uma parcela da população.Durante algumas décadas, a desigualdade não apresentou dificuldade no comando de um país, pois os pobres ainda tinham esperanças de serem inclusos nos privilégios. Tempos depois, a urbanização mostrou o mundo moderno para todos e reduziu o conformismo.Situação ocorrida na África do Sul também: a desigualdade econômica entre brancos e negros.A urbanização, o crescimento econômico concentrado para os brancos e a rebeldia da maioria negra forçaram a implantação, em 1950, da Lei do Registro de População. Foi criado um sistema legal que mantinha os grupos sul-africanos separados. A nova lei classificou os habitantes da África do Sul em três categorias: os africanos ou negros; os de cor ou mestiços; e brancos. A esse sistema deu-se o nome de Apartheid.Em 1951, estabeleceu-se uma organização política para os negros, que acabaram se tornando estrangeiros no seu próprio país. Depois, aumentou-se a desigualdade e cresceu a diferenciação no bem-estar, nos benefícios sociais, no acesso à propriedade. Para crianças brancas, a escola era obrigatória; para as outras, opcional.Foi assim que a economia sul-africana enriqueceu.O que mudou com o apartheid foi a afirmação da diferença e a aceitação da desigualdade crescente.
Os gregos, criadores do humanismo, dividiam os homens entre eles, que nasciam para a liberdade e a riqueza da cultura, e os outros: os bárbaros, que nasciam para trabalhar com escravos.Com exceção de grupos primitivos, a sociedade costuma dividir: senhores e escravos; aristocratas e servos; cristãos e pagãos etc.A partir do século XVIII, alguns pensadores passaram a defender direitos iguais para todos.Contudo, os EUA foram incapazes de aceitar uma sociedade sem escravos. Só recentemente, há cerca de um século, foi que passamos a viver num mundo onde os direitos iguais para todos foram se firmando. Apesar da escravidão não ter acabado, passou a ser vista como uma questão rara. Porém, a desigualdade continuou, cresceu. A civilização avançou, aumentando-a.Há trezentos anos, aristocratas tinham acesso a quase o mesmo tipo de bens e serviços disponíveis aos camponeses. Hoje, o processo econômico passou a oferecer várias formas de consumo, porém, restritas a uma parcela da população.Durante algumas décadas, a desigualdade não apresentou dificuldade no comando de um país, pois os pobres ainda tinham esperanças de serem inclusos nos privilégios. Tempos depois, a urbanização mostrou o mundo moderno para todos e reduziu o conformismo.Situação ocorrida na África do Sul também: a desigualdade econômica entre brancos e negros.A urbanização, o crescimento econômico concentrado para os brancos e a rebeldia da maioria negra forçaram a implantação, em 1950, da Lei do Registro de População. Foi criado um sistema legal que mantinha os grupos sul-africanos separados. A nova lei classificou os habitantes da África do Sul em três categorias: os africanos ou negros; os de cor ou mestiços; e brancos. A esse sistema deu-se o nome de Apartheid.Em 1951, estabeleceu-se uma organização política para os negros, que acabaram se tornando estrangeiros no seu próprio país. Depois, aumentou-se a desigualdade e cresceu a diferenciação no bem-estar, nos benefícios sociais, no acesso à propriedade. Para crianças brancas, a escola era obrigatória; para as outras, opcional.Foi assim que a economia sul-africana enriqueceu.O que mudou com o apartheid foi a afirmação da diferença e a aceitação da desigualdade crescente.
(Referência:O que é apartação- Cristóvam Buarque,capítulos 1 e 2)
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