terça-feira, 13 de outubro de 2009

TROPICÁLIA- CAETANO VELOSO

Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país...
Viva a bossa
Sa, sa
Viva a palhoça
Ca, ça, ça, ça...(2x)
O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão...
Viva a mata
Ta, ta
Viva a mulata
Ta, ta, ta, ta...(2x)
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisaE fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira
Entre os girassóis...
Viva Maria
Ia, ia
Viva a Bahia
Ia, ia, ia, ia...(2x)
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim...
Viva Iracema
Ma, ma
Viva Ipanema
Ma, ma, ma, ma...(2x)
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém!
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!...
Viva a banda
Da, da
Carmem Miranda
Da, da, da, da...(3x)

PI 1- 3º ANO. TEMA 1- TROPICÁLIA. TEXTO PARA LEITURA E DISCUSSÃO.

CEM 02-
ROTEIRO:ABERTURA: ALEGRIA ALEGRIA ( CAETANO VELOSO)
TEXTO: TROPICÁLIA- O MOVIMENTO
O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.
Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica. Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.
Seguindo a melhor das tradições dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informações e referências de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de música. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caetano Veloso trabalhos cuja complexidade e qualidade foram marcantes para diferentes gerações. Os diálogos com obras literárias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composições tropicalistas ao status de poesia. Suas canções compunham um quadro crítico e complexo do País – uma conjunção do Brasil arcaico e suas tradições, do Brasil moderno e sua cultura de massa e até de um Brasil futurista, com astronautas e discos voadores. Elas sofisticaram o repertório de nossa música popular, instaurando em discos comerciais procedimentos e questões até então associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.
Discos antológicos foram produzidos, como a obra coletiva Tropicália ou Panis et Circensis e os primeiros discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Enquanto Caetano entra em estúdio ao lado dos maestros Júlio Medaglia e Damiano Cozzela, Gil grava seu disco com os arranjos de Rogério Duprat e da banda os Mutantes. Nesses discos, se registrariam vários clássicos, como as canções-manifesto “Tropicália” (Caetano) e “Geléia Geral” (Gil e Torquato). A televisão foi outro meio fundamental de atuação do grupo – principalmente os festivais de música popular da época. A eclosão do movimento deu-se com as ruidosas apresentações, em arranjos eletrificados, da marcha “Alegria, alegria”, de Caetano, e da cantiga de capoeira “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967.
Irreverente, a Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à música e à política, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas.
O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.
FONTE: http://tropicalia.uol.com.br/site/internas/movimento.php
ENCERRAMENTO:VAPOR BARATO.
DISCUSSÃO:POP-ART-VANGUARDAS-MÚSICA-HIPPIES-DITADURA-ALIENAÇÃO-MODERNIDADE- BRASIL-ROCK-TORQUATO NETO-HÉLIO OITICICA(RELAÇÃO COM O MOVIMENTO)
"Tropicália é a primeiríssima tentativa consciente, objetiva, de impor uma imagem obviamente brasileira ao contexto atual da vanguarda e das manifestações em geral da arte nacional. Tudo começou com a formulação do Parangolé, em 1964, com toda a minha experiência com o samba, com a descoberta dos morros, da arquitetura orgânica das favelas cariocas (e conseqüentemente outras, como as palafitas do Amazonas) e principalmente das construções espontâneas, anônimas nos grandes centros urbanos – a arte das ruas, das coisas inacabadas, dos terrenos baldios, etc."Hélio Oiticica.
Oiticica quando pensou o conceito da tropicália como uma coisa ampla, não contava com a repercussão ao se transformar num movimento artístico cultural que contagiou o cenário brasileiro. Pregava uma integração entre as linguagens artísticas: artes plásticas, dança, música. A Tropicália inventada por Hélio Oiticica, não era a criação do mito tropicalista de araras e bananeiras como foi divulgado, era uma posição crítica diante de problemas e impasses na arte, na cultura e na política advindos do sentimento de culpa da vanguarda com a linguagem nacional e do regime político implantado no País a partir de 1964. Tinha uma pretensão explícita de objetivar uma linguagem brasileira de vanguarda que fizesse frente à imagética pop e op internacionais.

RESENHA UNITINS-TEXTO FINAL- AVALIADO

Curso de pós-graduação em Educação, Democracia e Gestão Escolar Disciplina: Gestão escolar e financiamento
Professor: Francisco Gilson Rebouças Porto Júnior
Alunos: Cássia dos Reis Barbosa Guerra /Carlos Fernandes Cavalcante

REFLEXÕES

A escola é um lugar que abriga uma enorme gama de visões e forma de abordagens diferentes. Com isso, ao tentar definir a gestão, mais especificamente a gestão escolar, devemos levar em consideração essa multiplicidade de visões e valores que a ela abriga. Assim, desafio maior das instituições de ensino tem sido romper com a tradição da educação formal, que reproduz os mecanismos de poder estabelecidos pela classe dominantes do Brasil.
Com a Nova República, a promulgação da Constituição Cidadã e da Lei de Diretrizes e Bases, as escolas passaram por profundas mudanças, boa parte delas para atender ao discurso político e partidário de nossos Governos, que adotaram por sua vez o neoliberalismo .A luta por eleições diretas e melhoria na educação passaram a fazer parte de nossas reivindicações.Apesar de tudo: campanhas, debates , seminários ,etc. O SINPRO DF nem sempre foi ouvido.Lutamos por nossa ideologia ou ponto de vista.De acordo com Lombardi (2006:12) são “várias opiniões arraigadas que temos sobre o mundo, a sociedade, a vida e o trabalho, e também sobre a escola, sobre a administração escolar e sobre o papel do diretor de escola.”
Uma das grandes transformações ocorridas se refere à gestão. Um dado se torna relevante, segundo Gois in Lombardi (2006:14) “a indicação política é, segundo o Saeb (exame do MEC que avalia a qualidade da educação), a que tem mais impacto negativo no desempenho dos estudantes. Sabemos que na área da administração as contribuições de Taylor e Fayol são muito valiosas e, que algumas dessas teorias administrativas adentraram a área educacional de forma intempestiva, inicialmente na rede privada, mas essas teorias estão cada vez mais sendo aplicadas também nas instituições de ensino públicas.
Torna-se importante para nosso estudo, diferenciar instituição e organização, palavras que não raras vezes são utilizadas erroneamente como sinônimos. Segundo Francisco (2009),"a organização é a construção que surge quando um grupo de pessoas se junta em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, havendo uma mobilização para isso. Ela surge com objetivos que, ao longo de sua existência podem ser repensados rapidamente, em face das constantes necessidades locais e/ou regionais." Por outro lado, a instituição, também fruto de um grupo de pessoas que se juntam em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, é algo mais cristalizado. Como assim? Ela pode ser vista como o desenvolvimento e a consolidação ao longo da existência de um coletivo em torno de seus objetivos. “Nesse sentido, suas regras e leis são mais rígidas e não facilmente modificadas a cada ‘vento social". Segundo Mara Lúcia Castilho, “o uso do termo gestão da educação pode se referir muitas vezes a modelos distintos, embora complementares, de gestão dentro de uma instituição de educação (da gestão administrativa à gestão do processo educacional)”.Existem modelos de gestão e organização das instituições de ensino, dentre eles iremos destacar o político e o racional burocrático. No político, é enfatizado a importância do poder, da luta e do conflito, inexistem objetivos consistentes e partilhados por todos. Os processos de tomada de decisão aparecem como processos complexos de negociação. Já no racional, acentua a clareza dos objetivos organizacionais e pressupõe a existência de processo e de tecnologias claros e transparentes,sendo, portanto o mais utilizado nas instituições escolares. No Distrito Federal, não é diferente e o racional-burocrático também é utilizado e os processos de tomada de decisões nas instituições escolares públicas contam, em governos, com a participação do sindicato e da comunidade.
Conclui-se que a gestão deve levar em consideração a pluralidade de visões e valores que a escola abriga e deve-se também acreditar que o modelo ideal de gestão ainda está por se criar ou construir, conforme a afirmação de Lima (2006:01) “nem tudo está perdido. Ainda há alguma esperança. Ainda não interditaram o coração dos homens.” REFERÊNCIAS: CASTILHO, Mara Lúcia. GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR:O CASO DAS INSTIUIÇÕES PRIVADAS NO DF. Disponível em: http://www.unirevista.unisinos.br/. Acesso em: 23 de setembro de 2009. JÚNIOR, Francisco Gilson R. Pôrto. GESTÃO ESCOLAR E FINANCIAMENTO.2009.Disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/default.. Acessado em 2/09/2009. LIMA, Ray.ESCOLA ZUMBI – IDEÁRIO DE POLÍTICA EDUCACIONAL, CONCEITO DE ESCOLA PÚBLICA. Artigo. Ceará. 2006. Disponível em: http://www.politeia.org.br. Acessado em 09/09/2009 . LOMBARDI, José Claudinei. A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM HISTÓRICA DA GESTÃO EDUCACIONAL. Artigo. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial. 2006. Disponível em http://www.histedbr.fae.unicamp.br. Acessado em 17/09/2009.

RASCUNHO- PROJETO DE PESQUISA- UNITINS. ( EM AVALIÇÃO)

FUNDAÇÃO UNITINS/ SINPRO DF
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR-2009
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
DOCENTE: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
ALUNO: CARLOS FERNANDES CAVALCANTE
ATIVIDADE AVALIATIVA: PROJETO DE PESQUISA

PROJETO DE PESQUISA - 2009

1-TEMA: A REPRESENTAÇÃO DO PPP PARA OS DOCENTES DAS ESCOLAS DE PÚBLICAS .

2-JUSTIFICATIVA
O professor é um dos sujeitos no processo ensino aprendizagem, a sua prática é construída considerando diversos fatores, dentre eles: o Projeto Político da escola em que trabalha.Em tese, ela deve refletir as propostas presente nesse documento.A sua participação na discussões e elaboração é prevista em lei. Entretanto, ele deve vislumbrar que, conforme Veiga (2003, p.275), a tarefa de organizar as atividades-fim e meio da instituição educativa, por meio do projeto político-pedagógico sob a ótica da inovação emancipatória e edificante, traz consigo a possibilidade de alunos, professores, servidores técnico-administrativos unirem-se e separarem-se de acordo com as necessidades do processo.
O projeto político-pedagógico, na esteira da inovação emancipatória, enfatiza mais o processo de construção. É a configuração da singularidade e da particularidade da instituição educativa.
Considerando o Projeto Político Pedagógico o documento norteador da escola e que segundo Veiga (1998:13-141):
ao se constituir em processo democrático, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão.
Para Gadotti (1997:3), um projeto político-pedagógico da escola apoia-se:
a) no desenvolvimento de uma consciência crítica;
b) no envolvimento das pessoas: a comunidade interna e externa à escola;
c) na participação e na cooperação das várias esferas de governo;
d) na autonomia, responsabilidade e criatividade como processo e como produto do projeto.
A existência do Projeto Político Pedagógico, de agora em diante denominado PPP,está assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases nº9.394/96, no título IV e nos seguintes artigos :
Art. 12: Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino terão a incumbência de:I- elaborar e executar sua proposta pedagógica; (...)VII- informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem como sobre as execuções de sua proposta pedagógica.Art. 13: Os docentes incumbir-se-ão de:I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II- elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas e a gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.

Para a realização da presente proposta; uma vez que permearão toda a pesquisa, permitindo compreender pertinência do PPP para o cotidiano dos professores dos sujeitos pesquisados,abordar e contextualizar os conceitos de representação,gestão, democracia,cidadania, sociedade, educação,projeto, escola ,participação e planejamento, além dos estudos sobre o políticas educacionais, diretrizes, leis e prática docente. Esse estudo será feito sob diferentes pontos de vista teóricos e de campo. Abordando ângulos que permitam a percepção da real imagem/valor que se tem do projeto político pedagógico para o segmento pesquisado.
Assim, talvez se perceba se o PPP é de fato o documento norteador de toda prática docente, viabilizando o diálogo do currículo proposto com a realidade do aluno, ajudando os profissionais a descobrirem e utilizarem metodologias que proporcionem a aprendizagem e tornem o convívio entre todos os segmentos harmonioso, pressupondo apesar de parecer um paradoxo as discussões e críticas.
Para se construir uma educação transformadora e de qualidade, torna-se necessário que o educador compreenda a importância desse documento para a sua prática, de acordo com Campos(2005.p.10)
o projeto político-pedagógico deve ser um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola e de avaliação interna sistemática,na busca de alternativas viáveis para a efetivação dos objetivos. Não é um documento descritivo, mas é constitutivo. Em outras palavras, ele não se propõe apenas a constatar a realidade da escola, mas modificá-la.

Diante do exposto acima, justifico a minha opção pelo tema.
3-PROBLEMÁTICA

A elaboração do projeto político-pedagógico proporciona a adequação das entre normas legais e realidade de cada escola.A dimensão a ser analisada é a pedagógica, pois ela é determinante para se perceber as influências do referido documento não somente no planejamento do professo.Ele determina todo trabalho da escola um , direcionado também as atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula;demonstrando a forma de Gestão pretendida e com se realiza a abordagem curricular, de norteando também a relação escola/comunidade.
O presente trabalho surge da necessidade de se responder ao seguinte questionamento: qual a representação do projeto político pedagógico na construção da prática docente dos professores das escolas públicas do Gama DF?
4-OBJETIVOS
Objetivo geral:
-Verificar se Projeto Político Pedagógico da escola influencia no cotidiano do professor, percebendo o alcance do mesmo no planejamento e ações .
Objetivos específicos:
- Identificar o processo de construção dos documentos das escolas pesquisadas, ouvindo todos os segmentos
-Descrever o processo de construção da prática docente, observando o PPP, as Orientações Curriculares e o planejamento dos pesquisados.
- Analisar a LDB e a Lei Distrital 4036/07 –Gestão compartilhada.
- Sugerir, se necessário, novas forma de elaboração e apropriação de PPP para os docentes das escolas pesquisadas.

5-REFERENCIAL TEÓRICO
O presente trabalho será construído através dos estudos e análises a partir dos pressupostos de Hall, da concepção sobre projeto político pedagógico de Vasconcelos e Veiga ;de autores que tratam do neoliberalismo como,Gramsci ;de educação , escola aprendizagem e cidadania como Costa, Freire,Saviani e por fim, do trabalho Malavasi(1995) que utilizou as teorias de Pistrak para realizar a análise do dados. Segundo Tragtenberg (2003), “Pistrak soube ultrapassar o questionamento dos métodos para enfrentar os problemas da finalidade do ensino, extraindo daí todas as conseqüências. Percebia com toda clareza que uma pedagogia concebida para formar vassalos era inadequada para formar cidadãos ativos e participantes da vida social.” E dos pressupostos presentes na LDB e legislação da SEEDF .


6-METODOLOGIA-
A entrevista é realizada a partir do estabelecimento de uma relação entre o pesquisador e o pesquisado, nesse momento primeiro elabora questões que permitirão conhecer o assunto que o motiva o trabalho.
Serão elaboradas, antecipadamente, questões, sendo estas uniformes, o que permitirá coletar dados sobre o nível de envolvimento e a representação, para o professor da Rede Pública da DRE Gama DF, o Projeto Político Pedagógico da escola em que atua..Utilizarei entrevistas do tipo estruturadas, aberta e individual para todos os sujeitos da nossa pesquisa,todos professores de que atuam na Educação Básica das Escolas Públicas do Gama-DF,de acordo Günther (2003) , Barros(1990) e Costa(2008).
Foram escolhidas para o trabalho sete instituições das cinquenta duas existentes na referida Regional de Ensino. As referidas instituições contemplam as diversas etapas da Educação Básica (Infantil, Fundamental de 1ª a 4ª séries,de 5ª a 8ª séries e Médio),além das seguintes modalidades de educação : EJA (Educação de Jovens e Adultos) e Educação Especial. Seis estão localizadas na zona urbana e uma na rural.
O presente estudo será dividido em cinco etapas, a saber: (1) levantamento do referencial teórico; (2) seleção do referencial teórico apropriado a presente investigação; (3) leitura crítico-analítica do referencial selecionado; (4) organização e processamento dos dados levantados e (5) elaboração do relatório final.
7-CRONOGRAMA
A elaboração do texto se dará de acordo com o cronograma da UNITINS /SINPRO.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Neide A. de Souza. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis RJ. Vozes. 1990.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 10.639, de09 de janeiro de 2003. Brasília: 2003.
BRASILÍA. Lei nº 4.036/2007. Lei da Gestão Compartilhada.
BRASÍLIA, Decreto n° 29.244/2008 de 02 de julho de 2008. Sistema de Avaliação do Desempenho das Instituições Educacionais do Sistema de Ensino do Distrito Federal – SIAD.
CAMPOS, Judas Tadeu de. Componentes de um projeto pedagógico
da escola e considerações teóricas.Artigo. Rev. ciênc. hum, Taubaté, v. 11, n. 1, p. 9-17, jan./jun. 2005.
COSTA, Cléria Botelho da. Os caminhos da construção da pesquisa em ciências humanas e sociais. Brasília: Editora UnB, 2008.
COSTA, Marisa Vorraber; SILVEIRA, Rosa Hessel e SOMMER, Luis Henrique. Estudos culturais, educação e pedagogia. Rev. Bras. Educ. [online]. 2003, n.23, pp. 36-61. ISSN 1413-2478. doi: 10.1590/S1413-24782003000200004.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação, uma
introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3ª ed. São Paulo: Moraes,1980.
GÜNTHER, Hartmut. Como elaborar um questionário (Série: Planejamento de Pesquisas nas Ciências Sociais, nº01) Brasília DF. UNB. Labpam/IBAPP. 2003.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade/Stuart hall; tradução Tomaz Tadeu da Silva. Guacira Lopes Louro. 11ed- Rio de janeiro. DP&A.2006.
LEÃO, Eleusa M.e ARAÚJO, Fabíola P. As teorias da administração capitalista no cotidiano das organizações escolares. Unidade didática1. Tocantins. 2009.
Madeira, Margot Campos. Representações Sociais: Pressupostos e Implicações.1991.Disponível em: http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/433/438.Acessado em 7/06/09. PARECER. CEB/CNE no 04/98; Parecer CEB/CNE no 15/98. Competências e Habilidades. EAPE. Brasília: 1999.
MALAVAZI, Maria Marcia. A construção de um projeto politico pedagógico.1995.Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000088773.Acessado em 12/06/09.
SAVIANI, Dermeval, Escola e democracia. 32ª ed. Campinas, AutoresAssociados, 1999.
TRAGTENBERG, Maurício. Pistrak: uma pedagogia socialista .Textos Político-Pedagógico. Artigo.disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/024/24mt1981.htm.Acessado em 12/06/09.
VEIGA, I.P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1996.
VEIGA,Ilma P. Alencastro. Inovações e Projeto Político- Pedagógico:uma relação regulatória ou emancipatória?.Artigo. Cad. Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, p. 267-281, dezembro 2003. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br/.Acesado em 04/08/09.









UNITINS- AVALIAÇÃO: RESENHA CRÍTICA


Curso de pós-graduação em Educação, Democracia e Gestão Escolar
Disciplina: Gestão escolar e financiamento
Professor: Francisco Gilson Rebouças Porto Júnior
Alunos: Cássia dos Reis Barbosa Guerra
Carlos Fernandes Cavalcante

REFLEXÕES

A escola é um lugar que abriga uma enorme gama de visões e forma de abordagens diferentes. Com isso, ao tentar definir a gestão, mais especificamente a gestão escolar, devemos levar em consideração essa multiplicidade de visões e valores que a ela abriga. Assim, desafio maior das instituições de ensino públicas tem sido romper com a tradição da educação formal, que reproduz os mecanismos de poder estabelecidos pela classe dominantes do Brasil. A quebra de paradigmas não é fácil, apesar de estudos e avaliações institucionais indicarem avanços estamos longe de construirmos a escola ideal.
Após a chegada da Nova República, da promulgação da Constituição Cidadã e da Lei de Diretrizes e Bases as escolas passaram por profundas transformações, boa parte dela para atender aos anseios do discurso político e partidário dos nosso representantes. Então, vivenciamos, sem entender muito bem, a teoria crítico social dos conteúdos. Passou-se a falar em habilidades e competências, avaliação qualitativa, cidadania, etc. Desde 1985, alternam-se com avanços e retrocessos, diversos modelos de gestão das escolas: diretas, lista tríplice, indicação de Distritais, diretas, nomeações, concurso, lista tríplice(de novo!), gestão compartilhada, referendo, etc. Trocou-se o Plano de Ação Anual pelo Projeto Político Pedagógico, surgiram os conselhos, a cada governo uma atribuição. Criou-se a EAPE, fala-se muito em formação continuada. Recursos foram destinados sob diversas nomenclaturas FNDE, PDAF, Suprimento, etc. Lutas, muitas lutas, greves, governo surdos e escolas sucateadas. Deste modo, vivencia-se, desde 1986, práticas pedagógicas diversas: começando pela preocupação com transmissão formal dos conhecimentos até as que permitem ao aluno o desenvolvimento de sue potencial criativo, lúdicas e pretensamente libertadoras. É possível que pela proximidade com Governo Federal, responsável pelos repasses. Além de uma estrutura física mais enxuta e professores teoricamente mais capacitados, quase todos com formação superior completa, nasceu o mito de que no DF, oferece-se uma educação de qualidade superior a de outras Unidades da Federação, tal afirmação baseia-se também em resultados avaliações institucionais e até mesmo no discurso de entidades como o SINPRO- DF.
Diante do exposto, para muitos, a escola de hoje está bem melhor que a de governos passados. Existem mais recursos financeiros disponíveis, não se privilegia o “decoreba”, pois, a abordagem metodológica permite ao aluno uma construção efetiva do conhecimento, existe a possibilidade de se escolher o seu gestor, os pais estão mais presentes, graças à criação dos Conselhos Escolares, etc. De acordo com Lombardi (2006:12) são “várias opiniões arraigadas que temos sobre o mundo, a sociedade, a vida e o trabalho, e também sobre a escola, sobre a administração escolar e sobre o papel do diretor de escola.”
Uma das grandes transformações ocorridas se refere à gestão. Um dado se torna relevante, segundo Gois in Lombardi (2006:14) “a indicação política é, segundo o Saeb (exame do MEC que avalia a qualidade da educação), a que tem mais impacto negativo no desempenho dos estudantes. No exame de 2003, em todas as seis provas (são aplicados testes de português e matemática para alunos de quarta e oitava séries e do terceiro ano do ensino médio), os alunos que estudavam em escolas dirigidas por diretores nomeados politicamente tinham o pior desempenho. Os melhores desempenhos foram de alunos de colégios onde a escolha foi feita por concurso ou eleição.” Percebe-se que o modelo de gestão influencia todo o trabalho pedagógico de uma escola. As transformações, para Júnior (2009:22) revelam antes de tudo que “uma crise de paradigmas engendra, portanto, uma mudança conceitual, ou uma mudança na visão de mundo, como conseqüência do esgotamento dos modelos predominantes de explicação. Isso acontece também com respeito à gestão.”
Sabemos que na área da administração as contribuições de Taylor e Fayol são muito valiosas e, que algumas dessas teorias administrativas adentraram a área educacional de forma intempestiva, inicialmente na rede privada, mas essas teorias estão cada vez mais sendo aplicadas também nas instituições de ensino públicas.
Torna-se importante para nosso estudo, diferenciar instituição e organização, palavras que não raras vezes são utilizadas erroneamente como sinônimos. Segundo Francisco (2009), “A organização é a construção que surge quando um grupo de pessoas se junta em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, havendo uma mobilização para isso. Ela surge com objetivos que, ao longo de sua existência podem ser repensados rapidamente, em face das constantes necessidades locais e/ou regionais.
Por outro lado, a instituição, também fruto de um grupo de pessoas que se juntam em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, é algo mais cristalizado. Como assim? A instituição pode ser vista como o desenvolvimento e a consolidação ao longo da existência de um coletivo em torno de seus objetivos. “Nesse sentido, suas regras e leis são mais rígidas e não facilmente modificadas a cada ‘vento social’”.
Dessa maneira, a escola não deve ser administrada como se fosse uma organização, pois possui características que a especificam como uma instituição. A gestão escolar deve ser diferente da gestão empresarial, atendendo as especificidades da escola.
Segundo Mara Lúcia Castilho, “o uso do termo gestão da educação pode se referir muitas vezes a modelos distintos, embora complementares, de gestão dentro de uma instituição de educação (da gestão administrativa à gestão do processo educacional)”. Assim quando se fala em gestão escolar, deve-se levar em consideração o aspecto político-pedagógico, bem como a administração dos recursos materiais e humanos dentro da instituição escolar.
Assim, o termo gestão deve ser entendido segundo Luck (2000) citado por Castilho, como a representação de novas idéias que buscam estabelecer, na organização, uma orientação transformadora, a partir da dinâmica das relações que ocorrem em seu contexto interno e externo.
Existem modelos de gestão e organização das instituições de ensino, dentre eles iremos destacar os modelos político e o racional burocrático. No modelo político, é enfatizado a importância do poder, da luta e do conflito, inexistem objetivos consistentes e partilhados por todos. Os processos de tomada de decisão aparecem como processos complexos de negociação. Já no modelo racional, acentua a clareza dos objetivos organizacionais e pressupõe a existência de processo e de tecnologias claros e transparentes. O modelo racional por seu grau, de consensualidade em torno dos objetivos, possibilita e existência de um sistema de referências completo e consciente do ponto de vista técnico, a partir do qual é possível conhecer as escolhas possíveis e prever suas conseqüências para alcançar o mais alto grau de eficiência.
O modelo racional-burocrático é típico da sociedade contemporânea que prima pela clareza e estabilidade, sendo, portanto o modelo mais utilizado nas instituições escolares. No Distrito Federal, não é diferente e o modelo racional-burocrático também é utilizado e os processos de tomada de decisões nas instituições escolares públicas contam, em governos, com a participação do sindicato e da comunidade.
De maneira que, não existe um único modelo de gestão, porém a gestão deve levar em consideração a pluralidade de visões e valores que a escola abriga, Portanto, deve-se acreditar que o modelo ideal de gestão ainda está por se criar ou construir, conforme a afirmação de Lima (2006:01) “nem tudo está perdido. Ainda há alguma esperança. Ainda não interditaram o coração dos homens. E de repente, um estudante-poeta-educador, pula o cordão do isolamento e grita: uma outra escola, um outro mundo será possível, quando entendermos que a justiça, a democracia, a cidadania são espaços não de privilegiados nem dos especialistas, mas de criação coletiva, dos quais todos, à sua maneira e em suas potencialidades e limitações, são seus autores e gestor”.

Referências:
CASTILHO, Mara Lúcia. Gestão do ensino superior: o caso das instituições privadas do Distrito Federal. Disponível em: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Castilho.pdf. Acesso em: 23 de setembro de 2009.
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