quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O ADOECIMENTO DO PROFESSOR


EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR- 2009
UNITINS/SINPRO-DF MÓDULO:GESTÃO ESCOLAR E SAÚDE DO TRABALHADOR PROFESSOR:NOECI C. MESSIAS
ALUNO :CARLOS FERNANDES CAVLACANTE

Segundo Messias (2009:40), “nos últimos dez anos tem crescido os estudos sobre o trabalho docente [...] Dentro desse contexto de reflexões alguns assuntos são abordados, tais como: a qualidade de vida no trabalho, a Síndrome do Esgotamento Profissional, o mal-estar docente, e o estresse profissional.” Apesar dos estudos, o adoecimento do professor, durante anos foi equivocadamente marginalizado pelas autoridades ou desconsiderado pelos programas educacionais. Deve-se ressaltar que as autoridades muitas vezes, por desconhecimento ou falta de atenção trataram dessas questões como doenças do trabalhador e não de uma classe. Então, pode-se dizer que a doenças se mostram e devem ser tratadas como problemas que atingem um dos sujeitos do sistema educacional é preciso não somente tratá-las, mas também desenvolver uma política de prevenção. É necessário que todos lancem um novo olhar e ajudem a (re) pensar soluções para esse problema.
Após as considerações iniciais, vamos análise do texto de Santos e Lima Filho, intitulado “MUDANÇAS NO TRABALHO E O ADOECER PSÍQUICO NA EDUCAÇÃO”.Inicialmente , chama atenção a seguinte afirmação: “o professor é submetido a situações que afetam o seu trabalho, sendo que efeitos negativos do seu contato com o aluno, colegas, chefias ou atividades organizacionais ao enfrentar-se cotidianamente com as demandas e a necessidade de recursos de toda ordem para a realização de seu trabalho, podem imprimir no docente um visível desgaste físico e psíquico. Esse processo continuado acaba por levar o professor à situação de Burnout.” (p.3) Os autores nos mostram uma das causas que tem levado os profissionais de educação ao adoecimento e conhecê-las pode significar o caminho para compreensão da realidade vivida por muitos profissionais, que são mal interpretados, maltratados e até estigmatizados por colegas, chefias etc.
O problema entretanto é muito mais grave, precisa-se despertar que “a Síndrome de Burnout apresenta-se atualmente como um problema psicossocial que afeta profissionais chamados “doadores de cuidado”, como enfermeiros e professores e tem chamado atenção não apenas da comunidade científica, como também de entidades governamentais, educacionais e sindicais no Brasil, devido às conseqüências individuais e organizacionais que interferem nas relações interpessoais do educador. (p.3)
Assim, a doença leva o profissional “a perda de auto-estima e desprezo por sua profissão, situações de ansiedade, insegurança, sensação de risco, ilegibilidade das necessidades e ações desenvolvidas no trabalho, levando ao absenteísmo e, no limite, ao abandono do seu ofício.” (p.3) e muito mais, “o trabalhador que sofre desse mal assume uma posição de frieza em relação aos clientes, não se envolvendo com seus problemas e dificuldades, o que é preocupante quando se trata da relação professor-aluno; as relações interpessoais são cortadas ou tornam-se desprovidas de calor humano e o profissional apresenta maior irritabilidade”.(19) O que pode um professor doente? Nada, deve receber o acompanhamento médico necessário e algo mais que isso, além de terapias e medicação, é importante que ele (re) encontre um ambiente saudável e se sinta novamente valorizado. “Torna-se imprescindível também a criação de ambiente que possibilite o distanciamento do “estresse é gerado muitas vezes pela insegurança social e profissional”.” (p.6) Tal insegurança criada a partir das “ condições sociais e históricas adversas: o pleno desempenho de seu trabalho criador da produção, transmissão e apropriação de saberes práticos é aprisionado - ainda que parcialmente [...].”(p.15)
É preciso contextualizar, estabelecer uma ligação entre o texto e realidade vivenciados por nós. Uma parcela expressiva de nossa categoria está doente, basta observar os números de atestados e afastamentos, de acordo com o SINPRO – DF “os professores disseram que se sentem isolados, sem apoio ou comunicação. Para eles, falta reconhecimento, confiança e cooperação entre os colegas. Os resultados dessa situação são previsíveis: 37% dos professores disseram ter depressão, e 14%, síndrome do pânico, além de exaustão emocional, cansaço e baixa auto-estima. Fisicamente, os distúrbios mais comuns são laringite e nódulos nas cordas vocais - claramente doenças relacionadas ao trabalho”. Compreende-se então que o adoecimento vai muito além da Síndrome de Burnout.
Daí ,a necessidade do trabalho de prevenção para evitar o agravamento da situação. Diante de tal situação, surge outro questionamento: como oferecer uma educação cidadão e transformadora com tal situação?A resposta com certeza passa pela necessidade de se resgatar a qualidade de vida desses professores. Função do Estado e todos nós. Precisamos buscar e lutar por alternativas para que isso seja possível. Dentre elas, a reestruturação do atual modelo de gestão de nossas escolas, precisamos de gestores sensíveis e capazes de compreender o nosso valor.A solução portanto também está na mão de toda a sociedade, pois "saúde e doença não são termos isolados, pois se associam ao contexto cultural e sócio-econômico".(p.24)
Tais colocações demonstram que muitas das soluções são simples, estão ao nosso alcance, basta que tenhamos sensibilidade. Entretanto, o papel do Estado continua sendo fundamental, é dele que deve sair as ações que viabilizem a reversão do quadro atual, ressaltando que"saúde e doença não são termos isolados, pois se associam ao contexto cultural e sócio-econômico".(p.24) Deve-se repensar também o modelo de sociedade que ajudamos a construir,para tanto se torna imperativo sonhar alto, lutar por utopias, para que outras possam ser desejadas .
Referências Bibliográficas
MESSIAS, Noeci Carvalho.GESTÃO ESCOLAR E SAÚDE DO TRABALHADOR. Módulo.2009. TOCANTINS. Disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/.
SANTOS, Flavia Luiza Nogueira e LIMA FILHO, Domingos Leite. MUDANÇAS NO TRABALHO E O ADOECER PSÍQUICO NA EDUCAÇÃO.Artigo. Disponível em:http://www2.unitins.br/bibliotecamidia/Files/Documento/BM_633921545685793750unidade__3______mudancas_no_trabalo_e_o_adoecer_psiquico_na_educacao.pdf.] _____Notas-http://e-educador.com/index.php/notas-mainmenu-98/3267-sante?format=pdf

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MANHÃ

Acordou triste, sem vontade,
levantou-se e foi ao banheiro.
Olhou-se no espelho, estava horrível.
Respirou fundo, abriu a torneira,
sentiu uma enorme vontade de chorar.
Era um tonto, quanta besteira, tudo por ciúmes.
Agora era tarde, não havia lugar para desculpas.
Outro era dia, outra era manhã e triste seria a sua vida.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

TROPICÁLIA- CAETANO VELOSO

Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país...
Viva a bossa
Sa, sa
Viva a palhoça
Ca, ça, ça, ça...(2x)
O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão...
Viva a mata
Ta, ta
Viva a mulata
Ta, ta, ta, ta...(2x)
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisaE fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira
Entre os girassóis...
Viva Maria
Ia, ia
Viva a Bahia
Ia, ia, ia, ia...(2x)
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim...
Viva Iracema
Ma, ma
Viva Ipanema
Ma, ma, ma, ma...(2x)
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém!
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!...
Viva a banda
Da, da
Carmem Miranda
Da, da, da, da...(3x)

PI 1- 3º ANO. TEMA 1- TROPICÁLIA. TEXTO PARA LEITURA E DISCUSSÃO.

CEM 02-
ROTEIRO:ABERTURA: ALEGRIA ALEGRIA ( CAETANO VELOSO)
TEXTO: TROPICÁLIA- O MOVIMENTO
O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.
Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica. Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.
Seguindo a melhor das tradições dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informações e referências de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de música. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caetano Veloso trabalhos cuja complexidade e qualidade foram marcantes para diferentes gerações. Os diálogos com obras literárias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composições tropicalistas ao status de poesia. Suas canções compunham um quadro crítico e complexo do País – uma conjunção do Brasil arcaico e suas tradições, do Brasil moderno e sua cultura de massa e até de um Brasil futurista, com astronautas e discos voadores. Elas sofisticaram o repertório de nossa música popular, instaurando em discos comerciais procedimentos e questões até então associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.
Discos antológicos foram produzidos, como a obra coletiva Tropicália ou Panis et Circensis e os primeiros discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Enquanto Caetano entra em estúdio ao lado dos maestros Júlio Medaglia e Damiano Cozzela, Gil grava seu disco com os arranjos de Rogério Duprat e da banda os Mutantes. Nesses discos, se registrariam vários clássicos, como as canções-manifesto “Tropicália” (Caetano) e “Geléia Geral” (Gil e Torquato). A televisão foi outro meio fundamental de atuação do grupo – principalmente os festivais de música popular da época. A eclosão do movimento deu-se com as ruidosas apresentações, em arranjos eletrificados, da marcha “Alegria, alegria”, de Caetano, e da cantiga de capoeira “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967.
Irreverente, a Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à música e à política, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas.
O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.
FONTE: http://tropicalia.uol.com.br/site/internas/movimento.php
ENCERRAMENTO:VAPOR BARATO.
DISCUSSÃO:POP-ART-VANGUARDAS-MÚSICA-HIPPIES-DITADURA-ALIENAÇÃO-MODERNIDADE- BRASIL-ROCK-TORQUATO NETO-HÉLIO OITICICA(RELAÇÃO COM O MOVIMENTO)
"Tropicália é a primeiríssima tentativa consciente, objetiva, de impor uma imagem obviamente brasileira ao contexto atual da vanguarda e das manifestações em geral da arte nacional. Tudo começou com a formulação do Parangolé, em 1964, com toda a minha experiência com o samba, com a descoberta dos morros, da arquitetura orgânica das favelas cariocas (e conseqüentemente outras, como as palafitas do Amazonas) e principalmente das construções espontâneas, anônimas nos grandes centros urbanos – a arte das ruas, das coisas inacabadas, dos terrenos baldios, etc."Hélio Oiticica.
Oiticica quando pensou o conceito da tropicália como uma coisa ampla, não contava com a repercussão ao se transformar num movimento artístico cultural que contagiou o cenário brasileiro. Pregava uma integração entre as linguagens artísticas: artes plásticas, dança, música. A Tropicália inventada por Hélio Oiticica, não era a criação do mito tropicalista de araras e bananeiras como foi divulgado, era uma posição crítica diante de problemas e impasses na arte, na cultura e na política advindos do sentimento de culpa da vanguarda com a linguagem nacional e do regime político implantado no País a partir de 1964. Tinha uma pretensão explícita de objetivar uma linguagem brasileira de vanguarda que fizesse frente à imagética pop e op internacionais.

RESENHA UNITINS-TEXTO FINAL- AVALIADO

Curso de pós-graduação em Educação, Democracia e Gestão Escolar Disciplina: Gestão escolar e financiamento
Professor: Francisco Gilson Rebouças Porto Júnior
Alunos: Cássia dos Reis Barbosa Guerra /Carlos Fernandes Cavalcante

REFLEXÕES

A escola é um lugar que abriga uma enorme gama de visões e forma de abordagens diferentes. Com isso, ao tentar definir a gestão, mais especificamente a gestão escolar, devemos levar em consideração essa multiplicidade de visões e valores que a ela abriga. Assim, desafio maior das instituições de ensino tem sido romper com a tradição da educação formal, que reproduz os mecanismos de poder estabelecidos pela classe dominantes do Brasil.
Com a Nova República, a promulgação da Constituição Cidadã e da Lei de Diretrizes e Bases, as escolas passaram por profundas mudanças, boa parte delas para atender ao discurso político e partidário de nossos Governos, que adotaram por sua vez o neoliberalismo .A luta por eleições diretas e melhoria na educação passaram a fazer parte de nossas reivindicações.Apesar de tudo: campanhas, debates , seminários ,etc. O SINPRO DF nem sempre foi ouvido.Lutamos por nossa ideologia ou ponto de vista.De acordo com Lombardi (2006:12) são “várias opiniões arraigadas que temos sobre o mundo, a sociedade, a vida e o trabalho, e também sobre a escola, sobre a administração escolar e sobre o papel do diretor de escola.”
Uma das grandes transformações ocorridas se refere à gestão. Um dado se torna relevante, segundo Gois in Lombardi (2006:14) “a indicação política é, segundo o Saeb (exame do MEC que avalia a qualidade da educação), a que tem mais impacto negativo no desempenho dos estudantes. Sabemos que na área da administração as contribuições de Taylor e Fayol são muito valiosas e, que algumas dessas teorias administrativas adentraram a área educacional de forma intempestiva, inicialmente na rede privada, mas essas teorias estão cada vez mais sendo aplicadas também nas instituições de ensino públicas.
Torna-se importante para nosso estudo, diferenciar instituição e organização, palavras que não raras vezes são utilizadas erroneamente como sinônimos. Segundo Francisco (2009),"a organização é a construção que surge quando um grupo de pessoas se junta em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, havendo uma mobilização para isso. Ela surge com objetivos que, ao longo de sua existência podem ser repensados rapidamente, em face das constantes necessidades locais e/ou regionais." Por outro lado, a instituição, também fruto de um grupo de pessoas que se juntam em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, é algo mais cristalizado. Como assim? Ela pode ser vista como o desenvolvimento e a consolidação ao longo da existência de um coletivo em torno de seus objetivos. “Nesse sentido, suas regras e leis são mais rígidas e não facilmente modificadas a cada ‘vento social". Segundo Mara Lúcia Castilho, “o uso do termo gestão da educação pode se referir muitas vezes a modelos distintos, embora complementares, de gestão dentro de uma instituição de educação (da gestão administrativa à gestão do processo educacional)”.Existem modelos de gestão e organização das instituições de ensino, dentre eles iremos destacar o político e o racional burocrático. No político, é enfatizado a importância do poder, da luta e do conflito, inexistem objetivos consistentes e partilhados por todos. Os processos de tomada de decisão aparecem como processos complexos de negociação. Já no racional, acentua a clareza dos objetivos organizacionais e pressupõe a existência de processo e de tecnologias claros e transparentes,sendo, portanto o mais utilizado nas instituições escolares. No Distrito Federal, não é diferente e o racional-burocrático também é utilizado e os processos de tomada de decisões nas instituições escolares públicas contam, em governos, com a participação do sindicato e da comunidade.
Conclui-se que a gestão deve levar em consideração a pluralidade de visões e valores que a escola abriga e deve-se também acreditar que o modelo ideal de gestão ainda está por se criar ou construir, conforme a afirmação de Lima (2006:01) “nem tudo está perdido. Ainda há alguma esperança. Ainda não interditaram o coração dos homens.” REFERÊNCIAS: CASTILHO, Mara Lúcia. GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR:O CASO DAS INSTIUIÇÕES PRIVADAS NO DF. Disponível em: http://www.unirevista.unisinos.br/. Acesso em: 23 de setembro de 2009. JÚNIOR, Francisco Gilson R. Pôrto. GESTÃO ESCOLAR E FINANCIAMENTO.2009.Disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/default.. Acessado em 2/09/2009. LIMA, Ray.ESCOLA ZUMBI – IDEÁRIO DE POLÍTICA EDUCACIONAL, CONCEITO DE ESCOLA PÚBLICA. Artigo. Ceará. 2006. Disponível em: http://www.politeia.org.br. Acessado em 09/09/2009 . LOMBARDI, José Claudinei. A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM HISTÓRICA DA GESTÃO EDUCACIONAL. Artigo. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial. 2006. Disponível em http://www.histedbr.fae.unicamp.br. Acessado em 17/09/2009.

RASCUNHO- PROJETO DE PESQUISA- UNITINS. ( EM AVALIÇÃO)

FUNDAÇÃO UNITINS/ SINPRO DF
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR-2009
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
DOCENTE: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
ALUNO: CARLOS FERNANDES CAVALCANTE
ATIVIDADE AVALIATIVA: PROJETO DE PESQUISA

PROJETO DE PESQUISA - 2009

1-TEMA: A REPRESENTAÇÃO DO PPP PARA OS DOCENTES DAS ESCOLAS DE PÚBLICAS .

2-JUSTIFICATIVA
O professor é um dos sujeitos no processo ensino aprendizagem, a sua prática é construída considerando diversos fatores, dentre eles: o Projeto Político da escola em que trabalha.Em tese, ela deve refletir as propostas presente nesse documento.A sua participação na discussões e elaboração é prevista em lei. Entretanto, ele deve vislumbrar que, conforme Veiga (2003, p.275), a tarefa de organizar as atividades-fim e meio da instituição educativa, por meio do projeto político-pedagógico sob a ótica da inovação emancipatória e edificante, traz consigo a possibilidade de alunos, professores, servidores técnico-administrativos unirem-se e separarem-se de acordo com as necessidades do processo.
O projeto político-pedagógico, na esteira da inovação emancipatória, enfatiza mais o processo de construção. É a configuração da singularidade e da particularidade da instituição educativa.
Considerando o Projeto Político Pedagógico o documento norteador da escola e que segundo Veiga (1998:13-141):
ao se constituir em processo democrático, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão.
Para Gadotti (1997:3), um projeto político-pedagógico da escola apoia-se:
a) no desenvolvimento de uma consciência crítica;
b) no envolvimento das pessoas: a comunidade interna e externa à escola;
c) na participação e na cooperação das várias esferas de governo;
d) na autonomia, responsabilidade e criatividade como processo e como produto do projeto.
A existência do Projeto Político Pedagógico, de agora em diante denominado PPP,está assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases nº9.394/96, no título IV e nos seguintes artigos :
Art. 12: Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino terão a incumbência de:I- elaborar e executar sua proposta pedagógica; (...)VII- informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem como sobre as execuções de sua proposta pedagógica.Art. 13: Os docentes incumbir-se-ão de:I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II- elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas e a gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.

Para a realização da presente proposta; uma vez que permearão toda a pesquisa, permitindo compreender pertinência do PPP para o cotidiano dos professores dos sujeitos pesquisados,abordar e contextualizar os conceitos de representação,gestão, democracia,cidadania, sociedade, educação,projeto, escola ,participação e planejamento, além dos estudos sobre o políticas educacionais, diretrizes, leis e prática docente. Esse estudo será feito sob diferentes pontos de vista teóricos e de campo. Abordando ângulos que permitam a percepção da real imagem/valor que se tem do projeto político pedagógico para o segmento pesquisado.
Assim, talvez se perceba se o PPP é de fato o documento norteador de toda prática docente, viabilizando o diálogo do currículo proposto com a realidade do aluno, ajudando os profissionais a descobrirem e utilizarem metodologias que proporcionem a aprendizagem e tornem o convívio entre todos os segmentos harmonioso, pressupondo apesar de parecer um paradoxo as discussões e críticas.
Para se construir uma educação transformadora e de qualidade, torna-se necessário que o educador compreenda a importância desse documento para a sua prática, de acordo com Campos(2005.p.10)
o projeto político-pedagógico deve ser um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola e de avaliação interna sistemática,na busca de alternativas viáveis para a efetivação dos objetivos. Não é um documento descritivo, mas é constitutivo. Em outras palavras, ele não se propõe apenas a constatar a realidade da escola, mas modificá-la.

Diante do exposto acima, justifico a minha opção pelo tema.
3-PROBLEMÁTICA

A elaboração do projeto político-pedagógico proporciona a adequação das entre normas legais e realidade de cada escola.A dimensão a ser analisada é a pedagógica, pois ela é determinante para se perceber as influências do referido documento não somente no planejamento do professo.Ele determina todo trabalho da escola um , direcionado também as atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula;demonstrando a forma de Gestão pretendida e com se realiza a abordagem curricular, de norteando também a relação escola/comunidade.
O presente trabalho surge da necessidade de se responder ao seguinte questionamento: qual a representação do projeto político pedagógico na construção da prática docente dos professores das escolas públicas do Gama DF?
4-OBJETIVOS
Objetivo geral:
-Verificar se Projeto Político Pedagógico da escola influencia no cotidiano do professor, percebendo o alcance do mesmo no planejamento e ações .
Objetivos específicos:
- Identificar o processo de construção dos documentos das escolas pesquisadas, ouvindo todos os segmentos
-Descrever o processo de construção da prática docente, observando o PPP, as Orientações Curriculares e o planejamento dos pesquisados.
- Analisar a LDB e a Lei Distrital 4036/07 –Gestão compartilhada.
- Sugerir, se necessário, novas forma de elaboração e apropriação de PPP para os docentes das escolas pesquisadas.

5-REFERENCIAL TEÓRICO
O presente trabalho será construído através dos estudos e análises a partir dos pressupostos de Hall, da concepção sobre projeto político pedagógico de Vasconcelos e Veiga ;de autores que tratam do neoliberalismo como,Gramsci ;de educação , escola aprendizagem e cidadania como Costa, Freire,Saviani e por fim, do trabalho Malavasi(1995) que utilizou as teorias de Pistrak para realizar a análise do dados. Segundo Tragtenberg (2003), “Pistrak soube ultrapassar o questionamento dos métodos para enfrentar os problemas da finalidade do ensino, extraindo daí todas as conseqüências. Percebia com toda clareza que uma pedagogia concebida para formar vassalos era inadequada para formar cidadãos ativos e participantes da vida social.” E dos pressupostos presentes na LDB e legislação da SEEDF .


6-METODOLOGIA-
A entrevista é realizada a partir do estabelecimento de uma relação entre o pesquisador e o pesquisado, nesse momento primeiro elabora questões que permitirão conhecer o assunto que o motiva o trabalho.
Serão elaboradas, antecipadamente, questões, sendo estas uniformes, o que permitirá coletar dados sobre o nível de envolvimento e a representação, para o professor da Rede Pública da DRE Gama DF, o Projeto Político Pedagógico da escola em que atua..Utilizarei entrevistas do tipo estruturadas, aberta e individual para todos os sujeitos da nossa pesquisa,todos professores de que atuam na Educação Básica das Escolas Públicas do Gama-DF,de acordo Günther (2003) , Barros(1990) e Costa(2008).
Foram escolhidas para o trabalho sete instituições das cinquenta duas existentes na referida Regional de Ensino. As referidas instituições contemplam as diversas etapas da Educação Básica (Infantil, Fundamental de 1ª a 4ª séries,de 5ª a 8ª séries e Médio),além das seguintes modalidades de educação : EJA (Educação de Jovens e Adultos) e Educação Especial. Seis estão localizadas na zona urbana e uma na rural.
O presente estudo será dividido em cinco etapas, a saber: (1) levantamento do referencial teórico; (2) seleção do referencial teórico apropriado a presente investigação; (3) leitura crítico-analítica do referencial selecionado; (4) organização e processamento dos dados levantados e (5) elaboração do relatório final.
7-CRONOGRAMA
A elaboração do texto se dará de acordo com o cronograma da UNITINS /SINPRO.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Neide A. de Souza. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis RJ. Vozes. 1990.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 10.639, de09 de janeiro de 2003. Brasília: 2003.
BRASILÍA. Lei nº 4.036/2007. Lei da Gestão Compartilhada.
BRASÍLIA, Decreto n° 29.244/2008 de 02 de julho de 2008. Sistema de Avaliação do Desempenho das Instituições Educacionais do Sistema de Ensino do Distrito Federal – SIAD.
CAMPOS, Judas Tadeu de. Componentes de um projeto pedagógico
da escola e considerações teóricas.Artigo. Rev. ciênc. hum, Taubaté, v. 11, n. 1, p. 9-17, jan./jun. 2005.
COSTA, Cléria Botelho da. Os caminhos da construção da pesquisa em ciências humanas e sociais. Brasília: Editora UnB, 2008.
COSTA, Marisa Vorraber; SILVEIRA, Rosa Hessel e SOMMER, Luis Henrique. Estudos culturais, educação e pedagogia. Rev. Bras. Educ. [online]. 2003, n.23, pp. 36-61. ISSN 1413-2478. doi: 10.1590/S1413-24782003000200004.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação, uma
introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3ª ed. São Paulo: Moraes,1980.
GÜNTHER, Hartmut. Como elaborar um questionário (Série: Planejamento de Pesquisas nas Ciências Sociais, nº01) Brasília DF. UNB. Labpam/IBAPP. 2003.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade/Stuart hall; tradução Tomaz Tadeu da Silva. Guacira Lopes Louro. 11ed- Rio de janeiro. DP&A.2006.
LEÃO, Eleusa M.e ARAÚJO, Fabíola P. As teorias da administração capitalista no cotidiano das organizações escolares. Unidade didática1. Tocantins. 2009.
Madeira, Margot Campos. Representações Sociais: Pressupostos e Implicações.1991.Disponível em: http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/433/438.Acessado em 7/06/09. PARECER. CEB/CNE no 04/98; Parecer CEB/CNE no 15/98. Competências e Habilidades. EAPE. Brasília: 1999.
MALAVAZI, Maria Marcia. A construção de um projeto politico pedagógico.1995.Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000088773.Acessado em 12/06/09.
SAVIANI, Dermeval, Escola e democracia. 32ª ed. Campinas, AutoresAssociados, 1999.
TRAGTENBERG, Maurício. Pistrak: uma pedagogia socialista .Textos Político-Pedagógico. Artigo.disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/024/24mt1981.htm.Acessado em 12/06/09.
VEIGA, I.P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1996.
VEIGA,Ilma P. Alencastro. Inovações e Projeto Político- Pedagógico:uma relação regulatória ou emancipatória?.Artigo. Cad. Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, p. 267-281, dezembro 2003. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br/.Acesado em 04/08/09.









UNITINS- AVALIAÇÃO: RESENHA CRÍTICA


Curso de pós-graduação em Educação, Democracia e Gestão Escolar
Disciplina: Gestão escolar e financiamento
Professor: Francisco Gilson Rebouças Porto Júnior
Alunos: Cássia dos Reis Barbosa Guerra
Carlos Fernandes Cavalcante

REFLEXÕES

A escola é um lugar que abriga uma enorme gama de visões e forma de abordagens diferentes. Com isso, ao tentar definir a gestão, mais especificamente a gestão escolar, devemos levar em consideração essa multiplicidade de visões e valores que a ela abriga. Assim, desafio maior das instituições de ensino públicas tem sido romper com a tradição da educação formal, que reproduz os mecanismos de poder estabelecidos pela classe dominantes do Brasil. A quebra de paradigmas não é fácil, apesar de estudos e avaliações institucionais indicarem avanços estamos longe de construirmos a escola ideal.
Após a chegada da Nova República, da promulgação da Constituição Cidadã e da Lei de Diretrizes e Bases as escolas passaram por profundas transformações, boa parte dela para atender aos anseios do discurso político e partidário dos nosso representantes. Então, vivenciamos, sem entender muito bem, a teoria crítico social dos conteúdos. Passou-se a falar em habilidades e competências, avaliação qualitativa, cidadania, etc. Desde 1985, alternam-se com avanços e retrocessos, diversos modelos de gestão das escolas: diretas, lista tríplice, indicação de Distritais, diretas, nomeações, concurso, lista tríplice(de novo!), gestão compartilhada, referendo, etc. Trocou-se o Plano de Ação Anual pelo Projeto Político Pedagógico, surgiram os conselhos, a cada governo uma atribuição. Criou-se a EAPE, fala-se muito em formação continuada. Recursos foram destinados sob diversas nomenclaturas FNDE, PDAF, Suprimento, etc. Lutas, muitas lutas, greves, governo surdos e escolas sucateadas. Deste modo, vivencia-se, desde 1986, práticas pedagógicas diversas: começando pela preocupação com transmissão formal dos conhecimentos até as que permitem ao aluno o desenvolvimento de sue potencial criativo, lúdicas e pretensamente libertadoras. É possível que pela proximidade com Governo Federal, responsável pelos repasses. Além de uma estrutura física mais enxuta e professores teoricamente mais capacitados, quase todos com formação superior completa, nasceu o mito de que no DF, oferece-se uma educação de qualidade superior a de outras Unidades da Federação, tal afirmação baseia-se também em resultados avaliações institucionais e até mesmo no discurso de entidades como o SINPRO- DF.
Diante do exposto, para muitos, a escola de hoje está bem melhor que a de governos passados. Existem mais recursos financeiros disponíveis, não se privilegia o “decoreba”, pois, a abordagem metodológica permite ao aluno uma construção efetiva do conhecimento, existe a possibilidade de se escolher o seu gestor, os pais estão mais presentes, graças à criação dos Conselhos Escolares, etc. De acordo com Lombardi (2006:12) são “várias opiniões arraigadas que temos sobre o mundo, a sociedade, a vida e o trabalho, e também sobre a escola, sobre a administração escolar e sobre o papel do diretor de escola.”
Uma das grandes transformações ocorridas se refere à gestão. Um dado se torna relevante, segundo Gois in Lombardi (2006:14) “a indicação política é, segundo o Saeb (exame do MEC que avalia a qualidade da educação), a que tem mais impacto negativo no desempenho dos estudantes. No exame de 2003, em todas as seis provas (são aplicados testes de português e matemática para alunos de quarta e oitava séries e do terceiro ano do ensino médio), os alunos que estudavam em escolas dirigidas por diretores nomeados politicamente tinham o pior desempenho. Os melhores desempenhos foram de alunos de colégios onde a escolha foi feita por concurso ou eleição.” Percebe-se que o modelo de gestão influencia todo o trabalho pedagógico de uma escola. As transformações, para Júnior (2009:22) revelam antes de tudo que “uma crise de paradigmas engendra, portanto, uma mudança conceitual, ou uma mudança na visão de mundo, como conseqüência do esgotamento dos modelos predominantes de explicação. Isso acontece também com respeito à gestão.”
Sabemos que na área da administração as contribuições de Taylor e Fayol são muito valiosas e, que algumas dessas teorias administrativas adentraram a área educacional de forma intempestiva, inicialmente na rede privada, mas essas teorias estão cada vez mais sendo aplicadas também nas instituições de ensino públicas.
Torna-se importante para nosso estudo, diferenciar instituição e organização, palavras que não raras vezes são utilizadas erroneamente como sinônimos. Segundo Francisco (2009), “A organização é a construção que surge quando um grupo de pessoas se junta em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, havendo uma mobilização para isso. Ela surge com objetivos que, ao longo de sua existência podem ser repensados rapidamente, em face das constantes necessidades locais e/ou regionais.
Por outro lado, a instituição, também fruto de um grupo de pessoas que se juntam em torno de algo ou mesmo de objetivos expressos, é algo mais cristalizado. Como assim? A instituição pode ser vista como o desenvolvimento e a consolidação ao longo da existência de um coletivo em torno de seus objetivos. “Nesse sentido, suas regras e leis são mais rígidas e não facilmente modificadas a cada ‘vento social’”.
Dessa maneira, a escola não deve ser administrada como se fosse uma organização, pois possui características que a especificam como uma instituição. A gestão escolar deve ser diferente da gestão empresarial, atendendo as especificidades da escola.
Segundo Mara Lúcia Castilho, “o uso do termo gestão da educação pode se referir muitas vezes a modelos distintos, embora complementares, de gestão dentro de uma instituição de educação (da gestão administrativa à gestão do processo educacional)”. Assim quando se fala em gestão escolar, deve-se levar em consideração o aspecto político-pedagógico, bem como a administração dos recursos materiais e humanos dentro da instituição escolar.
Assim, o termo gestão deve ser entendido segundo Luck (2000) citado por Castilho, como a representação de novas idéias que buscam estabelecer, na organização, uma orientação transformadora, a partir da dinâmica das relações que ocorrem em seu contexto interno e externo.
Existem modelos de gestão e organização das instituições de ensino, dentre eles iremos destacar os modelos político e o racional burocrático. No modelo político, é enfatizado a importância do poder, da luta e do conflito, inexistem objetivos consistentes e partilhados por todos. Os processos de tomada de decisão aparecem como processos complexos de negociação. Já no modelo racional, acentua a clareza dos objetivos organizacionais e pressupõe a existência de processo e de tecnologias claros e transparentes. O modelo racional por seu grau, de consensualidade em torno dos objetivos, possibilita e existência de um sistema de referências completo e consciente do ponto de vista técnico, a partir do qual é possível conhecer as escolhas possíveis e prever suas conseqüências para alcançar o mais alto grau de eficiência.
O modelo racional-burocrático é típico da sociedade contemporânea que prima pela clareza e estabilidade, sendo, portanto o modelo mais utilizado nas instituições escolares. No Distrito Federal, não é diferente e o modelo racional-burocrático também é utilizado e os processos de tomada de decisões nas instituições escolares públicas contam, em governos, com a participação do sindicato e da comunidade.
De maneira que, não existe um único modelo de gestão, porém a gestão deve levar em consideração a pluralidade de visões e valores que a escola abriga, Portanto, deve-se acreditar que o modelo ideal de gestão ainda está por se criar ou construir, conforme a afirmação de Lima (2006:01) “nem tudo está perdido. Ainda há alguma esperança. Ainda não interditaram o coração dos homens. E de repente, um estudante-poeta-educador, pula o cordão do isolamento e grita: uma outra escola, um outro mundo será possível, quando entendermos que a justiça, a democracia, a cidadania são espaços não de privilegiados nem dos especialistas, mas de criação coletiva, dos quais todos, à sua maneira e em suas potencialidades e limitações, são seus autores e gestor”.

Referências:
CASTILHO, Mara Lúcia. Gestão do ensino superior: o caso das instituições privadas do Distrito Federal. Disponível em: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Castilho.pdf. Acesso em: 23 de setembro de 2009.
JÚNIOR, Francisco Gilson R. Pôrto. GESTÃO ESCOLAR EFINANCIAMENTO.
Tocantins. 2009. Disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/default.aspx?pop=n. Acessado em 2/09/2009.
LIMA, Ray.ESCOLA ZUMBI – IDEÁRIO DE POLÍTICA EDUCACIONAL, CONCEITO DE ESCOLA PÚBLICA. Artigo. Ceará. 2006. Disponível em: http://www.politeia.org.br/tikiindex.php?page=ESCOLA+ZUMBI+%E2%80%93+IDE%C3%81RIO+DE+POL%C3%8DTICA+EDUCACIONAL%2C+CONCEITO+DE+ESCOLA+P%C3%9ABLICA. Acessado em 09/09/2009
LOMBARDI, José Claudinei. A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM HISTÓRICA DA GESTÃO EDUCACIONAL. Artigo. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p. 11–19, ago. 2006. Disponível em : http://www.histedbr.fae.unicamp.br/art3_22e.pdf.Acessado%20em%2017/09/2009.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Crônicas urbanas. ( em construção)

Almoço- Agosto
Parte 2
Em Brasília, o tempo estava abafado e seco.O dia era de preguiça.Ainda bem que pela manhã recebera um convite da turma para um almoço. Não estava com muita fome, entretanto, com amigos, era necessário comer algo para depois poder beber,de estômago vazio passava mal. Estava alegre, depois de muito tempo, se sentia melhor.
A separação de Cíntia foi uma atitude correta.Voltou a frequentar o seu círculo de amigos, depois de três anos. Relação complicada, ela ciumenta e ele muto "dado " aos amigos. A vida virou um inferno.
Tentando salvar a relação, optou em se dedicar a mulher, não deu certo, o esquema casa-trabalho-casa-cinema-festas de família- almoço com a sogra- aluguel de DVD-sexo mensal se mostrou ineficiente e as brigas recomeçaram, a solução foi a separação. Da ópera ficou uma lição:algumas verdades não devem ser ditas, não nada que conserte uma palavra mal dita.
São breves lembranças, enquanto sorri e conversa com o grupo. Precisava ficar sabendo de tudo, estivera muito distante. Depois de um longa tarde, todos se despediram e voltaram para as suas rotinas.
Levantou-se, foi o último, não tinha pressa e ao passar pela porta do barzinho, enxergou um rosto, cuja fisionomia havia ficado na adolescência, há quinze anos atrás. Naõ acreditou, estava mais bonita, mas o sorriso e o jeito de moleca continuavam os mesmos. O coração disparou. Decidido, foi ao encontro e em poucos instantes se encontrava ao lado Joana, sorrindo, como um adolescente.

Crônicas urbanas. (em construção)

Manhã de Setembro
Parte 1-
Acordou com uma vontade imensa de mudar de vida, sabia o motivo e tinha certeza que ao final dia seria uma pessoa diferente.Após o banho , tomou um belo café e saiu para o trabalho.
Era funcionário público. O trânsito estava lento, como sempre.Ligou o rádio , uma estação qualquer tocava também uma música descartável, dessas que ouvimos e esquecemos, deixou-se levar por pequenas lembranças e por ela. O jantar, na noite anterior, foi maravilhoso.
De repente ouviu um barulho, gritos,freiou bruscamente, já era tarde.Batiam em sua janela desesperados. Distraído, não percebera os isnais dos outros motoristas e nem ouvira as buzinas. Duas crianças que estavam atravessando a faixa foram atropeladas.
Abriu a porta e não se conteve, começou a gritar, era incapaz de ouvir qualquer coisa. Sua vida estava acabada.Não olhava para o céu.Não enxergava mais nada. Apenas uma pergunta: merecia tal sina?
-Nãaaaaaaaaaao, hoje não!
Carlos 22/07/09

segunda-feira, 20 de julho de 2009

LITERARTE- sites para pesquisa

http://www.releituras.com/biografias.asp

http://www.klickescritores.com.br/

http://personal.lse.ac.uk/gomesp/3-Poetry/Brasileiros.htm

http://www.veraregina.com.br/cantinho/portugue/menus/04.htm

http://www.brazilianmusic.com/aabc/literature/palmares/

http://orbita.starmedia.com/~poemapage/famosos.htm

CECÍILIA- SOBRE ELA MESMA.

"...Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."
Até mais.

MOTIVO CECÍLIA MEIRELES

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre
nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo
nem tormento.
Atravesso noites
e dias no vento.
Se desmorono
ou se edifico,
se permaneço
ou me desfaço,—
não sei, não sei.
Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

JORNADA

Ontem ,
cheguei cansado.
Todos me pediam atenção.
Dei um grito
Daqueles que assustam!
Perguntaram se tinha bebido ou estava louco.
Respondi: cansado.
Choro, caras feias,
Consegui ficar em paz
Mais tarde, refeitos, voltaram-se para mim.
Compreendi então que jornada de pai
Nunca tem fim.

CARLOS-17/07/09 ( ARQUIVO DE 2008)

CONFUSÃO

Quem me conhece,
não me reconhece em meus textos.
Para eles,
a pessoa com quem lidam
não pode ser o autor dos versos !
Confundem as nossas relações
com os meus desabafos.
Quando escrevo,
estou acompanhado apenas das minhas lembranças.
Quando converso:
questiono
critico
sou imperativo.
Exponho o meu presente,
Duramente esculpido pelo cotidiano.

Carlos 17/07/09

GENTE HUMILDE

Chico Buarque
Composição: Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes

Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Como um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a tudo
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar

Inverno 2012

No inverno, quando tudo se torna lembrança
Descubro,olhando aquelas fotos, que um dia sorri.
De repente, sinto o meu corpo se aquecer
Descubro que se estou sozinho, foi por opção.
Vejo e revejo aquelas imagens, lá está ela,
Sorrindo,fazendo poses ,criando tipos.
Dentro da piscina ou com seu belo vestido azul.
Pego fogo, já não sinto mais frio.
Fecho os arquivos, desligo a máquina,
Volto para cama e durmo sem o cobertor,
Aquecido apenas, por aquilo que um dia
Chamei de felicidade.

Carlos 17/07/09

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sentimentos

Não sou daqueles que consolam,
nem tão pouco amam demais.
Sou apenas um ser que acredita e investe,
com as suas forças, em relacionamentos.
Não sou infiel,
nem tão pouco exemplo de bom caráter.
Sou apenas um ser que procura no outro,
uma razão para viver.

Carlos- 16/07/09

Resenha- versão 1

FUNDAÇÃO UNITINS/ SINPRO DF CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR-2009 DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA DOCENTE: Ms. José Carlos de MeloALUNO: CARLOS FERNANDES CAVALCANTE ATIVIDADE AVALIATIVA: RESENHA

SOBRE CONHECIMENTO E MÉTODOS.

Introdução

O QUE É METODOLOGIA CIENTÍFICA (CARVALHO, Alex et al. Aprendendo Metodologia Científica. São Paulo: O Nome da Rosa, 2000, pp. 11—69) é um artigo que possibilita ao leitor uma visão sobre a metodologia científica. Explorando temas relacionados, mostrando assectos básicos de pesquisa em geral, que influenciaram na construção do texto monográfico e no cotidiano. Ao final, propicia o redimensionamento do valor da pesquisa acadêmica, pois, o referido artigo apresenta e explica a construção do trabalho científico, tudo como uma grande jornada, que, se necessário, pode e deve ser continuada, revista ou refeita.
Didático, o artigo apresenta uma divisão que permite ao leitor a compreensão do tema abordado. No presente trabalho, respeitar-se-á a estrutura proposta pelo autor, analisando partes dela.

A aventura histórica da construção
dos fundamentos do conhecimento científico

Algumas indagações que permeiam o texto são apresentadas, bem como a origem etimológica da palavra ciência e o significado de conhecimento, ilustrado por dois exemplos que ajudam a esclarecer a natureza, utilização e tipologia do conhecimento.
Os diversos tipos de conhecimento apresentados pelos exemplos cozinheira e do engenheiro. No primeiro, temos o do tipo senso comum, o mais explorado pelo autor para revelar as diferenças, e no segundo, outro tipo, adquiridos através de estudos, cientificamente estruturados. Assim, surgem duas das mais interessantes questões, que serão ao longo dos outros capítulos respondidas: “se nem todos os conhecimentos são iguais em sua natureza, o que os diferencia? E o que caracteriza especificamente o conhecimento científico?” (pp. 1-2)
Ao concluir, utilizando o exemplo da cozinheira, o autor torna claro algumas características do conhecimento comum, são elas: inquietação com objetivos mais imediatos, a despreocupação com a causa e a generalidade e não há necessidade de protocolos / divulgação dos resultados, o que pode tornar esse tipo de conhecimento estritamente pessoal.
Muitas vezes, pode-se tentar modificar uma realidade, mesmo sem possuir completamente condições para tal. É o que nos mostra a obra “O Óleo de Lorenzo”, que para Araújo (2007, p.01) “é um texto não trata de uma aceitação conformista de nosso destino”. Mas adiante, a autora afirma que “Os pais de Lorenzo se recusaram a aceitar passivamente este diagnóstico e passaram a se dedicar ao estudo dos mecanismos básicos celulares, em livros de cursos de medicina... passavam dias e noites em bibliotecas, mergulhados em livros em uma época em que computadores pessoais e Internet eram palavras completamente desconhecidas... acreditavam que haviam encontrado alguma informação relevante, procuravam médicos e professores dos cursos de medicina e discutiam com eles suas idéias, sempre buscando encontrar uma forma de tratamento que minimizasse o sofrimento de Lorenzo.” Assim, adiciona-se aos dois já apresentados, esse exemplifica muito bem a construção do conhecimento cientifico.
A NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Para o autor, o conhecimento científico “surge basicamente no século XVII, com a constituição histórica da modernidade no ocidente”, e que” a relação da ciência com a filosofia e com a arte nunca deixou de existir. São todos, na verdade, campos que se interpenetram e que mantêm pelo menos um vínculo em comum: questionar a realidade de forma a estar sempre discutindo as possibilidades da felicidade humana. ”(p.2) Portanto, compreende-se que o conhecimento científico, apesar de possuir características próprias, dialoga com os outros campos.
Após a introdução, tem-se a apresentação do método científico, que é o caminho, a sua caracterização e definição. Sobre a definição de método apresentada, o autor diz que “tanto nas chamadas ciências naturais ou exatas como nas ciências humanas (que só aparecem no século XIX), tenhamos de lidar com uma pluralidade de perspectivas que procuram fundamentar o processo de produção do conhecimento científico.” (p.4) Tal asseveração, é importante para quem se propõe a realizar um trabalho de pesquisa.
O CONHECIMENTO É UMA RELAÇÃO
Discursando sobre a epistemologia, o autor afirma que “a partir dos trabalhos de I. Kant, utiliza os termos sujeito e objeto fazer referência aos dois pólos envolvidos na produção do conhecimento: o homem (que se propõe a conhecer algo) e o aspecto da realidade a ser conhecido.”(p.5) O objetivo é demonstrar as três perspectivas a respeito do papel do sujeito( o cientista)e o seu comportamento diante da produção do conhecimento, assim denominadas: empirismo (primazia do objeto), racionalismo (primazia do sujeito) e o interacionismo ( inter-relação entre sujeito e objeto).
O empirismo e racionalismo são denominados de representacionismo e fundacionismo por mostrarem a realidade independente do sujeito, o que não ocorre com a interacionista, que não admite a ideia de neutralidade científica. Assim, compreende-se que epistemologia é o estudo dos mecanismos que consentem o conhecimento de determinada ciência.

UM ROTEIRO DE VIAGEM...

Neste momento propõe, através da história da ciência moderna, uma análise das principais tendências metodológicas para a compreensão dos problemas relacionados à construção do conhecimento cientifico,
A viagem proposta começa por Galileu e o Renascimento. Fala dos momentos de crise que levam o homem a descobrir-se capaz de entender como funciona a natureza. Então, surge um projeto moderno de produção do conhecimento estruturado em dois importantes passos: a submissão a natureza, domínio e controle dela.
Na constituição da ciência moderna as grandes navegações refletem a busca por fatos novos e o autodomínio, ou seja a o desenvolvimento de um conhecimento que gere tecnologia necessária para viabilizar o sonho.Se “navegar é preciso” que seja “com método, com ordem e medida, sabendo quais passos dar para atingir um determinado fim.” (p.08)
Segundo o autor, “no século XVII duas respostas à questão dos fundamentos do conhecimento científico são elaboradas: o racionalismo (de R. Descartes e de G.W . Leibniz, entre outros) e o empirismo(relacionado, por exemplo, aos nomes de F. Bacon, J. Locke e T. Hobbes). O racionalismo do "pai" da filosofia moderna, isto é, de Descartes, busca fundamentar, de forma dedutiva, a existência do cogito,isto é, da razão humana.”(p.10)
Referindo-se a contribuição de Descartes, o texto permite a dimensão da contribuição dele para desenvolvimento do método científico, o autor diz que “o conhecimento é obra da razão, é ela que garante a correção das descobertas e a relação real entre idéias e extensão,”... e que “o processo da dúvida metódica... resultou numa garantia para a produção de verdades no campo da ciência”. (p.11)
Do empirismo, relacionado Bacon, compreende-se que “a partir mesmo de sua valorização da experiência sensível como fonte principal do conhecimento, vão colocando cada vez mais nas condições psicológicas do sujeito produtor de conhecimento a possibilidade de elaboração de leis gerais.” (p.12)
O método estruturado por Newton “combinou de maneira apropriada as duas tendências até então antagônicas: o empirismo e o racionalismo. Afirmava ele que tanto os experimentos sem interpretação sistemática (empirismo) como a dedução sem a evidência experimental (racionalismo) não levam a uma teoria confiável.” (p.13)
Avançando no tempo, chega-se ao empirismo de D. Hume, que para o autor, “radicaliza a proposta empirista de fundamentação da ciência moderna. Sua análise do processo de constituição do conhecimento científico esteve visceralmente relacionada ao seu projeto de constituição de uma ciência da natureza humana.” (p.16)
Para Kant, de acordo com o texto, “a idéia comanda a produção de conhecimento, filtra as informações dadas pelos sentidos e, assim, tem primazia sobre a própria impressão... Nesse sentido, ele se coloca ao lado dos autores que privilegiam a atividade do sujeito como fonte principal do conhecimento (racionalismo).” (p.20)
Falando sobre Hegel, utilizando como exemplo o artista diante de um pedaço de madeira, depara-se com existência de um movimento dialético assim constituído: a - identidade ou tese (seres diferentes artista/ madeira), b-contradição e negação (relação entre o artista e a matéria-relação de submissão/ conflito), c-positividade e negação da negação (o surgimento de uma obra, que é uma síntese/ que pode gerar novas sínteses/obras).
Do século XIX, surgem dentre outros: Comte- que propõe um método para as ciências sociais parecido com o das ciências da natureza. O referido método é baseado na observação neutra, objetiva, desligada dos fenômenos, valorização exclusiva do fato e na segmentação da realidade. K. Marx- cuja obra fundamenta-se nas seguintes certezas: que a base da sociedade e do próprio homem é o trabalho, homem se faz historicamente e que o conhecimento científico, para Marx, é uma ferramenta de compreensão e de transformação da sociedade humana.
No século XX, segundo o autor, surgem “três tendências metodológicas – o neopositivismo, o estruturalismo e a fenomenologia – buscam manter e, ao mesmo tempo, aprofundar os fundamentos teóricos estabelecidos já quando do nascimento da ciência moderna.” (p.28)
O século passado foi marcado por tendências que rompem com as estruturas de fundamentação da científica e que com certeza possibilitaram a utilização de novos métodos de pesquisa, que influenciaram nos resultados de experiências e na percepção e modificação da realidade, elas surgem a partir de pensamentos de Nietzsche (para quem não existem fatos, só interpretações), da Escola de Frankfurt (que propõe o conhecimento da sociedade entendida como um processo dinâmico, histórico, mutável, dialético), Popper (o pesquisador deve, o tempo todo, tentar refutar ou falsear suas hipóteses), Kuhn (concepção da realidade não redutível, de forma absoluta, a um modelo explicativo), Lakatos (as teorias são fruto de um programa de pesquisa amplo), Pragmatismo (todo e qualquer pressuposto de compreensão da realidade é discutível), Construcionismo (tanto o sujeito como o objeto do conhecimento são construções sociais e históricas).
RETOMANDO A VIAGEM...
Para me tornar ‘um sujeito da história da ciência, (...) [é necessário que se conheça o] modo pelo qual o exercício da produção do conhecimento científico pode ser feita. ”(P.43) Ressalta-se que independentemente do método utilizado, questões epistemológicas sempre surgirão e então se faz necessário uma nova discussão , quem sabe novos caminhos, novas viagens. Lembrando que para o autor, “a realidade não se submete aos esquemas conceituais que o homem inventa para compreendê-la.”(p.43)Eis grande lição do texto.

Referências
ARAÚJO, Heloisa Sobreiro Selistre de. O ÓLEO DE LORENZO. Resenha. Click Ciência. 2007. Disponível em: http://www.ufscar.br/~clickcie/print.php?id=226.Acessado em 12/07/09. CARVALHO, Alex et al. Aprendendo Metodologia Científica. São Paulo: O Nome da Rosa, 2000, pp. 11—69. Disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/default.aspx#. Acessado em 05/07/09.

sábado, 11 de julho de 2009

LITERARTE- CHICO BUARQUE

CHICO BUARQUE- TEMA ESCOLHIDO PARA O 3ºANO.

LINKS PARA PESQUISA:

:http://www.youtube.com/watch?v=WHY4Fk8GAOQ

http://www.youtube.com/watch?v=EaJECtpdnPE

http://www.youtube.com/watch?v=LOwQLarDhvI

http://www.youtube.com/watch?v=U9epAdaRXCk

http://www.youtube.com/watch?v=tNe3HqZiyyw

http://www.youtube.com/watch?v=jStx8oxtNCc

http://www.youtube.com/watch?v=eWixxWSkYyE

http://www.youtube.com/watch?v=IOo0xIPF2qo

http://www.youtube.com/watch?v=Kf319YJlEA4

http://www.youtube.com/watch?v=a62maWloQHQ

http://www.youtube.com/watch?v=P7mHf-UCZp0

http://www.youtube.com/watch?v=ncBjLOVR4rg

http://www.youtube.com/watch?v=WBwo5MzB7io

http://www.youtube.com/watch?v=PsJpeR2K-is

http://www.youtube.com/watch?v=LCi-3G-Y3oA

CEM 02 GAMA DF- LITERARTE

SOLANO TRINDADE- UM DOS TEMAS DO LITERARTE

PROJETO LITERARTE CEM 02 2009 FASE 2

CENTRO DE ENSINO 02 DO GAMA DF
PROJETO LITERARTE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
SÉRIES: 1º E 2º - ENSINO MÉDIO- MATUTINO
DISCIPLINAS ARTE, LEM E PORTUGUÊS E PI 01
ORIENTAÇÕES
1-ATIVIDADE: 2009- FASE 2
2-3ª BIMESTRE VALOR 2.0 ATIVIDADE EM GRUPO (4 EQUIPES POR SALA)
3-DATA DE ENTREGA DAS MÍDIAS ( MOSTRAR PARA O PROFESSOR CARLOS ANTES EDIÇÃO FINAL PARA AS DEVIDAS CORREÇÕES) E PUBLICAÇÃO DOS TRABALHOS NO WWW.YOUTUBE.COM PELOS GRUPOS ATÉ 30/08/09 ( SOLICITAR ,POR ESCRITO, A AUTORIZAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS- FINAL DESTE DOCUMENTO)
4-RECURSOS/ FERRAMENTAS: LIVROS DIDÁTICOS, FIGURINOS(MATERIAL ALTERNATIVO),COMPUTADOR, INTERNET BANDA LARGA, MÍDIA DVD, PEN DRIVE, CÂMERA DIGITAL ( ENSAIAR E GRAVAR DUAS VEZES PARA ESCOLHER A MELHOR VERSÃO- SOM, IMAGEM E FIGURINO),SITES EDUCACIONAIS,PROGRAMAS COMO WINDOWS MOVIEMAKER,NERO STARTSMART ESSENCIALS,POWER POINT( SIMILARES), ETC.
5-CONSTRUÇÃO DO TRABALHO:
FASE 1- MONTAGEM DOS GRUPOS E ESCOLHA DOS TEMAS.
FASE 2-PESQUISA, ORIENTAÇÕES ( PROFESSORES ENVOLVIDOS).
FASE 3- ENSAIOS
FASE 4- GRAVAÇÃO
FASE 5- CORREÇÃO, EDIÇÃO ENTRAGA E PULBICAÇÃO DO TRABALHO. (O REPRESENTANTE RECOLHERÁ E ENTREGARÁ AS AUTORIZÇÕES, DEVIDAMENTE ASSINADAS, PARA O PROFESSOR CARLOS.
6- DIVISÃO E MONTAGEM DO TRABALHO (OS GRUPOS POSSUEM TOTAL AUTONOMIA PARA A EXECUÇÃO DO TRABLAHO( DEVE-SE TRABALHAR COM RESPEITO E ÉTICA).
7-TEMAS- OS TEMAS SERÃO ENTREGUES AOS GRUPOS NA PRIMEIRA AULA DO 3º BIMESTRE.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
AUTORIZAÇÃO
AUTORIZO A DIVULGAÇÃO PARA FINS EDUCACIONAIS E A POSTAGEM, NO SITE WWW.YOUTUBE.COM., DOS TRABALHOS REALIZADOS PELO MEU FILHO(A) PARA O PROJETO LITERARTE 2009- CEM 02 GAMA DF.
ALUNO:_______________________________________________________________
SÉRIE:_______ TURMA:________________
RESPOSNÁVEL:________________________________________________________DATA:
CENTRO DE ENSINO 02 DO GAMA DF
PROJETO LITERARTE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
SÉRIE: 1º - ENSINO MÉDIO- MATUTINO
DISCIPLINAS ARTE, LEM E PORTUGUÊS E PI 01
ORIENTAÇÕES
1-ATIVIDADE: 2009
2-3ª BIMESTRE VALOR 2.0 ATIVIDADE EM GRUPO (4 EQUIPES POR SALA)
!ª SÉRIE: Pesquisar e selecionar um texto de cada poeta citado. Discorrer resumidamente sobre o tema. (na abertura do trabalho- mídia)
TEMA 1 - O AMOR
CDA, Manoel Bandeira, Vinicius de Morais, Adélia Prado, Mario Quintana,Maiakoviski, Fernando Pessoa,Florbela Espanca e Pablo Neruda,Camões.
TEMA 2 - William Shakespeare
TEMA 3-POESIA MARGINAL E HAIKAI
a- Ana Cristina César, Paulo Leminski, Ricardo Carvalho Duarte (Chacal), Francisco Alvim e Cacaso.
b- Guilherme de Almeida, Paulo Leminski, Millôr Fernandes e Alice Ruiz.
TEMA 4 - CLUBE DA ESQUINA - POETAS MINEIROS da MPB.
Milton Nascimento, Flávio Venturini, Lô Borges, Beto Guedes, Tavinho Moura, Fernando Brant, Ronaldo Bastos.
AVALIAÇÃO- Expressão e fluência verbal. 0.5
Qualidade técnica da mídia (som, iluminação, edição) 0.5
Caracterização 0.5
Criatividade 0.5
Total- 2.0
Data de entrega da mídia 30/08/09- trazer as autorizações assinadas pelos responsáveis.


CENTRO DE ENSINO 02 DO GAMA DF
PROJETO LITERARTE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
SÉRIES: 2º - ENSINO MÉDIO- MATUTINO
DISCIPLINAS ARTE, LEM E PORTUGUÊS E PI 01
ORIENTAÇÕES
1-ATIVIDADE: 2009
2-3ª BIMESTRE VALOR 2.0 ATIVIDADE EM GRUPO (4 EQUIPES POR SALA)
3- AVALIAÇÃO- Expressão e fluência verbal. 0.5
Qualidade técnica da mídia (som, iluminação, edição) 0.5
Caracterização 0.5
Criatividade 0.5
Total- 2.0
Data de entrega da mídia 30/08/09- ( trazer as autorizações assinadas pelos responsáveis.
4- TEMAS- PESQUISAR AS SOBRE A VIDA E OBRA DO POETA PARA COMPREENDER O TEXTO ESCOLHIDO.
GRUPO 1- TEXTOS POÉTICOS DE AUTORES AFRO-DESCENDENTES( ANTOLOGIA POÉTICA- LIVRO NA XEROX – ESCOLHER OS 8 TEXTOS)
GRUPO 2- PARNASIANISMO- TEXTOS DE Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira.
GRUPO 3-SIMBOLISMO- Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud, Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine, Cruz e Souza, Alphonsus de Guimaraens.
GRUPO 4 –MACHADO DE ASSIS- ESCOLHER UM CONTO, ELABORAR UM ROTEIRO, FAZER ADAPTAÇÕES E DRAMATIZAR.




CENTRO DE ENSINO 02 DO GAMA DF
PROJETO LITERARTE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
SÉRIE: 3ª - ENSINO MÉDIO- MATUTINO
DISCIPLINAS ARTE, LEM E PORTUGUÊS E PI 01
UM CENÁRIO POR TURMA.
ABERTURA: CONTEXTO HISTÓRICO/SOCIAL, RESUMO SOBRE A VIDA E OBRA DOS AUTORES, CARCTERÍSTICAS E RELAÇÃO COM O MODERNISMO. ( APRESENTAÇÃO ORAL, COM O SUPORTE DO DATA SHOW)
DURAÇÃO: DUAS AULAS
TURMA 1- CDA- LÍRICO E SOCIAL ( DOIS GRUPOS)
TURMA 2- VINICIUS DE MORAES – LÍRICO, SOCIAL E INFANTIL( TRÊS GRUPOS).
TURMA 3- CECÍLA MEIRELES, ADÉLIA PRADO, CORA CORALINA, GILKA MACHADO, CARMEM CINIRA, MIRIAN ALVES, FLORBELA ESPANCA E ANA CRISTINA CESAR.
TURMA 4 - CHICO BUARQUE DE HOLANDA, MARIO QUINTANA
TURMA 5- POESIA MARGINAL, TROPICALISMO, PATATIVA DO ASSARÉ.
TURMA 6-FERREIRA GULLAR, AFONSO ROMANO SANT’ANA, SOLANO TRINDADE, MURILO MENDES, JOÃO CABRAL DE MELO NETO, JORGE DE LIMA, AUGUSTO FREDERICO SCHIMDT E MANOEL BARROS.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

TANGO- BUENOS AIRES /2009

UMA NOITE COM MUITA MÚSICA, QUILMES E ENCRENCAS COM OS HERMANOS (PARA VARIAR)...

QUINTANA

Um poema?

No mundo não há nada mais triste do que uma boneca morta...
Talvez porque sua mãezinha tenha morrido de parto!
Ou encontrar um vestido de noiva numa casa de penhores
Ou começar cheio de rimas quando se escreve em prosa
Ou não encontrar rimas quando se escreve em verso
(Também, quem me mandou escrever clássico?!)
Bendita seja a Isadora Duncan, que inventou o verso livre da dança!
Só não sei,
Mesmo
,O que eu queria dizer com tudo isso...

[Mario Quintana; Velório sem defunto, 1990]
FONTE:http://quintanares.blogspot.com/

Bandeira

As três mulheres do sabonete Araxá me invocam,
me bouleversam,
me hipnotizam.
Oh, as três mulheres do sabonete Araxá às 4 horas da tarde!
O meu reino pelas três mulheres do sabonete Araxá!
Que outros, não eu, a pedra cortem
Para brutais vos adorarem,
Ó brancaranas azedas,
Mulatas cor da lua vem saindo cor de prata
Oh! celestes africanas:
Que eu vivo, padeço e morro só pelas três mulheres do Sabonete Araxá!
São amigas, são irmãs, são amantes as três mulheres do Sabonete Araxá?São prostitutas, são declamadoras, são acrobatas?
São as três Marias?
Meu Deus, serão as três Marias?
A mais nua é doirada borboleta.
Se a segunda casasse, eu ficava safado da vida,
dava pra beber e nunca mais telefonava.
Mas se a terceira morresse...
Oh, então nunca mais a minha vida outrora teria sido um festim!
Se me perguntassem:
Queres ser estrela? queres ser rei?
queres uma ilha no Pacífico?
um bangalô em Copacabana?
Eu responderia:
Não quero nada disso, tetrarca.
Eu só quero as três mulheres do sabonete Araxá:
O meu reino pelas três mulheres do sabonete Araxá!
Teresópolis, 1931

Fernando Pessoa por Maria Bethânia

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Reflexões- atividade avaliativa- UNITINS/SINPRO DF

FUNDAÇÃO UNITINS/ SINPRO DF
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR-2009
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
DOCENTE: SILVANA LOVERA SILVA
ALUNO: CARLOS FERNANDES CAVALCANTE


Historicamente a formação docente, como tantas outras, reflete o modelo ideológico vigente e nunca teve um lugar de destaque dentro do universo acadêmico, demonstrando assim o grau de comprometimento do Estado com a educação em nosso país. Entretanto, nos últimos anos a sociedade e parte do mundo acadêmico exigem. Os debates sobre a necessidade de políticas de formação de professores consideram, dentre outros aspectos, a luta desses profissionais em prol da reformulação dos cursos de formação e o surgimento de novas políticas públicas no campo da educação, em particular da formação de professores.
Tem-se,desde então, procurado modificar o processo de formação, para que o docente acadêmico deixe de ser o senhor de todos os conhecimentos e experiências profissionais e também o responsável pela transmissão dos mesmos para um aluno docente que não sabe e não os conhece, sendo sempre avaliado por instrumentos que indicam formalmente se está apto ou não para exercer a profissão. Sendo considerado apto, reproduz o que aprendeu na escola, perpetuando assim a história de fracassos já conhecida de nossa literatura.
Os estudos de Arroyo, Frigotto, Nòvoa e Sacristán possibilitam a reflexão e construção de desse novo caminho, parte dele construído pelo professor, Masetto (2003, p.31) “ como cidadão, o professor estará aberto para o que se passa na sociedade, fora da universidade ou faculdade, suas transformações, evoluções, mudanças; atento para novas formas de participação, as novas conquistas, os novos valores emergentes, as novas descobertas, novas proposições, visando inclusive abrir espaço para discussão e debate com seus alunos sobre tais aspectos na medida em que afetem a formação e o exercício profissionais.
Um dos pontos cruciais para a formação desses profissionais é o desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem o domínio de todo processo educativo, que se constrói a partir do planejamento. Segundo Silva (2009:14) “ensinar bem é o resultado de um bom planejamento”, então professor deve saber elaborá-lo e compreendê-lo em todas as suas dimensões, uma vez que possibilita também o monitoramento do crescimento cognitivo e o amadurecimento pessoal durante os processos de ensino e de aprendizagem.
Para a construção do planejamento é necessária uma profunda reflexão, que possibilita a análise dos diversos contextos, a inclusão de atividades de pesquisa e práticas interdisciplinares que permitindo ao aluno construção do conhecimento científico pessoal em consonância com o conhecimento científico estabelecido.
Os planejamentos possuem objetivos e para alcançá-los o professor precisa escolher estratégias de ensino e de aprendizagem adequadas ao seu perfil, proposta, atividades ou disciplina. Os métodos possibilitam de acordo com Silva (2009:20) “a assimilação dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos.”
Para Rodrigues (2005) “as estratégias e técnicas são recursos que podem agregar valores nos processos de ensino e aprendizagem e que só terão importância se estiverem ligados diretamente aos objetivos pretendidos.” Portanto, elas servem para que se estabeleçam dentro da escola, dinâmicas que estimulem a troca de conhecimentos e propiciem o desenvolvimento de relacionamentos entre todos os envolvidos no processo. As competências para trabalhar com elas devem ser adquiridas ainda no processo de formação do profissional e redimensionadas nos cursos de formação continuada.
As instituições educativas, preocupadas com a formação de seus alunos, devem viabilizar aos seus professores todos os recursos, assim como promover atividades que permitam o pleno domínio dos mesmos. Esse suporte torna possível a construção de um ambiente propício para o ensino e a aprendizagem.
Assim, a formação do professor não termina no curso superior, ela será sempre continuada, pois a educação não é um produto acabado. Entretanto, para que se tenham profissionais competentes e uma educação de qualidade é preciso que o Estado abandone o discurso e proponha políticas públicas, transformadoras e abrangentes, pois de acordo com Mello (apud Freitas 2002:142) “as referências e as bases para as políticas de formação de professores vinculam-se estreitamente às exigências postas pela reforma educativa da educação básica, para a formação das novas gerações. A formação inicial de professores, na ótica oficial, deve ter como primeiro referencial as normas legais e recomendações pedagógicas da educação básica.”


REFERÊNCIAS
ANDRE, Marli; SIMOES, Regina H.S.; CARVALHO, Janete M. and BRZEZINSKI, Iria. Estado da arte da formação de professores no Brasil. Educ. Soc. [online]. 1999, vol.20, n.68, pp. 301-309. ISSN 0101-7330. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a15v2068.pdf acessado em 25/05/09
FREITAS, Helena Costa Lopes de. Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educ. Soc. [online]. 2002, vol.23, n.80, pp. 136-167. ISSN 0101-7330.
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário.

RODRIGUES,Ricardo Carvalho. Estratégias de Ensino e Aprendizagem para Modalidade de Educação à Distância.2005. disponível em: http://ava2.unitins.br/ava/Ficha.aspx?IdeOrigem=790e52c71f3b1131f83238a547e606f4. Acessado em 05/06/09.
Summus editorial. São Paulo.2003.

SILVA, Silvana Lovera. Metodologia do Ensino Superior. Tocantins. 2009.





segunda-feira, 11 de maio de 2009

O DISCURSO NEOLIBERAL NO CAMPO EDUCACIONAL


UNITINS/SINPRO DF EDUCAÇÃO, DEMOGRACIA E GESTÃO ESCOLAR- 2009/01 Disciplina: As teorias da administração capitalista no cotidiano das organizações escolares. Unidade didática I - Administração e gestão capitalista na educação: tendências atuais Alunos: Carlos Fernandes Cavalcante/ Virgínia K. A. C. do Nascimento/Elda
Tutores: Eleusa Maria Leão e Fabíola Peixoto de Araújo Atividade: resenha
O texto de Pablo Gentili (2004:01) aborda “criticamente algumas dimensões da configuração do discurso neoliberal no campo educacional”, ressaltando os aspectos téoricos e políticos que permitem compreender a dimensão do neoliberalismo. Tratando também da construção da retórica neoliberal na educação, possibiltando um questionamento,segundo o próprio autor, “forma neoliberal de pensar e projetar a política educacional.Demostrando ao final as consequências da “pedagogia de exclusão” gerada pelos governos que adotaram esse caráter.
O ensaio é permeado por uma lucidez crítica que transcende os aspectos científicos e históricos que embasam a argumentação do autor, temos então uma excelente oportunidade de refletirmos sobre a influência e consequências do projeto neoliberal na educação brasileira, notadamente após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases para Educação 9394/96 e todas as normatizações propostas a partir dela. Este ensaio, parte da obra “Escola S.A”, ajuda a compreender a realidade educacional em que vivemos afinal todas as mudanças demonstram claramente a modelagem da educação a este projeto.
O posicionamento de Gentili é claro: a educação brasileira precisa de outro modelo, educação, pois o que está posto não conseguiu qualidade, também não tornou inclusivo e modelo de administração dá sinais fracasso. Há uma crise, a receita neoliberal inócua para a resolução dos problemas sociais não permite que a escola e transforme a sociedade, pois caso contrário a liberdade e a individualidade humana continuarão ameaçadas. Temos assim a recriação da fábula de Huxley - “Admirável Mundo Novo”. Vive-se em uma sociedade organizada em duas castas: a dos incluídos (minoria) e excluídos (maioria), ambas condicionadas. A primeira é bombardeada com uma poderosa mídia que dopa, somos livres para votar e consumir. A outra, “culpada” pelas próprias mazelas, vive de migalhas, voluntariado, ONGs, Programas Sociais, etc. Não há vontade, a servidão ao capital é aceitável, a Estado deve-se manter distante e tudo deve ser regulado pelo e para mercado, inclusive a educação.
Para facilitar a construção da resenha, procurou-se obedecer à estrutura do texto, permitindo assim a análise das idéias principais do autor em cada um dos capítulos do ensaio. Na primeira parte, denominada “O neoliberalismo como construção hegemônica”, o autor explica o êxito do neoliberalismo, que possui uma dupla dinâmica, que desembocará em um processo hegemônico, tornando-se uma alternativa de poder estruturada a partir de uma série de ações políticas, econômicas e jurídicas voltadas para encontrar uma alternativa para a crise capitalista ocorrida nos anos 60 e 70 do século XX. Além de representar um projeto de reforma ideológica de nossas sociedades.Assim o neoliberalismo se transforma num verdadeiro projeto hegemônico, graças a uma intensa dinâmica de mudança material e na reconstrução discursivo-ideológica da sociedade, apoiada em intelectuais e tendo como referencial teórico as obras de Friedrich A. Hayek ,The Road to Serfdom (O caminho da servidão e Milton Friedman , Free to Choose (Liberdade de Escolher). A crise estrutural do regime de acumulação fordista e o fracasso da fórmula keynesiana cristalizada nos Estados de Bem-estar possibilitam a ascensão do discurso neoliberal que ganhará espaço político e passará a orientar as decisões governamentais em grande parte do mundo capitalista.
Tais decisões se fazem presentes também no campo educacional que para o neoliberalismo se resume na questão gerencial,vencido esse desafio é possível promover na escola, transformações substantivas das práticas pedagógicas, tornando-as mais eficientes; reestruturando também o sistema flexibilizando a oferta educacional; promovendo uma mudança cultural, nas estratégias de gestão (qualidade total); reformulando o perfil dos professores, requalificando-os, implementando uma ampla reforma curricular, etc. Percebemos a um elo com o artigo com Paro (1998:6) para quem “é necessário desmistificar o enorme equívoco que consiste em pretender aplicar, na escola, métodos e técnicas da empresa capitalista como se eles fossem neutros em si”.
Contextulaizando, a ideologia neoliberal está presente nas escolas públicas de nosso país, notadamente a partir de 1994 com o início da Era FHC , presente na LDB 9394/96 e mais recentemente na Lei Distrital 4036/07 , que instituiu a Gestão Compartilhada no DF, que comprovam a estratégia de transferir a educação da esfera da política para a esfera do mercado questionando assim seu caráter de direito e reduzindo-a a sua condição de propriedade. Das equipes gestoras dessas escolas se exige que explicitem as suas propostas educativas e de administração coadunadas com a dos interesses do Estado; todos devem ter metas, deixando assim claro que o cidadão e comunidade estão em segundo plano.Segundo Dalera de Carli (2007:19), no discurso oficial, o conceito de democracia foi subjugado a uma mera estratégia de gestão, ou seja, passei a perceber, através deste estudo, que a democracia deixou de ter o sentido da construção de relações igualitárias e horizontais na sociedade – se é que alguma vez teve este sentido -, e se tornou um instrumento de gestão capitalista que passei a identificar como uma didática a serviço da adequação das diferenças e igualdades dos sujeitos na práxis social, sob o ponto de vista dos interesses hegemônicos do mercado de trabalho capitalista, assim escamoteando, como discurso e como prática, a possibilidade da.construção do sujeito crítico e reflexivo.
Na segunda parte, “Os culpados”, Gentili procura responder a uma questão: quem são, de acordo com essa perspectiva,os culpados , segundo os neoliberais,pela crise educacional? São apontados como responsáveis: o modelo de Estado assistencialista , os sindicatos e os indivíduos.Para o autor, o neoliberalismo privatiza tudo, inclusive também o êxito e o fracasso social, considerando tudo como um problema cultural provocado pela ideologia dos direitos sociais e a falsa promessa de que uma suposta condição de cidadania nos coloca a todos em igualdade de condições para exigir o que só deveria ser outorgado àqueles que, graças ao mérito e ao esforço individual, se consagram como consumidores empreendedores.
Então, a escola que serve e tem o incentivo dos poderes hegemônicos da sociedade precisa mudar , pois os interesses do capital são outros. Não se quer mais profissionais treinados para apenas executar tarefas, ele precisa de pensadores, de intelectuais. Uma nova geração que atenda as demandas das grandes corporações e do mercado de trabalho, cada vez mais globalizado. Aqui, no Brasil, novos termos, representando essa “nova educação” estão presentes na nova LDB, dois deles até então desconhecidos dos docentes: competências e habilidades. Ambos apoiados por um discurso pedagógico, mas que na prática servem muito bem ao projeto de educação para o capital. Pode-se concluir que o fracasso não é somente em decorrência da gestão pública da educação, e sim da adoção de políticas que como já foi dito serviram e ainda servem a esses propósitos.
Em “As estratégias” são colocados os dois principais objetivos que se articularão e darão coerência, segundo o autor, às reformas educacionais, são eles: promover garantindo a materialização dos princípios meritocráticos competitivos e estabelecer os horizontes das políticas educacionais, permitindo o estabelecimento de critérios para avaliar a pertinência das propostas de reforma escolar. No Brasil,, eles estão presente na reforma da Educação Profissional e a sua entrega, em um primeiro momento para o Sistema S ( SENAI,SESI, SESC e etc)e Centros de Educação Profissional, mexendo profundamento com estrutura das Escolas Técnicas .Por um outro lado, cria-se um Ensino Médio voltado para formação geral.Desenvolve-se também estratégias de avaliação de todos o sistema educacional, tendo como exemplos o PAIUB( 2004), que institui o provão nas universidades e o SINAES ( 2004) que rediscute o modelo anterior e introduz mudanças. Pode-se citar ainda o IDEB, SAEB, ENEM e mais recetemente a PROVA BRASIL.Obeserva-se que assim se estabelece um novo tipo de controle e o estado passa uniformizar e centralizar algumas funções e atribui aos estados e municípios outras, essas com certeza para cortar custos e garantir a implementação do novo modelo educacional ,que possui um caráter produtivista e empresarial.
“Os sabichões” respondem a seguinte questão: quem, na perspectiva neoliberal, deve ser consultado para poder superar a atual crise educacional? A respsota não poderia ser outra:a iniciativa privada, que pode tornar a educação mais competiva, produtiva e eficiente. Aos culpados, resta apenas a redimensionamento de sua participação e influência. Os sindicatos devem ser neutralizados , o Estado, minimizado e trasformado em uma grande agência de fomentos. Aos pobres e excluídos a dura lição de que não se deve conformar, é preciso ter vontade, a mesma dos empresários.
Na “Conclusão”, Gentili afirma que os governos neoliberais deixaram (e estão deixando) nossos países muito mais pobres, mais excludentes, mais desiguais. Incrementaram (e estão incrementando) a discriminação social, racial e sexual, reproduzindo os privilégios das minorias. Exacerbaram (e estão exacerbando) o individualismo e a competição selvagem, quebrando assim os laços de solidariedade coletiva e intensificando um processo antidemocrático de seleção "natural" onde os "melhores"" triunfam e os piores perdem. Não há o que acrescentar,a chamada crise do subprime, ou hipotecas de risco, desencadeada nos Estados Unidos desde 2007 e que vem se intensificando, demostra que o modelo neoliberal está esgotado ,tendo como grande consequência o aumento do número excluídos e que apesar de defenderem o Estado mínimo, é com o dinheiro dos contribuintes que as suas “eficientes” e “produtivas” empresas estão sendo salvas. É preciso que a sociedade se levante e busque um novo modelo que lute contra exclusão e que possiblite a que o autor chama de uma “sociedade radicalmente igualitária”.Gentili deixa bem claro que essa tarefa passa primeiramente pela educação.
Um trabalho que deve ser inciado por nós, entretanto seus frutos serão colhidos pelas gerações futuras. Para Emir Sader (2002), a sociedade deve ter um projeto de globalização alternativa que possa se nutrir da força intelectual, moral e histórica permitindo a construção um mundo pós-neoliberal, objetivo do humanismo contemporâneo no novo século.
REFERÊNCIAS: DALERA DE CARLI, Flávio. Reflexividade crítico- emancipatória versus prescritividade neoliberal. Artigo. Santos. 2007. GENTILI, Pablo. Neoliberalismo e educação: manual do usuário. Ensaio. Disponível em: http://firgoa.usc.es/drupal/node/3036.Acessado em 20/04/09. LEÃO, Eleusa M.e ARAÚJO, Fabíola P. As teorias da administração capitalista no cotidiano das organizações escolares. Unidade didática1. Tocantins. 2009. Disponível em: http://www2.unitins.br/BibliotecaMidia/Files/Documento/BM_633755764497316250apostila_de_teorias_da_administracao_ead___final_ok___copia.pdf.Acessado em 20/04/09 NEPOMUCENO, Carlos. O capital quer uma nova escola. A atual já não serve. Artigo. 2008.Disponível em: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/11/26/o-capital-quer-uma-nova-escola-a-atual-ja-nao-serve/.Acessado em 20/04/09. PARO, Vitor Henrique. A gestão da educação ante as exigências de qualidade e produtividade na escola. Artigo. São Paulo 1998. SADER, Emir. Porto Alegre e o pós-neoliberalismo. Artigo. Porto Alegre. 2002. Disponível em: http://alainet.org/active/1744&lang=es.Acessado em 22/04/09. ZACHARIAS, Vera Lúcia Camara. Competências e Habilidades. Artigo. 2007. Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/compehab.htm.Acessado em 21/04/09.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Proibição

Tem cuidado ao amar-me.
Pelo menos, lembra-te que to proibi.
Não que restaure o meu pródigo desperdício
De alento e sangue, com teus suspiros e lágrimas,
Tornando-me para ti o que foste para mim,
Mas tão grande prazer desgasta a nossa vida duma vez.
Para evitar que teu amor por minha morte seja frustrado,
Se me amas, tem cuidado ao amar-me.
Tem cuidado ao odiar-me,
E com os excessos do triunfo na vitória,
Ou tornar-me-ei o meu próprio executor,
E do ódio com igual ódio me vingarei.
Mas tu perderás a pose do conquistador,
Se eu, a tua conquista, perecer pelo teu ódio:
Então, para evitar que, reduzido a nada, eu te diminua,
Se tu me odeias, tem cuidado ao odiar-me.
Contudo, ama-me e odeia-me também.
Assim os extremos não farão o trabalho um do outro:
Ama-me, para que possa morrer do modo mais doce;
Odeia-me, pois teu amor é excessivo para mim;
Ou deixa que ambos, eles e não eu, se corrompam
Para que, vivo, eu seja teu palco e não teu triunfo.
Então, para que o teu amor, ódio, e a mim, não destruas,
Oh, deixa-me viver, mas ama-me e odeia-me também.

John Donne, in "Poemas Eróticos" Tradução de Helena Barbas
DISPONÍVEL EM:http://www.citador.pt/poemas.php?op=10&refid=200809040309

MIDIA, CONVERGÊNCIA E ESCOLA

EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E GESTÃO ESCOLAR- 2009 UNITINS/SINPRO-DF Módulo 1 Introdução às tecnologias educacionais Alunos Carlos Fernandes Cavalcante / Virgínia K. A. C. do Nascimento/Elda Borges de Jesus Tutor George França Atividade Texto colaborativo- avaliação final

A cada dia os recursos tecnológicos estão se tornando parte do nosso cotidiano, entretanto existem aspectos que devem ser observados para a utilização das tecnologias na educação, são eles: o domínio do técnico e do pedagógico não deve acontecer de modo estanque, um separado do outro e não é preciso se tornar um especialista em informática ou em mídia digital para depois tirar proveito desse conhecimento nas atividades pedagógicas. Deve-se permitir que os conhecimentos técnicos e pedagógicos cresçam simultaneamente, a partir de um processo de interação, pois de acordo com Bescow (2006) “a internet suporta todos os componentes do modelo comunicativo: interativa, participativa, horizontal, multimodal, mas de que adiantaria tantos recursos tecnológicos se não existir um projeto comunicativo e educacional por trás desses meios?”, portanto além do conhecimento, é muito importante a construção de um projeto que transforme a prática docente.
Assim procurando aprender para redirecionar a prática pedagógica se faz necessário apresentar os conceitos básicos que direcionam este trabalho, tendo em vista que mídia e convergência fazem parte do universo educacional.
Para Jeckins citado por Barbizani (2008) “a convergência é um processo cultural. Refere-se ao fluxo de imagens, idéias, histórias, sons, marcas e relacionamentos através do maior número de canais midiáticos possíveis. Um fluxo moldado por decisões originais, tanto em reuniões empresariais quanto em quarto de adolescentes. Moldado pelo desejo de empresas de mídia de promover ao máximo marcas e mensagens, e pelo desejo dos consumidores de obter a mídia que quiserem , quando, onde quiserem; por meios legais ou não." O termo de mídia é bastante difundido, de acordo com o sítio http://www.foxmidia.com.br/midia.html, “ele designa de maneira genérica, todos os meios de comunicação, ou seja,os veículos que são utilizados para a divulgação de conteúdos de publicidade e propaganda.” Evoluindo para o conceito de mídia digital , termo que para Pernisa Jr. (2001:175) ,"refere-se, na maioria das vezes, ao universo da comunicação, indicando a pluralidade de meios aí presentes. Assim sendo, a mídia digital seria o espaço que comporta os meios de comunicação que se utilizam da linguagem binária da informática.” Então segundo o mesmo autor “termo mídia pode contemplar todos os meios de que trata hoje o universo da comunicação.” A escola, como espaço onde se privilegia o conhecimento, pode se tornar o centro que propões e estimula, além da inserção de novas tecnologias em sala de aula , a mudança no paradigma do ensino, tornada possível após a discussão e a compreensão de proposta elaborada pela comunidade, sabendo-se que o conhecimento, a propagação, criação e a inserção de uma nova uma de nova linguagem que nasce a partir da possibilidade de usar texto, imagem e som, de maneiras diferentes, interconectados chamado frutos da utilização da de mídia digital, modificará para sempre a relação dos envolvidos com o seu meio.
A mídia se faz presente na escola de todas as formas, seja pela internet, celular, televisão, jornais, revistas e outros. Cabe ao professor, em sala de aula, transformar isso tudo em ferramenta didática, e tirar proveito da situação, propondo atividades que contextualize e transforme a informação em conhecimento, levando os alunos a se posicionarem de forma critica e reflexiva. Daí a importância da pedagogia de projetos para que a atividade proposta tenha como característica básica a convergência, estimulando professores e alunos, buscando parcerias, promovendo a criação de blogs, revistas digitais, a utilização de e-books, além da compreensão sobre a importância dos sítios de relacionamento e de rede social, sabendo-se que eles propiciam uma nova percepção sobre a web , demonstrando como se utiliza vídeos com finalidades educativas e de entretenimento,além de viabilizar palestras e encontros através de videoconferência, trabalhando com o skype, por exemplo. Esses elementos facilitam a aprendizagem e o desenvolvimento de e competências e habilidades necessárias ao cidadão do século XXI. Algumas barreiras devem ser superadas, há escolas sem laboratórios e professores sem formação e recursos necessários, entretanto é preciso compreender que pequenas ações, podem possibilitar grandes transformações, basta querer. Ressalta-se que a utilização de mídias de convergência pode produzir uma escrita que acoplada ao computador possibilita existe a interação, o diálogo, a comunicação entre pessoas com diferentes condições perceptivas e de estruturas psicológicas. Como exemplo, mostramos que em 2008 no Centro de Ensino Fundamental 03 do Gama DF, dentro do PROJETO ARTCONEXÃO,executou-se uma atividade que possibilitou aos alunos, todos pertencentes de baixa renda e moradores de área com altos índices de violência, um trabalho que inclusão digital e utilização de mídias de convergência. A referida atividade estava assim estruturada:
1-Tema da atividade: AFRICANIDADES 2-Objetivo geral: Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro. 3-Objetivo específico: dominar os procedimentos de pesquisa, criar um blog, reconhecer as semelhanças culturais e sociais existentes entre alguns povos africanos e o Brasil. 4-Disciplinas: Português, História, Arte, Ciências, Matemática, Geografia e Educação Física. 5-Dinâmica: aula expositiva (conceito e exemplos de blogs, mídias, etc.,como fazer uma pesquisa,o que é direito autoral ?, etc.) 6-Cronograma: 4º bimestre de 2008. 7-Material e suporte necessário: Laboratório e informática, computadores pessoais, conexão banda larga, tutoria dos professores envolvidos. 8-Fontes de pesquisa: sites educacionais e do Blogger, blog do professor de Carlos, sites de busca- GOOGLE. 9- Avaliação: leitura e acompanhamento semanal das postagens,criatividade , pontualidade e respeito aos direitos autorais.Avaliação ao final do trabalho pela comissão, segundo os quesitos estabelecidos nas Orientações. 10-Endereços dos blogs: http://carllosfernandes.blogspot.com/2008_09_01_archive.html http://cef03gama7d.blogspot.com/ http://cef03gama7b.blogspot.com/ http://cef03gama7c.blogspot.com/
Por acreditar que tão importante quanto vivenciar uma nova era é ajudar a construí-la, buscou-se neste trabalho, além do aprofundamento dos conhecimentos sobre tecnologias educacionais, demonstrar que nas escolas de rede pública do DF existe uma prática que permite aos professores e alunos o domínio da tecnologia digital. Então aos poucos paradigmas e preconceitos são abandonados, o professor passa a entender que sem a utilização da mídia digital não há como interagir com o seu aluno.
Referências:
BARBIZANI, Vinicius. A Cultura da Convergência. Artigo. Publicado em 12/11/2008. Disponível em: http://imasters.uol.com.br/artigo/10688/midia/.Acessado em 18/04/09. BESKOW. Cristina Alves. Inclusão digital na escola pública:inter-relacionando a comunicação, a tecnologia e a escola. Artigo. Disponível em: http://www.cibersociedad.net/congres2006/gts/comunicacio.php?llengua=po&id=840. Acessado em 19/04/09. CEF 03.PROJETO ARTCONEXÃO- 2008. PERNISA Jr. Carlos. Mídia digital. Artigo. Lumina - Juiz de Fora - Facom/UFJF - v.4, n.2, p. 175-186, jul./dez. 2001 v. 5, n.Disponível em: http://www.facom.ufjf.br/lumina/R8-Junito%20HP.pdf. Acessado em 19/04/09. Sítio: http://www.foxmidia.com.br/midia.html.Acessado em 18/04/09