Após a leitura cuidadosa do texto, abaixo, “Papai Noel às avessas”, monte uma aula de leitura, na qual você desenvolverá os seguintes aspectos:
a) A temática trabalhada neste belo conto/poema.
b) O contexto social a que o texto se refere.
c) As estratégias que o autor usa para desenvolver o tema.
d) As pistas no texto que levam às informações inferenciais.
e) As marcas estilísticas e coesivas que definem o gênero
do texto.
f) A intertextualidade presente no texto.
Papai Noel às avessas
Papai Noel entrou pela porta dos fundos
(no Brasil as chaminés não são praticáveis),
entrou cauteloso, que nem marido depois da farra.
Tateando na escuridão torceu o comutador
e a eletricidade bateu nas coisas resignadas,
coisas que continuavam coisas no mistério do Natal.
Papai Noel explorou a cozinha, com olhos espertos,
achou um queijo e comeu.
Depois tirou do bolso um cigarro que não quis acender.
Teve medo talvez de pegar fogo nas barbas postiças
(no Brasil os Papais Noéis são todos de cara raspada)
e avançou pelo corredor branco de luar.
Aquele é o quarto das crianças.
Papai entrou compenetrado.
Os meninos dormiam sonhando com outros natais muito mais lindos
mas os sapatos deles estavam cheinhos de brinquedos
soldados mulheres elefantes navios
e um presidente da república de celulóide.
Papai Noel agachou-se e recolheu aquilo tudo
no interminável lenço vermelho de alcobaça.
Fez a trouxa e deu o nó, mas apertou tanto
que lá dentro mulheres elefantes soldados presidentes brigavam por
[causa do aperto.
Os pequenos continuavam dormindo.
Longe um galo comunicou o nascimento de Cristo.
Papai Noel voltou de manso para a cozinha,
apagou a luz, saiu pela porta dos fundos.
Na horta, o luar de Natal abençoava os legumes.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Prosa e poesia.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 88.Não se esqueça de aspectos fundamentais e que estarão sendo avaliados: coesão, coerência, clareza, objetividade e originalidade, bem como os conhecimentos trabalhados no fascículo.
Atividade.
LEITURA: uma nova prática
Há muito tempo, professores de escolas públicas e particulares perderam o foco de como ensinar ao aluno primeiro conhecer a língua materna e desenvolver o gosto pela leitura. Grandes partes dos alunos ao concluírem o ensino médio têm dificuldades para interpretar um texto, de qualquer gênero, não é um leitor, mal lê, logo possuem sérios problemas de aprendizagem nas outras disciplinas. Portanto, ensinar a ler e a compreender o texto em todas as suas dimensões deve ser base do trabalho docente, como afirma Bortone (2008:7) “ler não é a mera decodificação de um texto, mas, sim, a depreensão de seu sentido e de sua coerência interna”.
Deve-se considerar que o desempenho da leitura interfere na aprendizagem de uma maneira geral, “além de promover a socialização e a cidadania do sujeito-leitor” (Lima, artigo). Uma maneira interessante de ensinar a ler e interpretar é trabalhando com a intertextualidade, proposta do plano de aula. Para Laurent (1979: 14) “a intertextualidade designa não uma soma confusa e misteriosa de influências, mas o trabalho de transformação e assimilação de vários textos, operado por um texto centralizado, que detém o comando do sentido”, no plano de aula, os textos estarão ligados pelo conteúdo. Assim constrói-se um caminho ensinar ao aluno com ler, que para Bortone (2008:8) se faz “não apenas decodificando símbolos gráficos, mas inferindo, percebendo as argumentações do produtor do texto, entendendo a intenção do autor, seja nos senti dos explícitos ou mesmo nas entrelinhas.
A aula será estruturada a partir de dois textos, um escolhido pela autora do módulo e outro por mim, denominado “A História de Papai Noel”,em anexo.A clientela será composta por alunos da primeira série do ensino médio. A atividade terá uma duração de duas aulas, denominadas duplas. Os objetivos evidenciados nos PCNs e Currículo Básico das Escolas Públicas do DF. É fundamental que o aluno ao final da aula perceba toda a composição, ou seja, todos os aspectos presentes em um texto e seja capaz identificar o tema e os assuntos dele, estabelecendo relações com outros textos e/ou contextos a partir da proposta do autor, além de apreender as estratégias utilizadas para uma leitura de estudo textual. Através da exposição oral será observado se o grupo percebe no texto e utiliza na apresentação a norma culta da Língua Portuguesa e dada a descrição discursiva dos textos é capaz de identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para realização ou interpretação do mesmo.
A atividade será desenvolvida de acordo com os seguintes passos: a turma ouvirá a música “Então é Natal”, gravada pela cantora Simone, assim além se ter a terceiro texto, usa-se a música como um elemento de apresentação dos textos que serão lidos pela turma silenciosamente e depois em voz alta, durante quinze minutos. Usando como recursos o “notebook” - apresentação dos textos em “Power Point”, o projetor de imagem e um telão. Uma aula bem diferente, o texto fora do alcance das mãos... Diante apenas dos olhos, durante 100 minutos.
Após as leituras dos textos, uns vinte minutos de atividades, cada aluno receberá um folha com seis questões, que estarão ligadas aos aspectos solicitados pela atividade, tudo adaptado à linguagem dos alunos, com conceitos básicos, termos então dez minutos de orientações e após todo esse processo a turma será dividida em seis grupos com oitos alunos, que terão vinte minutos para responderem as questões propostas. Os trinta e cinco minutos finais ficarão para as apresentações, cada grupo falará percebido sobre um aspecto percebido. Assim se fará a conclusão do trabalho, podendo, cada aluno complementar ou corrigir, após a apresentação, a fala do relator do grupo.
Como se busca ensinar a ler e interpretar textos, o planejamento rompe com alguns paradigmas e aposta antes de tudo na construção coletiva do saber, para depois, em outras atividades individualizar. Procura-se também, através da utilização da tecnologia, chamar a atenção do jovem, uma vez que a música em sala de aula é bastante comum. São várias competências e habilidades sendo trabalhadas ao mesmo tempo. Ao final da aula esses aspectos serão demonstrados aos alunos.
Portanto, ao estruturar uma atividade de leitura e interpretação, deve-se pensar no letramento. Ler significa estudar a escrita, decifrar e interpretar o sentido, reconhecer e percebê-la. Quando se transforma o aluno em leitor é porque se conseguiu ensinar que a leitura envolve vários momentos, ele entende e faz as referências, julga o valor e qualidade textual, enxerga e compara os diversos pontos de vistas e antes de tudo incorpora o leu, levando para a sua vida. Torna-se também autor de outros textos que surgem graças ao acúmulo de leituras anteriores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORTONE,Márcia Elizabeth. Competência textual: a leitura. Brasília: Editora UnB, 2008.
LIMA, Raimundo de.Para ler e compreender....Artigo.Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/071/71lima_ray.htm.Acessado%20em%2012/00/08.
JENNY, Laurent. A estratégia da forma. Poétique: revista de teoria e análise literárias, n° 27. Coimbra: Almedina, 1979
Anexo:
Texto2
A História do Papai Noel
O Papai Noel nem sempre foi como o conhecemos hoje. No início da história do Natal cristão, quem distribuía presentes durante festividades natalinas era uma pessoa real: São Nicolas. Ele vivia em lugar chamado Myra, hoje Turquia, há aproximadamente 300 anos AC. Após a morte de seus pais, Nicolas tornou-se padre.
As histórias contam que São Nicolas colocava sacos de ouro nas chaminés ou os jogava pela janela das casas. Os presentes de natal jogados pela janela caíam dentro de meias que estavam penduradas na lareira para secar. Daí a tradição natalina de pendurar meias junto à lareira para que o Papai Noel deixe pequenos presentinhos.
Alguns anos depois, São Nicolas tornou-se bispo e, por esse motivo, passou a vestir roupas e chapéu vermelhos e barba branca. Depois de sua morte, a Igreja nomeou-o santo e, com o início das celebrações de Natal, o velhinho de barba branca e roupas vermelhas passou a fazer parte das festividades de fim de ano.
Papai Noel atual: como foi construída sua imagem
O Papai Noel que conhecemos hoje surgiu em 1823, com o lançamento de “Uma visita de São Nicolas”, de Clement C. Moore. Em seu livro, Moore descrevia São Nicolas como “um elfo gordo e alegre”. Quarenta anos mais tarde, Thomas Nast, um cartunista político criou uma imagem diferente do Papai Noel, que era modificada ano a ano para a capa da revista Harper’s Weekly. O Papai Noel criado por Nast era gordo e alegre, tinha barba branca e fumava um longo cachimbo.
Entre 1931 e 1964, Haddon Sundblom inventava uma nova imagem do Papai Noel a cada ano para propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de traz da revista National Geografic. E é esta a imagem do Papai Noel que conhecemos hoje.
Fonte:http://www.presentedenatal.com.br/papai_noel.htm
Texto 3
Então É Natal
Simone
Composição: Indisponível
Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, do amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, pro enfermo e pro são.Pro rico e pro pobre, num só coração.Então bom Natal, pro branco e pro negro.Amarelo e vermelho, pra paz afinal.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, o que a gente fez?O ano termina, e começa outra vez.E Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, o amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Harehama, Há quem ama.Harehama, ha...Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...É Natal, É Natal, É Natal.
Fonte: http://letras.terra.com.br/simone/69570/
Há muito tempo, professores de escolas públicas e particulares perderam o foco de como ensinar ao aluno primeiro conhecer a língua materna e desenvolver o gosto pela leitura. Grandes partes dos alunos ao concluírem o ensino médio têm dificuldades para interpretar um texto, de qualquer gênero, não é um leitor, mal lê, logo possuem sérios problemas de aprendizagem nas outras disciplinas. Portanto, ensinar a ler e a compreender o texto em todas as suas dimensões deve ser base do trabalho docente, como afirma Bortone (2008:7) “ler não é a mera decodificação de um texto, mas, sim, a depreensão de seu sentido e de sua coerência interna”.
Deve-se considerar que o desempenho da leitura interfere na aprendizagem de uma maneira geral, “além de promover a socialização e a cidadania do sujeito-leitor” (Lima, artigo). Uma maneira interessante de ensinar a ler e interpretar é trabalhando com a intertextualidade, proposta do plano de aula. Para Laurent (1979: 14) “a intertextualidade designa não uma soma confusa e misteriosa de influências, mas o trabalho de transformação e assimilação de vários textos, operado por um texto centralizado, que detém o comando do sentido”, no plano de aula, os textos estarão ligados pelo conteúdo. Assim constrói-se um caminho ensinar ao aluno com ler, que para Bortone (2008:8) se faz “não apenas decodificando símbolos gráficos, mas inferindo, percebendo as argumentações do produtor do texto, entendendo a intenção do autor, seja nos senti dos explícitos ou mesmo nas entrelinhas.
A aula será estruturada a partir de dois textos, um escolhido pela autora do módulo e outro por mim, denominado “A História de Papai Noel”,em anexo.A clientela será composta por alunos da primeira série do ensino médio. A atividade terá uma duração de duas aulas, denominadas duplas. Os objetivos evidenciados nos PCNs e Currículo Básico das Escolas Públicas do DF. É fundamental que o aluno ao final da aula perceba toda a composição, ou seja, todos os aspectos presentes em um texto e seja capaz identificar o tema e os assuntos dele, estabelecendo relações com outros textos e/ou contextos a partir da proposta do autor, além de apreender as estratégias utilizadas para uma leitura de estudo textual. Através da exposição oral será observado se o grupo percebe no texto e utiliza na apresentação a norma culta da Língua Portuguesa e dada a descrição discursiva dos textos é capaz de identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para realização ou interpretação do mesmo.
A atividade será desenvolvida de acordo com os seguintes passos: a turma ouvirá a música “Então é Natal”, gravada pela cantora Simone, assim além se ter a terceiro texto, usa-se a música como um elemento de apresentação dos textos que serão lidos pela turma silenciosamente e depois em voz alta, durante quinze minutos. Usando como recursos o “notebook” - apresentação dos textos em “Power Point”, o projetor de imagem e um telão. Uma aula bem diferente, o texto fora do alcance das mãos... Diante apenas dos olhos, durante 100 minutos.
Após as leituras dos textos, uns vinte minutos de atividades, cada aluno receberá um folha com seis questões, que estarão ligadas aos aspectos solicitados pela atividade, tudo adaptado à linguagem dos alunos, com conceitos básicos, termos então dez minutos de orientações e após todo esse processo a turma será dividida em seis grupos com oitos alunos, que terão vinte minutos para responderem as questões propostas. Os trinta e cinco minutos finais ficarão para as apresentações, cada grupo falará percebido sobre um aspecto percebido. Assim se fará a conclusão do trabalho, podendo, cada aluno complementar ou corrigir, após a apresentação, a fala do relator do grupo.
Como se busca ensinar a ler e interpretar textos, o planejamento rompe com alguns paradigmas e aposta antes de tudo na construção coletiva do saber, para depois, em outras atividades individualizar. Procura-se também, através da utilização da tecnologia, chamar a atenção do jovem, uma vez que a música em sala de aula é bastante comum. São várias competências e habilidades sendo trabalhadas ao mesmo tempo. Ao final da aula esses aspectos serão demonstrados aos alunos.
Portanto, ao estruturar uma atividade de leitura e interpretação, deve-se pensar no letramento. Ler significa estudar a escrita, decifrar e interpretar o sentido, reconhecer e percebê-la. Quando se transforma o aluno em leitor é porque se conseguiu ensinar que a leitura envolve vários momentos, ele entende e faz as referências, julga o valor e qualidade textual, enxerga e compara os diversos pontos de vistas e antes de tudo incorpora o leu, levando para a sua vida. Torna-se também autor de outros textos que surgem graças ao acúmulo de leituras anteriores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORTONE,Márcia Elizabeth. Competência textual: a leitura. Brasília: Editora UnB, 2008.
LIMA, Raimundo de.Para ler e compreender....Artigo.Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/071/71lima_ray.htm.Acessado%20em%2012/00/08.
JENNY, Laurent. A estratégia da forma. Poétique: revista de teoria e análise literárias, n° 27. Coimbra: Almedina, 1979
Anexo:
Texto2
A História do Papai Noel
O Papai Noel nem sempre foi como o conhecemos hoje. No início da história do Natal cristão, quem distribuía presentes durante festividades natalinas era uma pessoa real: São Nicolas. Ele vivia em lugar chamado Myra, hoje Turquia, há aproximadamente 300 anos AC. Após a morte de seus pais, Nicolas tornou-se padre.
As histórias contam que São Nicolas colocava sacos de ouro nas chaminés ou os jogava pela janela das casas. Os presentes de natal jogados pela janela caíam dentro de meias que estavam penduradas na lareira para secar. Daí a tradição natalina de pendurar meias junto à lareira para que o Papai Noel deixe pequenos presentinhos.
Alguns anos depois, São Nicolas tornou-se bispo e, por esse motivo, passou a vestir roupas e chapéu vermelhos e barba branca. Depois de sua morte, a Igreja nomeou-o santo e, com o início das celebrações de Natal, o velhinho de barba branca e roupas vermelhas passou a fazer parte das festividades de fim de ano.
Papai Noel atual: como foi construída sua imagem
O Papai Noel que conhecemos hoje surgiu em 1823, com o lançamento de “Uma visita de São Nicolas”, de Clement C. Moore. Em seu livro, Moore descrevia São Nicolas como “um elfo gordo e alegre”. Quarenta anos mais tarde, Thomas Nast, um cartunista político criou uma imagem diferente do Papai Noel, que era modificada ano a ano para a capa da revista Harper’s Weekly. O Papai Noel criado por Nast era gordo e alegre, tinha barba branca e fumava um longo cachimbo.
Entre 1931 e 1964, Haddon Sundblom inventava uma nova imagem do Papai Noel a cada ano para propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de traz da revista National Geografic. E é esta a imagem do Papai Noel que conhecemos hoje.
Fonte:http://www.presentedenatal.com.br/papai_noel.htm
Texto 3
Então É Natal
Simone
Composição: Indisponível
Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, do amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, pro enfermo e pro são.Pro rico e pro pobre, num só coração.Então bom Natal, pro branco e pro negro.Amarelo e vermelho, pra paz afinal.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Então é Natal, o que a gente fez?O ano termina, e começa outra vez.E Então é Natal, a festa Cristã.Do velho e do novo, o amor como um todo.Então bom Natal, e um ano novo também.Que seja feliz quem, souber o que é o bem.Harehama, Há quem ama.Harehama, ha...Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez.Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...É Natal, É Natal, É Natal.
Fonte: http://letras.terra.com.br/simone/69570/
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