quinta-feira, 18 de junho de 2009

TANGO- BUENOS AIRES /2009

UMA NOITE COM MUITA MÚSICA, QUILMES E ENCRENCAS COM OS HERMANOS (PARA VARIAR)...

QUINTANA

Um poema?

No mundo não há nada mais triste do que uma boneca morta...
Talvez porque sua mãezinha tenha morrido de parto!
Ou encontrar um vestido de noiva numa casa de penhores
Ou começar cheio de rimas quando se escreve em prosa
Ou não encontrar rimas quando se escreve em verso
(Também, quem me mandou escrever clássico?!)
Bendita seja a Isadora Duncan, que inventou o verso livre da dança!
Só não sei,
Mesmo
,O que eu queria dizer com tudo isso...

[Mario Quintana; Velório sem defunto, 1990]
FONTE:http://quintanares.blogspot.com/

Bandeira

As três mulheres do sabonete Araxá me invocam,
me bouleversam,
me hipnotizam.
Oh, as três mulheres do sabonete Araxá às 4 horas da tarde!
O meu reino pelas três mulheres do sabonete Araxá!
Que outros, não eu, a pedra cortem
Para brutais vos adorarem,
Ó brancaranas azedas,
Mulatas cor da lua vem saindo cor de prata
Oh! celestes africanas:
Que eu vivo, padeço e morro só pelas três mulheres do Sabonete Araxá!
São amigas, são irmãs, são amantes as três mulheres do Sabonete Araxá?São prostitutas, são declamadoras, são acrobatas?
São as três Marias?
Meu Deus, serão as três Marias?
A mais nua é doirada borboleta.
Se a segunda casasse, eu ficava safado da vida,
dava pra beber e nunca mais telefonava.
Mas se a terceira morresse...
Oh, então nunca mais a minha vida outrora teria sido um festim!
Se me perguntassem:
Queres ser estrela? queres ser rei?
queres uma ilha no Pacífico?
um bangalô em Copacabana?
Eu responderia:
Não quero nada disso, tetrarca.
Eu só quero as três mulheres do sabonete Araxá:
O meu reino pelas três mulheres do sabonete Araxá!
Teresópolis, 1931

Fernando Pessoa por Maria Bethânia

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Reflexões- atividade avaliativa- UNITINS/SINPRO DF

FUNDAÇÃO UNITINS/ SINPRO DF
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR-2009
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
DOCENTE: SILVANA LOVERA SILVA
ALUNO: CARLOS FERNANDES CAVALCANTE


Historicamente a formação docente, como tantas outras, reflete o modelo ideológico vigente e nunca teve um lugar de destaque dentro do universo acadêmico, demonstrando assim o grau de comprometimento do Estado com a educação em nosso país. Entretanto, nos últimos anos a sociedade e parte do mundo acadêmico exigem. Os debates sobre a necessidade de políticas de formação de professores consideram, dentre outros aspectos, a luta desses profissionais em prol da reformulação dos cursos de formação e o surgimento de novas políticas públicas no campo da educação, em particular da formação de professores.
Tem-se,desde então, procurado modificar o processo de formação, para que o docente acadêmico deixe de ser o senhor de todos os conhecimentos e experiências profissionais e também o responsável pela transmissão dos mesmos para um aluno docente que não sabe e não os conhece, sendo sempre avaliado por instrumentos que indicam formalmente se está apto ou não para exercer a profissão. Sendo considerado apto, reproduz o que aprendeu na escola, perpetuando assim a história de fracassos já conhecida de nossa literatura.
Os estudos de Arroyo, Frigotto, Nòvoa e Sacristán possibilitam a reflexão e construção de desse novo caminho, parte dele construído pelo professor, Masetto (2003, p.31) “ como cidadão, o professor estará aberto para o que se passa na sociedade, fora da universidade ou faculdade, suas transformações, evoluções, mudanças; atento para novas formas de participação, as novas conquistas, os novos valores emergentes, as novas descobertas, novas proposições, visando inclusive abrir espaço para discussão e debate com seus alunos sobre tais aspectos na medida em que afetem a formação e o exercício profissionais.
Um dos pontos cruciais para a formação desses profissionais é o desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem o domínio de todo processo educativo, que se constrói a partir do planejamento. Segundo Silva (2009:14) “ensinar bem é o resultado de um bom planejamento”, então professor deve saber elaborá-lo e compreendê-lo em todas as suas dimensões, uma vez que possibilita também o monitoramento do crescimento cognitivo e o amadurecimento pessoal durante os processos de ensino e de aprendizagem.
Para a construção do planejamento é necessária uma profunda reflexão, que possibilita a análise dos diversos contextos, a inclusão de atividades de pesquisa e práticas interdisciplinares que permitindo ao aluno construção do conhecimento científico pessoal em consonância com o conhecimento científico estabelecido.
Os planejamentos possuem objetivos e para alcançá-los o professor precisa escolher estratégias de ensino e de aprendizagem adequadas ao seu perfil, proposta, atividades ou disciplina. Os métodos possibilitam de acordo com Silva (2009:20) “a assimilação dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos.”
Para Rodrigues (2005) “as estratégias e técnicas são recursos que podem agregar valores nos processos de ensino e aprendizagem e que só terão importância se estiverem ligados diretamente aos objetivos pretendidos.” Portanto, elas servem para que se estabeleçam dentro da escola, dinâmicas que estimulem a troca de conhecimentos e propiciem o desenvolvimento de relacionamentos entre todos os envolvidos no processo. As competências para trabalhar com elas devem ser adquiridas ainda no processo de formação do profissional e redimensionadas nos cursos de formação continuada.
As instituições educativas, preocupadas com a formação de seus alunos, devem viabilizar aos seus professores todos os recursos, assim como promover atividades que permitam o pleno domínio dos mesmos. Esse suporte torna possível a construção de um ambiente propício para o ensino e a aprendizagem.
Assim, a formação do professor não termina no curso superior, ela será sempre continuada, pois a educação não é um produto acabado. Entretanto, para que se tenham profissionais competentes e uma educação de qualidade é preciso que o Estado abandone o discurso e proponha políticas públicas, transformadoras e abrangentes, pois de acordo com Mello (apud Freitas 2002:142) “as referências e as bases para as políticas de formação de professores vinculam-se estreitamente às exigências postas pela reforma educativa da educação básica, para a formação das novas gerações. A formação inicial de professores, na ótica oficial, deve ter como primeiro referencial as normas legais e recomendações pedagógicas da educação básica.”


REFERÊNCIAS
ANDRE, Marli; SIMOES, Regina H.S.; CARVALHO, Janete M. and BRZEZINSKI, Iria. Estado da arte da formação de professores no Brasil. Educ. Soc. [online]. 1999, vol.20, n.68, pp. 301-309. ISSN 0101-7330. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a15v2068.pdf acessado em 25/05/09
FREITAS, Helena Costa Lopes de. Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educ. Soc. [online]. 2002, vol.23, n.80, pp. 136-167. ISSN 0101-7330.
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário.

RODRIGUES,Ricardo Carvalho. Estratégias de Ensino e Aprendizagem para Modalidade de Educação à Distância.2005. disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/Ficha.aspx?IdeOrigem=790e52c71f3b1131f83238a547e606f4. Acessado em 05/06/09.
Summus editorial. São Paulo.2003.

SILVA, Silvana Lovera. Metodologia do Ensino Superior. Tocantins. 2009.