Trabalho de gente grande.
http://www.cef03gama7c.blogspot.com/
"A língua é uma coisa de tal modo distinta que um homem privado do uso da fala conserva a língua, contato que compreenda os signos vocais que ouve." Saussure
sábado, 27 de setembro de 2008
sábado, 13 de setembro de 2008
Tema de abertura e cenas do seriado Raízes- (Roots):
http://br.youtube.com/watch?v=2UoUn-MbKec
http://br.youtube.com/watch?v=ByhFz5e5Tno
cenas de A Cor Purpura e comentários de Missipi em chamas.
Navio Negreiro http://br.youtube.com/watch?v=ZsoHqApn_4E
Castro Alves http://br.youtube.com/watch?v=_t4lxAzvi2Y
Castro Alves http://br.youtube.com/watch?v=_t4lxAzvi2Y
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
....
A multidão faminta cambaleia,
....
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
...
Ontem simples, fortes, bravos.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas.
São mulheres desgraçadas.
...
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente
— Nas roscas da escravidão.
...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
....
Varrei os mares, tufão! ...
(fragmentos dos cantos IV e V)
Um dia vc vai está na minha...duvida,assim canta Negra Li, ouça:
GOOOOOOOOOOOOOOl de Pelé.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Trabalho do 4ª Bimestre- Africanidades
PROJETO ARTCONEXÃO - 2008
1-http://africanidades.blogspot.com/2007/08/norte-magntico.html
2-http://africaeafricanidades.wordpress.com/2007/10/18/acervo-da-fundacao-pierre-verger/
Entardecer em Hadarp Dam -Naníbia fonte:http://www.geocities.com/jaimex54/Fotos.htm
um som para dançar:http://br.youtube.com/watch?v=QHE0LMDrSRg
o negro mais veloz do mundo:http://br.youtube.com/watch?v=nyIuep-aZko
Orientações
1-Cada turma montará e manterá atualizado, durante trinta dias , o seu Blog.
2- O Blog não é pessoal, as postagens e comentários estarão relacionadas ao temas da turma.
3-O blog será monitorado pelos professores e pelo representante de classe e pais.
4- Todas as dúvidas serão esclarecidas pelos professores José Antõnio, Carlos,Rafaela , Partícia,Omar, Curado, Edna , Jussara Noêmia e Geralda.
5-Sejam criativos, procurem montar um blog que tenha conteúdo, mas seja interessante.
6-As postagens podem ser feitas em casa ou no laborátório de informática. Ao final, as senhas serão modificadas e o acesso será restrito aos professores e representantes.TODOS OS ALUNOS DEVERÃO ACESSAR O BLOG DA SUA TURMA E FAZER COMENTÁRIOS( IDENTIFIQUE-SE PARA QUE POSSAMOS AVALIÁ-LO)
7-A turmas serão divididas em grupos, com seis componentes cada, que criarão uma revista sobre o tema. Observem as orientações dos professores Carlos, Firminia, Jussara e Patrícia.
8- Os blogs serão avaliados pelas professores a partir do dia 16/ 10/08
9- As revistas serão entregues , no dia 16/10/ 08 aos professores José Antõnio ou Jussara.
1-Cada turma montará e manterá atualizado, durante trinta dias , o seu Blog.
2- O Blog não é pessoal, as postagens e comentários estarão relacionadas ao temas da turma.
3-O blog será monitorado pelos professores e pelo representante de classe e pais.
4- Todas as dúvidas serão esclarecidas pelos professores José Antõnio, Carlos,Rafaela , Partícia,Omar, Curado, Edna , Jussara Noêmia e Geralda.
5-Sejam criativos, procurem montar um blog que tenha conteúdo, mas seja interessante.
6-As postagens podem ser feitas em casa ou no laborátório de informática. Ao final, as senhas serão modificadas e o acesso será restrito aos professores e representantes.TODOS OS ALUNOS DEVERÃO ACESSAR O BLOG DA SUA TURMA E FAZER COMENTÁRIOS( IDENTIFIQUE-SE PARA QUE POSSAMOS AVALIÁ-LO)
7-A turmas serão divididas em grupos, com seis componentes cada, que criarão uma revista sobre o tema. Observem as orientações dos professores Carlos, Firminia, Jussara e Patrícia.
8- Os blogs serão avaliados pelas professores a partir do dia 16/ 10/08
9- As revistas serão entregues , no dia 16/10/ 08 aos professores José Antõnio ou Jussara.
10-Apenas reportagem de capa da revista tem com tema o país escolhido. Acrescente outras seções como :saúde, educação,meioambiente,política,escravidão,curiosidades,arte(música,poesia,escultura,pintura,cinema,dança,etc),religiosidade,personalidades,esporte., preconceito, discriminaação, mulher, infância, etc( não precisa ser da África, o foco são os afro-descendentes espalhados pelo mundo( chamamos de Diáspora), especialmente nas Américas)
11-O nome do blog : Africanidades(série e turma)+CEF03-exemplo:Africanidades5ªACEF03
11-O nome do blog : Africanidades(série e turma)+CEF03-exemplo:Africanidades5ªACEF03
12-ALGUNS ENDEREÇOS PARA AJUDAR NA COSNTRUÇÃO DO BLOG, É SÓ CLICAR:
1-http://africanidades.blogspot.com/2007/08/norte-magntico.html
2-http://africaeafricanidades.wordpress.com/2007/10/18/acervo-da-fundacao-pierre-verger/
Poetas afro-descendentes- textos
Carlos Limeira
Dona de minha alegria
Solução para todos os dilemas
Teu sorriso é poesia
Ou melhor e por fim
É a alma de todos os poemas (Considerações sobre teu sorriso)
Mergulhar no teu corpo sem lençóis ou cobertas
É a rima mais certa, como beber a noite
Escondida em cada de tuas esquinasSem frio, sem açoite
Ora mistérios de mulher
Doutras macios de menina. (Mergulho)
Falando de nós dois, proibidos
dentro dos dias normaise deste gosto de desespero
que esqueço no próximo gole de cachaça
para agüentar a desgraça
até poder estar com você
Negra negra (Para uma mulher)
Have a Dream - Portuguese Translation Eu Tenho Um Sonho Martin Luther King, Jr. 28 de agosto de 1963 Washington, D.C
"Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amnhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho norte americano.
Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais".
Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter.
Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo spiritual negro: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim." (fragmento)
Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais".
Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter.
Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo spiritual negro: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim." (fragmento)
Postado por carlos fernandes
Caro aluno,
Esperamos que as orientações ajudem a você realizar mellhor este trabalho . Boa sorte. Equipe de professores do CEF03-matutino- Gama- DF
Menino do Rio
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso
Menino do Rio
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá Deus
Proteger-te...O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção
Como um beijo...
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá DeusProteger-te...
O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...
"Dorival Caymmi- João Valentão "
João Valentão é brigão
Pra dar bofetão
Não presta atenção e nem pensa na vida
A todos João intimida
Faz coisas que até Deus duvida
Mas tem seu momento na vida
É quando o sol vai quebrando
Lá pro fim do mundo pra noite chegar
É quando se ouve mais forte
O ronco das ondas na beira do mar
É quando o cansaço da lida da vida
Obriga João se sentarÉ quando a morena se encolhe
Se chega pro lado querendo agradarSe a noite é de lua
A vontade é contar mentira
É se espreguiçarDeitar na areia da praia
Que acaba onde a vista não pode alcançar
E assim adormece esse homem
Que nunca precisa dormir pra sonhar
Porque não há sonho mais lindo do que sua terra.
Mudando de assunto...
No man is na island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. If a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if promontory were, as well as if a manor of thy friend’s or of thine own were. Any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind; and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee”.“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.“ Nenhum homem é uma ilha”( JohnnDonne).
No man is na island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. If a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if promontory were, as well as if a manor of thy friend’s or of thine own were. Any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind; and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee”.“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.“ Nenhum homem é uma ilha”( JohnnDonne).
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
conceitos
.Para Aristóteles, o homem é um animal político (social e cívico), pois somente ele é dotado de linguagem.
Para Herder, a linguagem e pensamento são inseparáveis: a linguagem é instrumento, conteúdo e forma de pensamento.
.,Aurélio -o dicionário- linguagem é um substantivo feminino, significa o “uso da palavra como meio de expressão e de comunicação entre pessoas. Forma de expressão pela linguagem própria dum indivíduo, grupo e classe social.
Classificação:
-Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a palavra.
-Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como gestos, o movimento, a imagem e etc.
-Linguagem mista: como as histórias em quadrinhos, o cinema e a tv que utilizam a imagem e a palavra
Para Herder, a linguagem e pensamento são inseparáveis: a linguagem é instrumento, conteúdo e forma de pensamento.
.,Aurélio -o dicionário- linguagem é um substantivo feminino, significa o “uso da palavra como meio de expressão e de comunicação entre pessoas. Forma de expressão pela linguagem própria dum indivíduo, grupo e classe social.
Classificação:
-Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a palavra.
-Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como gestos, o movimento, a imagem e etc.
-Linguagem mista: como as histórias em quadrinhos, o cinema e a tv que utilizam a imagem e a palavra
Pesquisa, texto e fotos: Renato Wandeck
Museu/Oficina Francisco Brennand Propriedade Santos Cosme e Damião s/nº - VárzeaRecife-PECEP:50740-970Tel: 0xx81 3271.2466 - Fax: 0xx81 3271.4814http://www.brennand.com.br/ceramicabrennand@brennand.com.br
No Recife há uma grande quantidade de Painéis Cerâmicos de Brennand, decorando, principalmente, lugares públicos. Para conhecer clique: Painéis de Brennand
Eterno Aprendiz
1-Muito prazer!
Formado em Letras pelo UNICEUB. Trabalho atualmente no CEF 03 Gama. Escrever um memorial não é tarefa fácil, pretendo expor sucintamente algumas de minhas experiências profissionais. Ele será apoiado por interposições de alguns fragmentos que muito acrescentaram à realização do mesmo. Espero assim atingir ao objetivo proposto pela avaliação.
2- UNICEUB: o início de tudo.
Escolho o relato de fatos que me foram significativos. A minha vida universitária é constituída de fatos que me marcam até hoje.
Segundo a professora Maria Tereza Rangel Arruda Campos-Consultora da Secretaria de Educação, do Estado de São Paulo. ”Os cursos de formação inicial de professores têm mantido o foco de atenção nas teorias pedagógicas, nas teorias do desenvolvimento e da didática, genericamente apresentadas, sem se deterem na questão que deveria ocupar o centro de preocupação desses cursos: como ensinar. As universidades formam bacharéis, que podem conhecer Física, Química, Biologia, Matemática, História, etc., mas não formam professores de Física, Química, Biologia, etc.; não se preocupam com a prática, restringindo-se à teoria.” Foi o que aconteceu comigo, com apenas duas disciplinas voltadas para a licenciatura e estágio supervisionado, não fui preparado para atuar em sala.
Em 1983, passo no concurso da Fundação Educacional do DF. Assumo em Agosto de 1986, e aí começa outra parte da minha história.
3-Aceleração da Aprendizagem- Aprendendo a ser professor.
Fui lotado no CEF 05 de Taguatinga Sul, substituo uma professora considerada perfeita, que sofrera um acidente. Começo então a trabalhar com a 2ª etapa, alunos entre 14 a 17 anos, cursando as séries finais do ensino básico. .
O Aceleração da Aprendizagem era estruturado em duas etapas e os conteúdos eram avaliados separadamente, cada aluno tinha direito a três avaliações e a média era 6,0. Simplesmente me entregaram as duas turmas, com 12 aulas cada uma. Meus colegas, e que colegas, me instruíram tudo, tive que aprender em seis meses, o que a Universidade não ensinara em três anos.Foi uma época de altos e baixos, muito estressante.
"A preparação do professor tem uma peculiaridade muito especial: ele aprende a profissão no lugar similar àquele em que vai atuar, porém, numa situação invertida. Isso implica que deve haver coerência absoluta entre o que se faz na formação e o que dele se espera como profissional" (Diretrizes para a Formação de Professores da Educação Básica em cursos de nível superior, 2002). Infelizmente não foi o que aconteceu comigo, é o que sucede com muitos. Apesar de todas as determinações legais, temos uma formação incompleta, com lacunas. Há uma dicotomia entre a teoria e prática, que deixa o professor sem a consciência critica do seu papel e incapaz de atuar, talvez aí esteja uma das causas do nosso fracasso e desestímulo.
4 -CG- um mundo novo, muitas responsabilidades.
Em 1992, devido aos sérios problemas de saúde de minha mãe, permutei com uma colega e vim parar na escola onde cursara parte do meu ensino fundamental e todo o meu ensino médio, talvez por esta razão me sentisse em casa. Conhecia como aluno todo o ambiente e muitos dos colegas de trabalho, meus professores. Com sei anos de magistério, já estava mais maduro, tinha aprendido várias lições no CEF 05: o valor do trabalho em grupo, como dar aula para alunos desestimulados e defasados, como avaliar e lidar com adolescentes. Estava preparado para as responsabilidades que nem sonhara.
Tive uma recepção excelente, em apenas dois anos fui de professor a Diretor, conquistei a confiança do grupo, exerci todos os cargos possíveis. Estudei muito, troquei muitas informações, aprendi com todos eles. Fiquei no cargo até janeiro de 2000, fui eleito pela comunidade duas vezes e retornei para a Direção em 2001. Nesse período trabalhei com profissionais que lecionavam para os cursos técnicos e do ensino fundamental. Participei dos grupos de discussão para a elaboração da nova grade horária, no período de implementação da nova LDB no DF. Foi muito trabalho, muita informação, tem muita história. Como gestor, vivenciei dois aspectos importantes para a construção de uma escola de qualidade: a elaboração de PPPs e a coordenação pedagógica.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), em seu artigo 12, inciso I, institui que "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, devem ter a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica", assim como, os professores devem “participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino” (art.13, inciso I). Acontece que os estudiosos concebem o projeto político pedagógico, a partir de uma visão crítica de educação, mas os entraves legais servem para manter tudo como o sistema deseja. Todas as escolas possuem um documento desses, mas nenhuma possui autonomia. Esta é a dificuldade do gestor, impedindo que ele desenvolva o seu trabalho pedagógico, é necessário muita briga.
“Propiciar momentos de estudos para e com os educadores com os quais trabalha num processo de educação continuada dentro do ambiente escolar, é atividade primordial do Coordenador Pedagógico. Ele deve incumbir-se de garantir, orientar e auxiliar esta formação, a fim de que os professores desenvolvam e aperfeiçoem suas habilidades, renovando conhecimentos, repensando a práxis educativas, buscando novas metodologias de trabalho, aliando teoria e prática, uma vez que não existe a possibilidade de dicotomia entre uma e outra, pois toda ação humana é intencional, tenha-se consciência disto ou não. Esta atitude traz como conseqüência a obrigatoriedade de se realizar periódicas avaliações acerca do desempenho dos professores bem como da própria ingerência neste campo, sendo uma realimentação fundamental para a melhoria da qualidade do ensino oferecida pela escola.A valorização e conseqüente motivação dos professores, também é incumbência crucial do Coordenador, como em Lück (2002). Durante a minha gestão sempre procurei valorizar a coordenação, nunca deixei que a direção se distanciasse da dela, a responsabilidade de preparar os encontros era nossa, fui rotulado de centralizador, mas os coordenadores, após a elaboração da pauta, feita de acordo com as necessidades do grupo, conseguiam executar o trabalho. A escola sempre elegeu pessoas capazes para a tarefa, é por isso que até hoje a nossa equipe é referência.
5-CEM 02, CEM 01 e CEF 03- aprendendo a (re) aprender.
Saí da direção e voltei para a regência, uma década depois, estava eu, diante de turmas e turmas, apesar de experiente, novamente contei com os colegas para desenvolver o meu trabalho. Sempre valorizei o trabalho em grupo e foi assim que aprendi a trazer para o meu cotidiano o olhar e pensar do aluno, a interdisciplinaridade e contextualização que conhecia sob o ponto de vista de direção, já que como professor nunca tinha colocado em prática.
“O Novo Ensino Médio proposto pelo MEC sugere um currículo voltado para o desenvolvimento de competências, no qual a interdisciplinaridade e a contextualização permeiem a prática pedagógica. Educar para a vida, preparar para o mundo do trabalho, superar o "rótulo" de "ante-sala da Universidade": este é o papel assumido pelo Ensino Médio. Neste novo contexto, formar alunos críticos, autônomos e protagonistas, instrumentalizados para múltiplas leituras e possibilidades de intervenção em sua realidade, é tarefa que exige esforço conjunto dos professores. Formados em sua maioria em cursos nos quais as dicotomias teoria/prática e ensino/pesquisa eram a tônica, nossos professores têm dificuldade para refletir, confrontar e reformular suas práticas pedagógicas. O que fazer? Como fazer? Esta angústia se reflete nas falas e na resistência à proposta de mudança”. (WWW.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002) Nos últimos anos tenho me dedicado a desenvolver e trabalhar em projetos que permitam uma melhor aprendizagem e uma efetiva participação do meu aluno no processo de aprendizagem. Artconexão, Artmix, Em Cena, Brasília - Ângulos e Formas, Café com Poesia, Planeta Verde, Arte e Cultura Popular, Olharte, Capazes e Talentosos, Revendo a História da Arte, Aurora e o Pensar e Construir, com eles consegui responder a quase todas as perguntas do MÓDULOIII e do Fórum de Discussão, com eles sou um novo profissional. Aprendi a (re) aprender. Sou em eterno aprendiz.
6-Bibliografia
ALMEIDA, Laurinda R.; BRUNO, Eliane B. G.; CHRISTOV, Luiza Helena da S. (Org.) O Coordenador pedagógico e a formação docente. São Paulo: Loyola, 1999. 93p.FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências e desafios. São Paulo, 1998. 55p.GUIMARÃES, Ana Archangelo et al. O Coordenador pedagógico e a educação continuada. São Paulo, Loyola. 7. ed.,2004. 55 p.LÜCK, Heloísa et al. A escola participativa o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro, DP&A. 6. ed., 2002. 166 p.
SPOSITO, Marília Pontes (org.). Juventude e escolarização (1980-1998). Brasília: INEP/MEC, 2002, 317p. (Série Estada do Conhecimento nº 7)
Perrenoud, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre, Artmed Editora, 2001
Santos, Edméa Oliveira dos. Pedagogia de projetos: (Re) significando a práxis pedagógica. Revista de Educação CEAP, vol. 8, nº 31, Salvador, dez./fev., 2000/2001
Schön, Donald A. "Formar professores como profissionais reflexivos": Os professores e sua formação. Nóvoa (org.). Lisboa, Dom Quixote, 1992
Tedesco, Juan Carlos. O novo pacto educativo. São Paulo, Editora Ática, 1998.
1-Muito prazer!
Formado em Letras pelo UNICEUB. Trabalho atualmente no CEF 03 Gama. Escrever um memorial não é tarefa fácil, pretendo expor sucintamente algumas de minhas experiências profissionais. Ele será apoiado por interposições de alguns fragmentos que muito acrescentaram à realização do mesmo. Espero assim atingir ao objetivo proposto pela avaliação.
2- UNICEUB: o início de tudo.
Escolho o relato de fatos que me foram significativos. A minha vida universitária é constituída de fatos que me marcam até hoje.
Segundo a professora Maria Tereza Rangel Arruda Campos-Consultora da Secretaria de Educação, do Estado de São Paulo. ”Os cursos de formação inicial de professores têm mantido o foco de atenção nas teorias pedagógicas, nas teorias do desenvolvimento e da didática, genericamente apresentadas, sem se deterem na questão que deveria ocupar o centro de preocupação desses cursos: como ensinar. As universidades formam bacharéis, que podem conhecer Física, Química, Biologia, Matemática, História, etc., mas não formam professores de Física, Química, Biologia, etc.; não se preocupam com a prática, restringindo-se à teoria.” Foi o que aconteceu comigo, com apenas duas disciplinas voltadas para a licenciatura e estágio supervisionado, não fui preparado para atuar em sala.
Em 1983, passo no concurso da Fundação Educacional do DF. Assumo em Agosto de 1986, e aí começa outra parte da minha história.
3-Aceleração da Aprendizagem- Aprendendo a ser professor.
Fui lotado no CEF 05 de Taguatinga Sul, substituo uma professora considerada perfeita, que sofrera um acidente. Começo então a trabalhar com a 2ª etapa, alunos entre 14 a 17 anos, cursando as séries finais do ensino básico. .
O Aceleração da Aprendizagem era estruturado em duas etapas e os conteúdos eram avaliados separadamente, cada aluno tinha direito a três avaliações e a média era 6,0. Simplesmente me entregaram as duas turmas, com 12 aulas cada uma. Meus colegas, e que colegas, me instruíram tudo, tive que aprender em seis meses, o que a Universidade não ensinara em três anos.Foi uma época de altos e baixos, muito estressante.
"A preparação do professor tem uma peculiaridade muito especial: ele aprende a profissão no lugar similar àquele em que vai atuar, porém, numa situação invertida. Isso implica que deve haver coerência absoluta entre o que se faz na formação e o que dele se espera como profissional" (Diretrizes para a Formação de Professores da Educação Básica em cursos de nível superior, 2002). Infelizmente não foi o que aconteceu comigo, é o que sucede com muitos. Apesar de todas as determinações legais, temos uma formação incompleta, com lacunas. Há uma dicotomia entre a teoria e prática, que deixa o professor sem a consciência critica do seu papel e incapaz de atuar, talvez aí esteja uma das causas do nosso fracasso e desestímulo.
4 -CG- um mundo novo, muitas responsabilidades.
Em 1992, devido aos sérios problemas de saúde de minha mãe, permutei com uma colega e vim parar na escola onde cursara parte do meu ensino fundamental e todo o meu ensino médio, talvez por esta razão me sentisse em casa. Conhecia como aluno todo o ambiente e muitos dos colegas de trabalho, meus professores. Com sei anos de magistério, já estava mais maduro, tinha aprendido várias lições no CEF 05: o valor do trabalho em grupo, como dar aula para alunos desestimulados e defasados, como avaliar e lidar com adolescentes. Estava preparado para as responsabilidades que nem sonhara.
Tive uma recepção excelente, em apenas dois anos fui de professor a Diretor, conquistei a confiança do grupo, exerci todos os cargos possíveis. Estudei muito, troquei muitas informações, aprendi com todos eles. Fiquei no cargo até janeiro de 2000, fui eleito pela comunidade duas vezes e retornei para a Direção em 2001. Nesse período trabalhei com profissionais que lecionavam para os cursos técnicos e do ensino fundamental. Participei dos grupos de discussão para a elaboração da nova grade horária, no período de implementação da nova LDB no DF. Foi muito trabalho, muita informação, tem muita história. Como gestor, vivenciei dois aspectos importantes para a construção de uma escola de qualidade: a elaboração de PPPs e a coordenação pedagógica.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), em seu artigo 12, inciso I, institui que "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, devem ter a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica", assim como, os professores devem “participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino” (art.13, inciso I). Acontece que os estudiosos concebem o projeto político pedagógico, a partir de uma visão crítica de educação, mas os entraves legais servem para manter tudo como o sistema deseja. Todas as escolas possuem um documento desses, mas nenhuma possui autonomia. Esta é a dificuldade do gestor, impedindo que ele desenvolva o seu trabalho pedagógico, é necessário muita briga.
“Propiciar momentos de estudos para e com os educadores com os quais trabalha num processo de educação continuada dentro do ambiente escolar, é atividade primordial do Coordenador Pedagógico. Ele deve incumbir-se de garantir, orientar e auxiliar esta formação, a fim de que os professores desenvolvam e aperfeiçoem suas habilidades, renovando conhecimentos, repensando a práxis educativas, buscando novas metodologias de trabalho, aliando teoria e prática, uma vez que não existe a possibilidade de dicotomia entre uma e outra, pois toda ação humana é intencional, tenha-se consciência disto ou não. Esta atitude traz como conseqüência a obrigatoriedade de se realizar periódicas avaliações acerca do desempenho dos professores bem como da própria ingerência neste campo, sendo uma realimentação fundamental para a melhoria da qualidade do ensino oferecida pela escola.A valorização e conseqüente motivação dos professores, também é incumbência crucial do Coordenador, como em Lück (2002). Durante a minha gestão sempre procurei valorizar a coordenação, nunca deixei que a direção se distanciasse da dela, a responsabilidade de preparar os encontros era nossa, fui rotulado de centralizador, mas os coordenadores, após a elaboração da pauta, feita de acordo com as necessidades do grupo, conseguiam executar o trabalho. A escola sempre elegeu pessoas capazes para a tarefa, é por isso que até hoje a nossa equipe é referência.
5-CEM 02, CEM 01 e CEF 03- aprendendo a (re) aprender.
Saí da direção e voltei para a regência, uma década depois, estava eu, diante de turmas e turmas, apesar de experiente, novamente contei com os colegas para desenvolver o meu trabalho. Sempre valorizei o trabalho em grupo e foi assim que aprendi a trazer para o meu cotidiano o olhar e pensar do aluno, a interdisciplinaridade e contextualização que conhecia sob o ponto de vista de direção, já que como professor nunca tinha colocado em prática.
“O Novo Ensino Médio proposto pelo MEC sugere um currículo voltado para o desenvolvimento de competências, no qual a interdisciplinaridade e a contextualização permeiem a prática pedagógica. Educar para a vida, preparar para o mundo do trabalho, superar o "rótulo" de "ante-sala da Universidade": este é o papel assumido pelo Ensino Médio. Neste novo contexto, formar alunos críticos, autônomos e protagonistas, instrumentalizados para múltiplas leituras e possibilidades de intervenção em sua realidade, é tarefa que exige esforço conjunto dos professores. Formados em sua maioria em cursos nos quais as dicotomias teoria/prática e ensino/pesquisa eram a tônica, nossos professores têm dificuldade para refletir, confrontar e reformular suas práticas pedagógicas. O que fazer? Como fazer? Esta angústia se reflete nas falas e na resistência à proposta de mudança”. (WWW.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002) Nos últimos anos tenho me dedicado a desenvolver e trabalhar em projetos que permitam uma melhor aprendizagem e uma efetiva participação do meu aluno no processo de aprendizagem. Artconexão, Artmix, Em Cena, Brasília - Ângulos e Formas, Café com Poesia, Planeta Verde, Arte e Cultura Popular, Olharte, Capazes e Talentosos, Revendo a História da Arte, Aurora e o Pensar e Construir, com eles consegui responder a quase todas as perguntas do MÓDULOIII e do Fórum de Discussão, com eles sou um novo profissional. Aprendi a (re) aprender. Sou em eterno aprendiz.
6-Bibliografia
ALMEIDA, Laurinda R.; BRUNO, Eliane B. G.; CHRISTOV, Luiza Helena da S. (Org.) O Coordenador pedagógico e a formação docente. São Paulo: Loyola, 1999. 93p.FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências e desafios. São Paulo, 1998. 55p.GUIMARÃES, Ana Archangelo et al. O Coordenador pedagógico e a educação continuada. São Paulo, Loyola. 7. ed.,2004. 55 p.LÜCK, Heloísa et al. A escola participativa o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro, DP&A. 6. ed., 2002. 166 p.
SPOSITO, Marília Pontes (org.). Juventude e escolarização (1980-1998). Brasília: INEP/MEC, 2002, 317p. (Série Estada do Conhecimento nº 7)
Perrenoud, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre, Artmed Editora, 2001
Santos, Edméa Oliveira dos. Pedagogia de projetos: (Re) significando a práxis pedagógica. Revista de Educação CEAP, vol. 8, nº 31, Salvador, dez./fev., 2000/2001
Schön, Donald A. "Formar professores como profissionais reflexivos": Os professores e sua formação. Nóvoa (org.). Lisboa, Dom Quixote, 1992
Tedesco, Juan Carlos. O novo pacto educativo. São Paulo, Editora Ática, 1998.
Um breve exercício, uma longa jornada.
O desenvolvimento da competência comunicativa está relacionado à capacidade de o usuário da língua saber interpretar e empregar um maior número de recursos da língua, seja na modalidade escrita, seja na falada, de forma adequada em diferentes situações de interação comunicativa (formais e informais). A segunda atividade, que propõe um trabalho de ampliação dos usos de língua, mostrando como cada falante usaria de recursos comunicativos (e argumentativos) de acordo com o seu interlocutor, seu propósito, ou intenção , permite trabalhar a oralidade e desenvolve a referida competência em nossos alunos.
Escolhi a situação descrita na letra "c", como se fosse uma dondoca descrevendo a casa para a querida amiga e pedi a duas ex-alunas, hoje trabalho em outra unidade de ensino que escrevessem o texto, que ficou assim:
“Pat, a casa é linda. Tem um hall e uma big sala, com um pé-direito double ma-ra-vi-lho-so. No teto um lustre high tech. Ai, amiga, puro design. Falei na hora para Amauri, compra darling, compra. Pagamos em cash. Nem te conto, no andar de cima, são três quartos, to-dos com suítes masters, os banheiros têm hidros. Imagino eu e Amauri no maior love, ai. Olha só, eu ia me esquecendo da cozinha, que eu nem entrei, mas disseram que era do tipo funcional. O jardim é um lugar lindo, bem contemporâneo, chique. Agora o melhor de tudo: a nossa house fica perto do Shopping, já imaginou... não é over.” (Sandra e Geórgia, 3ªsérie, CEM 01 Gama).
Ao receber o texto, não fiz correções e pedi que me explicassem como foi o processo de criação. As referidas alunas informaram que pensaram em uma mulher jovem, “patricinha”, apenas com o ensino fundamental, mas que deu sorte, pois se casou com um homem rico, adora sexo, utiliza freqüentemente expressões da língua inglesa, leitora visual da revista Caras. Para construção do texto, pediram auxílio à professora de inglês e gostariam de desenvolver uma atividade desse tipo em sala,de preferência com dramatização.
Podemos considerar erro em linguagem quando temos formas ou construções que travam a comunicação, que a impedem, em termos fonético, morfológico, sintático, semântico e/ou pragmáticos, por fugirem à regularidade natural de uso dessa língua dentro da comunidade de falantes, ou seja, conforme cada dialeto. Ao construírem o texto as alunas demonstraram isso não ocorre, embora a personagem, cometa vícios de linguagem, o estrangeirismo, atentando contra o padrão formal, a mensagem textual é clara.
É importante lembrar que uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua, depende da situação, não existindo uniformidade no uso de uma dela. Também é preciso compreender que existem variações de época, de região, de classes sociais, e etc. Celso Cunha, em Uma política do idioma, afirma que "nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações. (...) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção”.
A nossa dondoca extrapola, mas basta um passeio pelos centros comerciais, estudar os anúncios publicitários, conversar com vendedores, ler revistas de decoração, utilizar a internet que perceberemos a utilização de expressões estranhas à nossa língua. Não há volta, aos poucos nos apropriamos de expressões ou palavras e vamos transformando a nossa língua, o processo começa pela fala. São situações que existem e muitos professores ignoram. Ao desconhecer a realidade do aluno, a sua prática se distancia , tornando-se ineficaz. O ensino do padrão formal, nosso objetivo, deve ser feito a partir de duas vertentes: a realidade de nosso tempo e a do aluno, assim alcançaremos o sucesso, sem imposições, apenas mostrando o caminho necessário para o domínio da nossa língua e conseqüentemente o sucesso, pois como dizia o Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica."
Referências bibliográficas
CUNHA, Celso. Uma Política do Idioma.Disponível em www.filologia.org.br/revista/artigo/htm. .Acessado em 16/08/2008
TRAVAGLIA, Luiz Carlos . Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no primeiro e segundo graus. S.P. Cortez, 1996. pp 41-66
MARCUSCHI, L. A. A concepção de língua falada nos manuais de português de 1º e 2º graus:uma visão crítica. Trabalhos em Lingüística Aplicada, Campinas,SP: UNICAMP/IEL, n.30, 1997.
O desenvolvimento da competência comunicativa está relacionado à capacidade de o usuário da língua saber interpretar e empregar um maior número de recursos da língua, seja na modalidade escrita, seja na falada, de forma adequada em diferentes situações de interação comunicativa (formais e informais). A segunda atividade, que propõe um trabalho de ampliação dos usos de língua, mostrando como cada falante usaria de recursos comunicativos (e argumentativos) de acordo com o seu interlocutor, seu propósito, ou intenção , permite trabalhar a oralidade e desenvolve a referida competência em nossos alunos.
Escolhi a situação descrita na letra "c", como se fosse uma dondoca descrevendo a casa para a querida amiga e pedi a duas ex-alunas, hoje trabalho em outra unidade de ensino que escrevessem o texto, que ficou assim:
“Pat, a casa é linda. Tem um hall e uma big sala, com um pé-direito double ma-ra-vi-lho-so. No teto um lustre high tech. Ai, amiga, puro design. Falei na hora para Amauri, compra darling, compra. Pagamos em cash. Nem te conto, no andar de cima, são três quartos, to-dos com suítes masters, os banheiros têm hidros. Imagino eu e Amauri no maior love, ai. Olha só, eu ia me esquecendo da cozinha, que eu nem entrei, mas disseram que era do tipo funcional. O jardim é um lugar lindo, bem contemporâneo, chique. Agora o melhor de tudo: a nossa house fica perto do Shopping, já imaginou... não é over.” (Sandra e Geórgia, 3ªsérie, CEM 01 Gama).
Ao receber o texto, não fiz correções e pedi que me explicassem como foi o processo de criação. As referidas alunas informaram que pensaram em uma mulher jovem, “patricinha”, apenas com o ensino fundamental, mas que deu sorte, pois se casou com um homem rico, adora sexo, utiliza freqüentemente expressões da língua inglesa, leitora visual da revista Caras. Para construção do texto, pediram auxílio à professora de inglês e gostariam de desenvolver uma atividade desse tipo em sala,de preferência com dramatização.
Podemos considerar erro em linguagem quando temos formas ou construções que travam a comunicação, que a impedem, em termos fonético, morfológico, sintático, semântico e/ou pragmáticos, por fugirem à regularidade natural de uso dessa língua dentro da comunidade de falantes, ou seja, conforme cada dialeto. Ao construírem o texto as alunas demonstraram isso não ocorre, embora a personagem, cometa vícios de linguagem, o estrangeirismo, atentando contra o padrão formal, a mensagem textual é clara.
É importante lembrar que uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua, depende da situação, não existindo uniformidade no uso de uma dela. Também é preciso compreender que existem variações de época, de região, de classes sociais, e etc. Celso Cunha, em Uma política do idioma, afirma que "nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações. (...) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção”.
A nossa dondoca extrapola, mas basta um passeio pelos centros comerciais, estudar os anúncios publicitários, conversar com vendedores, ler revistas de decoração, utilizar a internet que perceberemos a utilização de expressões estranhas à nossa língua. Não há volta, aos poucos nos apropriamos de expressões ou palavras e vamos transformando a nossa língua, o processo começa pela fala. São situações que existem e muitos professores ignoram. Ao desconhecer a realidade do aluno, a sua prática se distancia , tornando-se ineficaz. O ensino do padrão formal, nosso objetivo, deve ser feito a partir de duas vertentes: a realidade de nosso tempo e a do aluno, assim alcançaremos o sucesso, sem imposições, apenas mostrando o caminho necessário para o domínio da nossa língua e conseqüentemente o sucesso, pois como dizia o Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica."
Referências bibliográficas
CUNHA, Celso. Uma Política do Idioma.Disponível em www.filologia.org.br/revista/artigo/htm. .Acessado em 16/08/2008
TRAVAGLIA, Luiz Carlos . Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no primeiro e segundo graus. S.P. Cortez, 1996. pp 41-66
MARCUSCHI, L. A. A concepção de língua falada nos manuais de português de 1º e 2º graus:uma visão crítica. Trabalhos em Lingüística Aplicada, Campinas,SP: UNICAMP/IEL, n.30, 1997.
Construção do pré-projeto( fragmento)
1-Tema: A representação dos textos poéticos de autores negros para os alunos do ensino médio.
2-Justificativa
Quando ensinamos Literatura Brasileira para os nossos alunos, seguimos a estrutura tradicional, ou seja, trabalhamos por Escolas, toda a análise textual é feita a partir dessa estrutura, o formato está presente em todos os livros didáticos e no Currículo Básico das Escolas Públicas do DF e não há nesses dois a presença ou estudo de autores afro- descendentes e suas as temáticas.
Portanto, a escolha do tema e o desenvolvimento do trabalho demonstrarão que é imperativo para os professores de Língua e Literatura Brasileira, trabalhar com a análise literária dos textos poéticos dos autores escolhidos, não somente pela necessidade de se implementar a Lei 11.645/08, mas pela reflexão e mudança de nossas concepções teóricas que modificam a visão de nossa sociedade e do fazer pedagógico, proporcionados por eles.
3- Problemas
A escola pública não pode ficar alheia as mudanças surgidas a partir de discussões, e promulgação de leis que permitem a sociedade resgatarem a sua história ou rumar para a construção de uma sociedade sem preconceitos e que oportunize a todos a mesmo tratamento, é o que em poucas palavras representa a Lei 11.645/08.
Os atuais artigos 26-A e 79-B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, instituídos pela Lei 11.645/08, bem como as suas Diretrizes Curriculares Nacionais, estabeleceram a obrigatoriedade do ensino de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras no ensino básico. Porém, o cumprimento dessa obrigatoriedade legal pelos sistemas de ensino e, conseqüentemente, pelos educadores tem sido praticamente ignorado, pois se trata de uma proposição que exige, entre outras coisas: Uma postura crítica frente às relações raciais, que no Brasil, como mostram várias pesquisas e análises, sobre a influência de um racismo que acredita na inferioridade de africanos e afro-descendentes e dos preconceitos dele oriundos e trata-se também de uma postura de reconhecimento e valorização da diversidade étnica.
A inclusão de autores afro-descendentes e sua produção/ temáticas, notadamente na poesia, conduzem o aluno do ensino médio a uma nova visão sobre a nossa Literatura, contribuindo para o reconhecimento da diversidade étnica de nosso país e a construção de novas perspectivas interculturais.
Neste trabalho, os autores e textos escolhidos estarão entre os mais relevantes e ao mesmo tempo entre os marginalizados como: Luis Gama, José Carlos Limeira, Jônatas Conceição da Silva, Ele Semog, Domício Proença, Solano Trindade, etc.
Diante destas considerações a presente monografia pretende afirmar que o ensino da Literatura Brasileira como é feito hoje não permite uma visão real do universo negro, uma vez que há estereótipos e interpretar através de um breve histórico as causas e conseqüências na formação da visão social do aluno, assim como também chamar atenção do professor para o problema e demonstrar a possibilidade da construção de uma Literatura,realmente brasileira, com a inclusão de textos dos autores afro-descendentes que permitem aos alunos e professores do Ensino Médio o acesso as temáticas sobre o universo negro.
E é neste aspecto que a lei servirá como divisor, entre o que se ensinava e como se deve construir a nova prática, tudo em benefício do desenvolvimento pleno do aluno e que sabe da revisão de nossos velhos (pré) conceitos.
A questão que norteará a pesquisa será a seguinte: o que representa o estudo de textos poéticos dos autores afro-descendentes para os alunos do Ensino Médio da Rede Pública do DF?
4-Objetivos
4.1. Objetivo geral
Investigar as representações textuais poéticas dos autores afro-descendentes, a partir da teorização sobre a visão de mundo dos os autores, quanto uma reflexão sobre estudo dos mesmos no ensino médio das escolas da Rede Pública do DF.
4.2. Objetivos Específicos
.Verificar os princípios legais e teóricos, em especial as proposições da Lei 11.645/08, LDB, PCNs e do Currículo Básico das Escolas Públicas do DF - Ensino Médio, conhecendo a aspectos facilitadores e obstados que permeiam a realidade enfrentada pelos professores e alunos;
.Analisar as representações que abrangem imagens desmitificadas e sem estereótipos a respeito do universo negro, compreendendo o contexto, infra-estrutura e os mecanismos textuais poéticos dos autores escolhidos.
.Propor para o professor uma seqüência didática que possibilitem o estudo dos textos/temáticas.
5-Referencial teórico
5.1-Aspectos legais-Considerações
A construção de uma nação democrática requer também proposições que permitam o resgate e a inclusão de aspectos que contribuíram para sua formação. Neste sentido a Lei 9.394/96 e as alterações presentes no texto da Lei11. 645/08,representam um avanço, por sinalizarem que é através da educação que se fará a transposição dessa forma de agir e pensar para uma outra, ou seja , possibilitando que as próximas gerações usufruam de uma sociedade sem preconceitos e compreendam e valorizem toda a sua a diversidade.
Para que a implementação ocorra, não basta apenas elaboração de leis complementares, portarias ou instruções legais, é necessária antes de tudo a capacitação dos professores da educação básica e superior e pessoas graduadas nestas áreas e ciências afins para que possas atuar no ensino e na pesquisa sobre a história e a cultura africanas e afro-americanas, bem como na assessoria de instituições públicas e da sociedade civil que promovem ações de desenvolvimento social da população negra e de promoção da sua história e cultura.
O presente trabalho se propõe a tratar três aspectos que estão relacionados com a educação, e que de certa forma também são ignorados, apesar dos referenciais e proposições presentes nos PCNS e Currículo Básico das Escolas Públicas do DF - Ensino Médio 2000 e 2008, são eles: a cultura, a memória e a representação textual poética de autores afro-descendentes. Para possibilitar a construção de uma prática, deve-se, estabelecer uma relação temática dos três aspectos com o ensino da literatura. Na última década, buscou-se a inclusão, o acesso e permanência dos alunos no ensino médio, mas como garantir uma educação de fato cidadã ignorando a experiência humana entendida como cultura. Assim, deve o professor de literatura, entender que a educação, a memória e a cultura complementam-se, uma depende da outra.
5.2 - Presença Afro na literatura brasileira
Em um artigo publicado no jornal O Globo de28 de abril 2007, “o poeta Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, um dos fundadores dos "Cadernos Negros", afirma que o verdadeiro artista, qualquer que seja sua origem, tem como transcender sua realidade e fazer uma literatura que se identifique com a vivência dos negros. Mas ele defende a designação "negro-brasileira", que nos distanciaria de "uma colonização africana" e da idéia de descendência, já que mais importante seria a vivência - por exemplo, a vivência do preconceito.
De acordo com Esmeralda Ribeiro, do movimento de escritores Quilombhoje, responsável pela edição dos "Cadernos Negros", o objetivo da lei é que a cultura afro-brasileira, em vez de tema de uma disciplina exclusiva, como muita gente a entendeu, passe a ser ensinada nas que já existem, como história ou literatura. ”Portanto, deve o professor trabalhar os textos poéticos dos autores afro-descedentes dentro da perspectiva literária, percebendo as temáticas por eles trabalhadas dentro do universo poético e negro. É preciso cuidar do planejamento para não tornar as análises um momento de discussões inúteis sobre a questão étnico-racial, mas possibilitar ao aluno estudos livres de estereótipos.
5.3- O estudo da textual.
Ao trabalhar com textos poéticos, o professor deve elaborar atividades instigadoras para os alunos, os quais analisaram o uso da língua e de todas as possibilidades que esta proporciona o que enriquece – e muito – o processo de ensino-aprendizagem de língua materna, além de colaborar para a instauração de um ambiente que favoreça o gosto pela leitura. É preciso que se associe prazer e saber, conduzindo o discente a várias leituras, estimulando, sempre, a percepção das diversas camadas das construções poéticas, além de propiciar a discussão acerca dos autores e de seus textos. Portanto, a escolha textual por parte do professor inicia um estudo bastante rico, devendo se adequar ao perfil dos discentes ou ser fundamentada no currículo.
1-Tema: A representação dos textos poéticos de autores negros para os alunos do ensino médio.
2-Justificativa
Quando ensinamos Literatura Brasileira para os nossos alunos, seguimos a estrutura tradicional, ou seja, trabalhamos por Escolas, toda a análise textual é feita a partir dessa estrutura, o formato está presente em todos os livros didáticos e no Currículo Básico das Escolas Públicas do DF e não há nesses dois a presença ou estudo de autores afro- descendentes e suas as temáticas.
Portanto, a escolha do tema e o desenvolvimento do trabalho demonstrarão que é imperativo para os professores de Língua e Literatura Brasileira, trabalhar com a análise literária dos textos poéticos dos autores escolhidos, não somente pela necessidade de se implementar a Lei 11.645/08, mas pela reflexão e mudança de nossas concepções teóricas que modificam a visão de nossa sociedade e do fazer pedagógico, proporcionados por eles.
3- Problemas
A escola pública não pode ficar alheia as mudanças surgidas a partir de discussões, e promulgação de leis que permitem a sociedade resgatarem a sua história ou rumar para a construção de uma sociedade sem preconceitos e que oportunize a todos a mesmo tratamento, é o que em poucas palavras representa a Lei 11.645/08.
Os atuais artigos 26-A e 79-B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, instituídos pela Lei 11.645/08, bem como as suas Diretrizes Curriculares Nacionais, estabeleceram a obrigatoriedade do ensino de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras no ensino básico. Porém, o cumprimento dessa obrigatoriedade legal pelos sistemas de ensino e, conseqüentemente, pelos educadores tem sido praticamente ignorado, pois se trata de uma proposição que exige, entre outras coisas: Uma postura crítica frente às relações raciais, que no Brasil, como mostram várias pesquisas e análises, sobre a influência de um racismo que acredita na inferioridade de africanos e afro-descendentes e dos preconceitos dele oriundos e trata-se também de uma postura de reconhecimento e valorização da diversidade étnica.
A inclusão de autores afro-descendentes e sua produção/ temáticas, notadamente na poesia, conduzem o aluno do ensino médio a uma nova visão sobre a nossa Literatura, contribuindo para o reconhecimento da diversidade étnica de nosso país e a construção de novas perspectivas interculturais.
Neste trabalho, os autores e textos escolhidos estarão entre os mais relevantes e ao mesmo tempo entre os marginalizados como: Luis Gama, José Carlos Limeira, Jônatas Conceição da Silva, Ele Semog, Domício Proença, Solano Trindade, etc.
Diante destas considerações a presente monografia pretende afirmar que o ensino da Literatura Brasileira como é feito hoje não permite uma visão real do universo negro, uma vez que há estereótipos e interpretar através de um breve histórico as causas e conseqüências na formação da visão social do aluno, assim como também chamar atenção do professor para o problema e demonstrar a possibilidade da construção de uma Literatura,realmente brasileira, com a inclusão de textos dos autores afro-descendentes que permitem aos alunos e professores do Ensino Médio o acesso as temáticas sobre o universo negro.
E é neste aspecto que a lei servirá como divisor, entre o que se ensinava e como se deve construir a nova prática, tudo em benefício do desenvolvimento pleno do aluno e que sabe da revisão de nossos velhos (pré) conceitos.
A questão que norteará a pesquisa será a seguinte: o que representa o estudo de textos poéticos dos autores afro-descendentes para os alunos do Ensino Médio da Rede Pública do DF?
4-Objetivos
4.1. Objetivo geral
Investigar as representações textuais poéticas dos autores afro-descendentes, a partir da teorização sobre a visão de mundo dos os autores, quanto uma reflexão sobre estudo dos mesmos no ensino médio das escolas da Rede Pública do DF.
4.2. Objetivos Específicos
.Verificar os princípios legais e teóricos, em especial as proposições da Lei 11.645/08, LDB, PCNs e do Currículo Básico das Escolas Públicas do DF - Ensino Médio, conhecendo a aspectos facilitadores e obstados que permeiam a realidade enfrentada pelos professores e alunos;
.Analisar as representações que abrangem imagens desmitificadas e sem estereótipos a respeito do universo negro, compreendendo o contexto, infra-estrutura e os mecanismos textuais poéticos dos autores escolhidos.
.Propor para o professor uma seqüência didática que possibilitem o estudo dos textos/temáticas.
5-Referencial teórico
5.1-Aspectos legais-Considerações
A construção de uma nação democrática requer também proposições que permitam o resgate e a inclusão de aspectos que contribuíram para sua formação. Neste sentido a Lei 9.394/96 e as alterações presentes no texto da Lei11. 645/08,representam um avanço, por sinalizarem que é através da educação que se fará a transposição dessa forma de agir e pensar para uma outra, ou seja , possibilitando que as próximas gerações usufruam de uma sociedade sem preconceitos e compreendam e valorizem toda a sua a diversidade.
Para que a implementação ocorra, não basta apenas elaboração de leis complementares, portarias ou instruções legais, é necessária antes de tudo a capacitação dos professores da educação básica e superior e pessoas graduadas nestas áreas e ciências afins para que possas atuar no ensino e na pesquisa sobre a história e a cultura africanas e afro-americanas, bem como na assessoria de instituições públicas e da sociedade civil que promovem ações de desenvolvimento social da população negra e de promoção da sua história e cultura.
O presente trabalho se propõe a tratar três aspectos que estão relacionados com a educação, e que de certa forma também são ignorados, apesar dos referenciais e proposições presentes nos PCNS e Currículo Básico das Escolas Públicas do DF - Ensino Médio 2000 e 2008, são eles: a cultura, a memória e a representação textual poética de autores afro-descendentes. Para possibilitar a construção de uma prática, deve-se, estabelecer uma relação temática dos três aspectos com o ensino da literatura. Na última década, buscou-se a inclusão, o acesso e permanência dos alunos no ensino médio, mas como garantir uma educação de fato cidadã ignorando a experiência humana entendida como cultura. Assim, deve o professor de literatura, entender que a educação, a memória e a cultura complementam-se, uma depende da outra.
5.2 - Presença Afro na literatura brasileira
Em um artigo publicado no jornal O Globo de28 de abril 2007, “o poeta Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, um dos fundadores dos "Cadernos Negros", afirma que o verdadeiro artista, qualquer que seja sua origem, tem como transcender sua realidade e fazer uma literatura que se identifique com a vivência dos negros. Mas ele defende a designação "negro-brasileira", que nos distanciaria de "uma colonização africana" e da idéia de descendência, já que mais importante seria a vivência - por exemplo, a vivência do preconceito.
De acordo com Esmeralda Ribeiro, do movimento de escritores Quilombhoje, responsável pela edição dos "Cadernos Negros", o objetivo da lei é que a cultura afro-brasileira, em vez de tema de uma disciplina exclusiva, como muita gente a entendeu, passe a ser ensinada nas que já existem, como história ou literatura. ”Portanto, deve o professor trabalhar os textos poéticos dos autores afro-descedentes dentro da perspectiva literária, percebendo as temáticas por eles trabalhadas dentro do universo poético e negro. É preciso cuidar do planejamento para não tornar as análises um momento de discussões inúteis sobre a questão étnico-racial, mas possibilitar ao aluno estudos livres de estereótipos.
5.3- O estudo da textual.
Ao trabalhar com textos poéticos, o professor deve elaborar atividades instigadoras para os alunos, os quais analisaram o uso da língua e de todas as possibilidades que esta proporciona o que enriquece – e muito – o processo de ensino-aprendizagem de língua materna, além de colaborar para a instauração de um ambiente que favoreça o gosto pela leitura. É preciso que se associe prazer e saber, conduzindo o discente a várias leituras, estimulando, sempre, a percepção das diversas camadas das construções poéticas, além de propiciar a discussão acerca dos autores e de seus textos. Portanto, a escolha textual por parte do professor inicia um estudo bastante rico, devendo se adequar ao perfil dos discentes ou ser fundamentada no currículo.
Curso de Especialização para Professores do Ensino Médio
do Governo do Distrito Federal
Reflexões
No portal do d MEC encontra-se todas as informações necessárias para a compreensão da política governamental para a Educação Básica e no nosso caso a ideologia e as propostas para o ensino médio, visualizam-se também alguns dados, mas não é fácil entender a distância existente entre o discurso e a prática, apesar de todos os estudos, discussões, fóruns estatísticas e investimentos, não se oferta aos nossos jovens uma educação básica de qualidade. É preciso sair da esfera governamental, partir para os estudos acadêmicos e olhar para a nossa prática e entendermos essa dicotomia. A avaliação propõe discorrer sobre os questionamentos apontados no texto, no entanto a resposta para já se sabe: Deve-se ofertar uma educação de qualidade e transformadora. O presente texto se propõe agora a explicitá-la.
Oferecer aos nossos jovens uma educação que vá além do operacional depende antes de tudo de uma política governamental voltada para o desenvolvimento não só de uma mão de obra qualificada, mas também que possibilite o exercício pleno da cidadania. De nada adianta treinar, instrumentalizar e qualificar sem antes desenvolver a capacidade de reflexão, compreensão e questionamento. Em “O Admirável Mundo Novo” [Aldous Huxley] temos a representação literária de uma sociedade criada pela força maquiavélica dos mais favorecidos que manipulam, criam uma nova divisão social e condicionam o pensamento humano. A referida obra é um reflexo da sociedade industrial idealizada por Henry Ford. Os autores do módulo II apontam os novos caminhos para a educação básica, portanto não se pode falar em Estado democrático, se não há cidadãos. O mundo evolui, mas importância da educação continua a mesma.
O texto universitário possibilita várias reflexões a partir do pensamento de Frigotto, explicitado na página 1, admitindo que o trabalho faça parte da vida humana, portanto, é obrigação do Estado preparar os seus jovens para enfrentá-lo. Não se pode oferecer em um ensino médio que não tenha essa dimensão. Infelizmente os nossos governantes não priorizaram essa modalidade, a LDB, apesar de representar um avanço, não revolucionou a forma de pensar e nem significou novos investimentos e a nossa sociedade desarticulada não percebeu a gravidade da situação. O resultado do ENEM demonstra que aluno do ensino médio não possui as competências necessárias, dentre elas, o domínio da Língua Portuguesa. Não desenvolve habilidades, como a de interpretar, como prosseguir?
O profissional não e separa do indivíduo, e se ele é incapaz de fazer leituras, de se expressar, como ampliar plenamente a liderança, a organização, a iniciativa?A LDB aprovada em 1996 e “alterada” em 2004, que alguns críticos denominam de reforma da reforma, parece ser o caminho. O problema é conjuntural e deve ser resolvido em todos os seus níveis. Ressalta-se que o desenvolvimento da cidadania não pode está dissociado da formação profissional e vice-versa. Portanto, ao jovem se deve possibilitar a apreensão dos fundamentos cientiífico-tecnológicos e dos processos produtivos.
Nos últimos anos acompanhamos várias transformações, rever as abstrações propostas pelo texto da avaliação é possibilitar a alteração de nossa visão sobre conceitos arraigados, que permearam a nossa educação, em relação à cultura, ciência e trabalho, Ana Canen (2000) nos leva a uma nova visão sobre esses temas: “Vivemos em um mundo globalizado, mas altamente diversificado culturalmente. Este é o desafio do novo milênio. Temos assistido a avanços tecnológicos que trazem culturas plurais e eventos mundiais para o interior de nossos lares. Ao mesmo tempo, apesar deles, temos também assistido a fenômenos de desvalorização do outro...” o progresso tecnológico exige uma nova postura educacional e a formulação de novas considerações sobre ciência e trabalho. A globalização não diz respeito apenas à economia, ela modificou a forma de interagirmos. Outra conseqüência é a pluralidade cultural, estamos conectados ao mundo, são muitas informações, os conceitos citados, serviram para demonstrar o desprezo das classes dominantes. Hoje não dá mais, o Brasil busca um lugar no mundo desenvolvido e só a mudança de paradigmas e o investimento efetivo na educação é que possibilitaram esse objetivo.
Sou professor do Ensino Fundamental, trabalho com a sétima série, tenho a preocupação com o envolvimento de competências e habilidades da minha área. Por cinco anos fui diretor do antigo CG, CED01, atual CEM 01 do Gama, trabalhávamos com 148 professores e tínhamos em média 3.600 alunos matriculados na educação profissional, Lei 5692/71, presenciei todas as discussões sobre as perspectivas para essa modalidade e também as discussões sobre a implantação da nova LDB, mas por determinação da Secretaria de Educação, a escola deixou de ofertar à sua comunidade a educação profissional, tornando-se uma instituição de ensino médio. Hoje procura sua identidade, 46 anos de uma prática pedagógica foram ignorados e até hoje, apesar dos excelentes profissionais .
As minhas experiências possibilitam a crença na pedagogia de projetos. Desenvolvo atividades baseadas na arte, tecnologia, criatividade e interatividade buscando o caminho para a construção de uma educação de qualidade e mais humana, acredito que esta seja a minha missão.
Reflexões
Com vinte e três de magistério, ainda objetivo alternativas que transformem a minha prática e quem sabe possibilitem ao meu aluno o desenvolvimento e aquisição de competências que permitam a todos eles o exercício pleno da cidadania, lembrando Foucambert: apenas alfabetizar a população, dar-lhe acesso ao código sem dar-lhe acesso ao mundo da escrita está longe de representar uma possibilidade de fazer de um indivíduo um cidadão. É preciso pensar, (re) ver e (re) agir, o mundo está diferente, cada vez mais dinâmico, mudanças ocorrem em uma velocidade nunca vista. Necessito trabalhar para que o discente consiga,mesmo que parcialmente, dominar o uso da linguagem mais complexa e menos cotidianas, em leituras e compreensão de textos orais e escritos,olho para o PCN, sempre.
O texto de Lobato é engajado, permitindo além uma grata leitura, a análise crítica, encaminhando o leitor a estudos lingüísticos e de rupturas gramaticais. Interessante que tais possibilidades são admissíveis, mesmo para leitores com letramento de diferentes níveis. Portanto, não há com divergir do autor, sabendo-se que a leitura literária faz parte da ampliação do letramento, o que significa também o crescimento qualitativo das informações na memória, ou seja, na bagagem cultural do leitor/discente.
Apesar da diminuição de analfabetos em nosso país, o nível de letramento de nosso povo permitiu um afastamento ainda maior da língua culta, vale ressaltar que língua literária pode ser considerada uma variação artística, no referido texto o desvio do padrão foi esteticamente necessário, para demonstrar as divergências ou mudanças existentes entre os padrões existentes, especialmente no campo da oralidade, que é um tema atualíssimo, pode-se tomar como referência os neologismos e o desuso do pronome pessoal tu. Outro aspecto importante, a leitura literária permite um modo de ler próximo a realidade conhecida pelo leitor, estabelecendo outras relações importantes para a formação de sua consciência.
A língua é uma realidade viva e em constante mutação. Por isso, o domínio do nosso idioma é decisivo para o discente, e para obtê-lo se faz necessária a compreensão do caráter mutante que ela possui. O que hoje representa uma forma inadequada pode no futuro transformar-se em usual, podendo inclusive se considerada s padrão. Os estudos diacrônicos demonstram que esse tipo de atividade é muito comum, sendo um dos principais fatores de oxigenação de nossa língua, conclui-se que as mudanças ocorrem por diversos fatores, sejam eles geográfico e ou socioculturais, mas a transposição para outra prática só acontece quando um grupo aceita, utiliza e impõe a nova maneira de falar e/ ou escrever. Isso significa que a professor não pode criar no aluno a equivocada noção de que falar ou escrever não têm nada que ver com gramática.
O autor deixa bem claro que não há como deter as transformações, uma vez que a língua não tem dono, pertence ao povo, que soberanamente, faz as modificações necessárias, não se submetendo da Gramática Normativa que para Bagno (2000) representa um “mecanismo ideológico de poder e de controle de uma camada social sobre as demais, formou-se essa “falsa consciência” coletiva de que os usuários de uma língua necessitam da Gramática Normativa como se ela fosse uma espécie de fonte mística da qual emana a língua “pura”. Foi assim que a língua subordinou-se à gramática.”
Quando trabalhamos com o aluno, observamos que a aprendizagem processa-se ancorada na interação entre professor e alunos, alunos e alunos e entre alunos e material didático. Um texto tão rico e interessante, com tantas informações, deve ser usado de uma forma bem lúdica, num primeiro momento, uma leitura oral e, a seguir, promoção de uma conversa informal sobre ele, perguntando, por exemplo, se os alunos gostaram ou não e por que, se acharam o texto infantil e atual, etc. Os alunos devem observar também sobre as marcas próprias dos textos de gênero narrativo: a estrutura- personagem, enredo, discurso, ambiente, bem como as observações que são feitas a respeito dos diálogos e as que estão entre parênteses. O próximo passo pode ser uma leitura dramática, feita por vários alunos, cada um assumindo os personagens. Próximo, , elaborar uma analise escrita, com questões que permitam não só compreensão, mas a extrapolação do mesmo, evidenciando os fenômenos de variação e mudança, inerentes às línguas humanas, desenvolvendo assim as competências necessárias para o domínio e compreensão da língua e as habilidades de: leitura, interpretação e representação de um texto literário. Parte o planejamento deve ser feito em sala de aula, acatando a sugestão dos alunos, para inclusive definir o processo de avaliação.
A construção de uma nova prática não é uma tarefa fácil, requer a quebra de paradigmas e abandono de fórmulas exaustivamente utilizadas, mas é uma experiência que realmente merece se vivida. É preciso atentar para que esse ensino mais sistematizado da gramática seja visto em uso e para o uso, constatando-se sua funcionalidade e procurando-se inseri-lo em situações reais ou que se aproximem o máximo possível dessa realidade (PRESTES, 1996).
BIBLIOGRAFIA
BAGNO, Marcos. Dramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Loyola, 2000.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília. FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. Ensino de português como elemento consciente de
Com vinte e três de magistério, ainda objetivo alternativas que transformem a minha prática e quem sabe possibilitem ao meu aluno o desenvolvimento e aquisição de competências que permitam a todos eles o exercício pleno da cidadania, lembrando Foucambert: apenas alfabetizar a população, dar-lhe acesso ao código sem dar-lhe acesso ao mundo da escrita está longe de representar uma possibilidade de fazer de um indivíduo um cidadão. É preciso pensar, (re) ver e (re) agir, o mundo está diferente, cada vez mais dinâmico, mudanças ocorrem em uma velocidade nunca vista. Necessito trabalhar para que o discente consiga,mesmo que parcialmente, dominar o uso da linguagem mais complexa e menos cotidianas, em leituras e compreensão de textos orais e escritos,olho para o PCN, sempre.
O texto de Lobato é engajado, permitindo além uma grata leitura, a análise crítica, encaminhando o leitor a estudos lingüísticos e de rupturas gramaticais. Interessante que tais possibilidades são admissíveis, mesmo para leitores com letramento de diferentes níveis. Portanto, não há com divergir do autor, sabendo-se que a leitura literária faz parte da ampliação do letramento, o que significa também o crescimento qualitativo das informações na memória, ou seja, na bagagem cultural do leitor/discente.
Apesar da diminuição de analfabetos em nosso país, o nível de letramento de nosso povo permitiu um afastamento ainda maior da língua culta, vale ressaltar que língua literária pode ser considerada uma variação artística, no referido texto o desvio do padrão foi esteticamente necessário, para demonstrar as divergências ou mudanças existentes entre os padrões existentes, especialmente no campo da oralidade, que é um tema atualíssimo, pode-se tomar como referência os neologismos e o desuso do pronome pessoal tu. Outro aspecto importante, a leitura literária permite um modo de ler próximo a realidade conhecida pelo leitor, estabelecendo outras relações importantes para a formação de sua consciência.
A língua é uma realidade viva e em constante mutação. Por isso, o domínio do nosso idioma é decisivo para o discente, e para obtê-lo se faz necessária a compreensão do caráter mutante que ela possui. O que hoje representa uma forma inadequada pode no futuro transformar-se em usual, podendo inclusive se considerada s padrão. Os estudos diacrônicos demonstram que esse tipo de atividade é muito comum, sendo um dos principais fatores de oxigenação de nossa língua, conclui-se que as mudanças ocorrem por diversos fatores, sejam eles geográfico e ou socioculturais, mas a transposição para outra prática só acontece quando um grupo aceita, utiliza e impõe a nova maneira de falar e/ ou escrever. Isso significa que a professor não pode criar no aluno a equivocada noção de que falar ou escrever não têm nada que ver com gramática.
O autor deixa bem claro que não há como deter as transformações, uma vez que a língua não tem dono, pertence ao povo, que soberanamente, faz as modificações necessárias, não se submetendo da Gramática Normativa que para Bagno (2000) representa um “mecanismo ideológico de poder e de controle de uma camada social sobre as demais, formou-se essa “falsa consciência” coletiva de que os usuários de uma língua necessitam da Gramática Normativa como se ela fosse uma espécie de fonte mística da qual emana a língua “pura”. Foi assim que a língua subordinou-se à gramática.”
Quando trabalhamos com o aluno, observamos que a aprendizagem processa-se ancorada na interação entre professor e alunos, alunos e alunos e entre alunos e material didático. Um texto tão rico e interessante, com tantas informações, deve ser usado de uma forma bem lúdica, num primeiro momento, uma leitura oral e, a seguir, promoção de uma conversa informal sobre ele, perguntando, por exemplo, se os alunos gostaram ou não e por que, se acharam o texto infantil e atual, etc. Os alunos devem observar também sobre as marcas próprias dos textos de gênero narrativo: a estrutura- personagem, enredo, discurso, ambiente, bem como as observações que são feitas a respeito dos diálogos e as que estão entre parênteses. O próximo passo pode ser uma leitura dramática, feita por vários alunos, cada um assumindo os personagens. Próximo, , elaborar uma analise escrita, com questões que permitam não só compreensão, mas a extrapolação do mesmo, evidenciando os fenômenos de variação e mudança, inerentes às línguas humanas, desenvolvendo assim as competências necessárias para o domínio e compreensão da língua e as habilidades de: leitura, interpretação e representação de um texto literário. Parte o planejamento deve ser feito em sala de aula, acatando a sugestão dos alunos, para inclusive definir o processo de avaliação.
A construção de uma nova prática não é uma tarefa fácil, requer a quebra de paradigmas e abandono de fórmulas exaustivamente utilizadas, mas é uma experiência que realmente merece se vivida. É preciso atentar para que esse ensino mais sistematizado da gramática seja visto em uso e para o uso, constatando-se sua funcionalidade e procurando-se inseri-lo em situações reais ou que se aproximem o máximo possível dessa realidade (PRESTES, 1996).
BIBLIOGRAFIA
BAGNO, Marcos. Dramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Loyola, 2000.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília. FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. Ensino de português como elemento consciente de
Costa Andrade (Angola)
" Mãe-Terra"
Terra vermelha do Lépi és minha mãe
Mãe-Terra que aos filhos dá
mais do que a vida uma razão
Razão de águia
águia transformada
no soba dos espaços
e das espinheiras cruas.
Terra vermelha do Lépi
calma sombra das mangueiras
sobre o chão vermelho
rocha negra do saber de ferro
a água sabe à voz materna
Águia de pedra
embala onde sentaram
régios Mussindas de vento
em gerações de luar
gritando ao vale profundo
aos muxitos
e ás mulembas velhas
a superfície larga do barro
do corpo negro dos filhos
A terra é sempre a mesma
o resto dirão os homens!
ARTCONEXÃO 2008
DOCENTES- ENSINO REGULAR- MATUTINO-CEF 03 GAMA DF
TRABALHANDO A INTERDISCIPLINARIDADE, CONSTRUÍDA A PARTIR DE UMA LIGAÇÃO LÓGICA ENTRE AS DIVERSAS FORMAS DE ARTE E OS TEMAS PROPOSTOS.
3ºBIMESTRE-ARTE E CULTURA POPULAR
Seminários, apresentados com o auxílio de Power Point.Pesquisas dos aspectos Geográficos, Históricos, Culturais e Artísticos.
DANÇA
5ª A
REGIÂO SUL
-Milongas.
5ª B
REGIÂO NORTE
-Caprichoso e Garantido-Parantins
.
5ª C
REGIÂO NORDESTE
- Xaxado.
5ª D
ESPANHA
- Flamenco
5ª E
REGIÂO SUDESTE
-Festa do divino ou folia de reis .
5ª F
PORTUGAL
- O Vira .
5ª G
REGIÂO CENTRO-OESTE
- Catira.
6ª A
-ANGOLA
-Dança das pretinhas de Angola, manga , Kizomba,etc
6ª B
-ITÁLIA
- Tarantella .
7ª A
O MUNDO ÁRABE
-Dança do Ventre
7ª B
JAPÃO
-Danças tradicionais e artes marciais
7ª C
MÉXICO , CUBA e PORTO RICO.
- Salsa , Rumba, Merengue,etc.-
7ª D
-JAMAICA
-ReggaE
.
7ª E
-E U A
-Hip Hop
7ª F
-ÍNDIA
-Pop indiano
Sobre todas as coisas
Sobre Todas as Coisas
Chico Buarque
Composição: Edu Lobo/Chico Buarque de Hollanda
Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus
Ao Nosso SenhorPergunte se
Ele produziu nas trevas o esplendor
Se tudo foi criado - o macho, a fêmea, o bicho, a flor
Criado pra adorar o Criador
E se o CriadorInventou a criatura por favor
Se do barro fez alguém com tanto amor
Para amar Nosso SenhorNão, Nosso Senhor
Não há de ter lançado em movimento terra e céu
Estrelas percorrendo o firmamento em carrosse
lPra circular em torno ao CriadorOu será que o deus
Que criou nosso desejo é tão cruel
Mostra os vales onde jorra o leite e o mel
E esses vales são de DeusPelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus
Chico Buarque
Composição: Edu Lobo/Chico Buarque de Hollanda
Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus
Ao Nosso SenhorPergunte se
Ele produziu nas trevas o esplendor
Se tudo foi criado - o macho, a fêmea, o bicho, a flor
Criado pra adorar o Criador
E se o CriadorInventou a criatura por favor
Se do barro fez alguém com tanto amor
Para amar Nosso SenhorNão, Nosso Senhor
Não há de ter lançado em movimento terra e céu
Estrelas percorrendo o firmamento em carrosse
lPra circular em torno ao CriadorOu será que o deus
Que criou nosso desejo é tão cruel
Mostra os vales onde jorra o leite e o mel
E esses vales são de DeusPelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus
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